Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A fase dos Por quê?



Por volta dos volta dos 3 ou 4  anos de idade  a criança começa a bombardear os pais com perguntas como "Por quê?", "O quê?", "Onde?" e "Como?".
Isso ocorre devido à construção da própria identidade, que acontece na infância, quando a criança passa a se descobrir, a ter noção do próprio “Eu”, da importância de sua existência, das coisas que consegue fazer, que vê e o  que ouve.
A partir dessa descoberta, passa a perceber o mundo ao seu redor dando maior importância a como tudo acontece, ou seja, os porquês começam a aparecer.
Todos nós, em algum momento já nos perguntamos: por que as crianças fazem tantas perguntas? E mais ainda, como respondê-las?
Bom, se mesmo para os adultos ainda existem questões sem explicação, para uma criança que começa a tomar contato pela primeira vez na vida com todos os mistérios do mundo a quantidade de dúvidas é naturalmente bastante expressiva, não é mesmo?
Muitas vezes as crianças nos questionam repetidamente e emendam um porquê atrás do outro.
É importante que as pessoas em contato  com elas tenham  paciência e respeite  às  suas curiosidades ajudando a esclarecer suas dúvidas.
  Essa interminável busca por tanta  compreensão do mundo é que as levará a fazer novas descobertas aguçando sua percepção para  aprender.
 Se a criança é tolhida pelo adulto no momento em que faz perguntas, poderá perder o interesse e  a vontade de descobrir coisas novas, ficando paralisada no seu processo de aprendizagem por medo ou insegurança.
 
Uma boa dica de leitura é o livro “Perguntas que as crianças fazem & como respondê-las” (Editora Globo), lançado pela médica e membro da Royal College of Physicians Miriam Stoppard, autora de mais de 50 livros e uma das maiores autoridades sobre maternidade, assistência à criança e saúde da mulher.
 Bem, se as dúvidas são "O que é um cachorro?" ou "Como funcionam os carros?"ou "Porque as estrelas não caem?",sem problemas. No entanto, quando as perguntas  envolvem as fronteiras nebulosas da existência, do nascimento e mesmo da fé, a história muda um pouco de figura.
O primeiro passo para esse impasse é escutar. Afinal fazer perguntas é uma atividade natural de quem está observando tudo a sua volta. Fique atento! E se você tem receio de responder determinadas perguntas acabará desestimulando a criança a perguntar novamente. É muito importante mostrar a seu filho que sempre que ele tiver alguma dúvida ele pode procurar por você, muitas vezes a pergunta é bem mais simples do que se imagina, mas nós adultos é que  complicamos.
As crianças perguntam sobre o que ouvem ou vêem. Ao descobrir porque seu filho quer saber "aquilo", você consegue chegar à raiz da questão e responder exatamente o que ele perguntou. E, qualquer que seja a pergunta, o caminho para o bom entendimento é sempre o mesmo: optar por falar a verdade.
Segundo a terapeuta familiar e psicanalista infantil Anne Lise Scappaticci, uma resposta honesta estimula a criança a procurar sempre novas perguntas, mais profundas e, assim, a alcançar respostas melhores.
 Quando os pais mentem, a criança sente que a relação não é verdadeira. Evite respostas violentas e impulsivas, isso só vai  derrubar a vontade da criança em perguntar novamente. Ela ficará inibida  e  o que você vai conseguir é diminuir seu interesse pela busca de novos horizontes. Não esqueça nunca: a família é quem estimula a criança a ser inteligente.










Até breve!




sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ninando com Mozart




São lindas as músicas, não deixem de ouvir!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Transtorno de déficit de atenção e Hiperatividade TDA/H

O TDAH (DDA) é um transtorno neurobiológico de causas genéticas e ambientais que surge na infância e costuma acompanhar por toda a vida. Não se caracteriza por falta de disciplina ou mesmo falta de limites por parte dos pais como muitas pessoas acreditam. Costuma acometer de 3 a 5% das crianças e a recuperação acontece em cerca de 30% dos casos.
Antes mesmo dos três anos de idade algumas crianças apresentam um quadro de deficit de atenção, apresentando um comportamento irritável. São crianças  muito ativas, temperamentais e autoritárias, podendo também apresentar distúrbios de sono e alimentar.
 Os 3 sintomas mais marcantes do TDAH (DDA) são: distração, impulsividade e grande atividade.
Como esses sintomas também são apresentados em crianças em idade pré escolar, o diagnóstico precoce pode passar desapercebido.
 Nas meninas, é mais comum a forma do TDAH em que predomina a desatenção: elas parecem tranquilas e na sala de aula muitas vezes se mostram quietas, sem perturbar o ambiente como os meninos. No entanto, essa aparente calma esconde um pensamento que voa e se distrai com ele mesmo. A falta de aproveitamento escolar é refletida nas notas das avaliações e boletim.

Além de distraídas, a criança com TDAH (DDA) tem enorme dificuldade em prestar atenção durante muito tempo numa mesma tarefa, interrompendo-a várias vezes. O transtorno gera uma real incapacidade na criança de controlar sua própria vontade ou comportamento, relacionando-os com a passagem do tempo, ou seja  muitos são incapazes de ter em mente futuros objetivos e/ou medir as conseqüências negativas de seus atos impulsivos a longo prazo.

Crianças com TDAH (DDA) sentem-se muito melhor quando após serem diagnosticadas, iniciam um tratamento focado, onde os seus problemas e dificuldades são trabalhados e suas qualidades  realçadas , visando sempre a melhoria de sua auto-estima e nunca esquecendo dos limites a serem respeitados.
São crianças  inteligentes, sensíveis, curiosas, criativas, atrevidas, inventivas, com muita energia e espontaneidade.
 Quando motivadas ou desafiadas por situações inovadoras (televisão, vídeo-game,jogos etc...), elas têm um poder de hiperconcentração, nem se dando conta do que acontece à sua volta.
As crianças hiperativas/impulsivas, são incapazes de planejar e  selecionar com antecedência para depois executar algo. Elas não conseguem controlar ou inibir seus impulsos: dificilmente ficam quietas num lugar por muito tempo. Podem ser muito falantes, falar sem pensar, sendo muitas vezes inconvenientes, interrompendo a fala dos outros. Podem comer muito e, comprar muito.
Essa falta de autocontrole pode ser o terror de muitos pais e/ou professores, que sentem-se incapazes de colocar limites caso não conheçam o transtorno e como lidar com ele.


Geralmente essas crianças  são desorganizadas com seu material escolar, sua mochila, sua mesa, gavetas e principalmente com o planejamento de suas tarefas, estudos, empurrando-os sempre para a última hora (isso quando não deixam de fazê-los!).
 Estão sempre atrasados, lutando contra o tempo!
Problemas de memória são freqüentes: esquecem nomes, datas de trabalhos, provas e perdem ou esquecem objetos com facilidade.Têm muita dificuldade em perceber e  interpretar dicas e regras sociais, querendo  fazer tudo "do seu jeito, no seu tempo".
 Isso explica muitas vezes a dificuldade de viver adequadamente em sociedade, seus desencontros nos relacionamentos sociais e pessoais. Não sabem lidar com fracasso e  frustração. Estão sempre ansiosos, sentem-se incompreendidos e irritam-se com facilidade.
Bem, com a auto-estima fragilizada por tantos rótulos negativos já recebidos, com freqüência perdem a paciência com facilidade, o que é compreensível não é mesmo.

Causas:

• Hereditariedade

O aspecto genético em si não é responsável direto pelo transtorno, mas ele aponta para uma pré-disposição ao TDA/H. A proporção de portadores em famílias que apresentam o problema é de 2 a 10 vezes maior, o que aponta para a recorrência familiar. Essa predisposição genética envolve vários genes, que podem ocasionar diferentes níveis de atividade, com respostas diferentes em cada indivíduo.

• Problemas pré-natais (durante a gestação)

• Substâncias ingeridas na gravidez – Apesar de não definir uma relação direta de causa e efeito, estudos mostram que a ingestão de drogas e álcool durante a gestação pode causar alterações na região frontal orbital, o que aumenta a chance do bebê desenvolver o transtorno.

• Saúde materna – Aspectos como hipertensão ou diabetes por exemplo

• Idade materna

• Problemas perinatais (durante o parto até um mês de idade)

Estudos mostram que mães que passaram por algum problema ou trauma no parto tais como: toxemia, eclâmpsia, hemorragia, trabalho de parto demorado, têm mais chances de terem filhos portadores do TDA/H.

• Exposição a chumbo

Crianças que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas do TDA/H.

• Problemas Familiares

Alguns teóricos apontam os problemas familiares (discussões, baixa instrução dos pais, nível sócio econômico) poderiam causar o TDA/H, mas conclusões levam a crer que estes podem agravar, mas não causar o problema.

• Pré maturidade

• Pós maturidade

• Outras possíveis causas

Todas elas foram cientificamente testadas e nada se provou concretamente

• Corante amarelo

• Aspartame

• Luz artificial

• Deficiência hormonal (tireóide)

• Deficiências vitamínicas

Escola família e professores:

A escolha da escola é um fator fundamental para o trabalho com o TDA/H. É preciso que o professor conheça o distúrbio e juntamente com a escola e família tracem estratégias para adaptar o ambiente à criança.
O aluno com TDA/H precisa sentar próximo à professora, longe da janela, por onde muitos estímulos chegam. A sala de aula deve ser o mais “clean” possível. Tudo para evitar que a criança disperse.

Ao contrário do que se pensa, nas palavras da Dra. Ana Beatriz B. Silva, psiquiatra e especialista em medicina do comportamento, “o problema não é aquele que não presta atenção em nada, mas sim, aquele que presta atenção em tudo, o tempo todo”.


Para saber mais: http://www.tdah.org.br/



Até breve!



Literatura Infantil: Tati é especial

http://stg2.novoser.com.br/Imagens%20Abril/obra/capa/9788526285279.jpg
Tati é especial    
Educação Infantil
Parte da coleção Cubo Mágico
Autor: Jean-Claude R. Alphen

Tati e Juca são muito amigos. A menina é muito sabida, o garoto é sensível. Juca gosta de olhar as estrelas, que ele chama de pontinhos brilhantes na escuridão. Tati sabe que, na verdade, elas  sã0 corpos celestes a milhões de ano luz da Terra, e que algumas delas já nem existem mais. Quando Juca descobre que as estrelas também morrem, fica melancólico, pois percebe que um dia também pode perder sua amiga Tati, uma garota muito especial.


Boa Leitura!
Até mais!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Educação Infantil em Foco: Autismo infantil

Autismo infantil

Autismo infantil

O nome autismo vem do grego autus e significa “si mesmo”. Crianças autistas vivem em mundo paralelo quase intransponível. Com um quadro comportamental bem particular, elas apresentam prejuízos nos relacionamentos sociais, na comunicação e na imaginação.
O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem influência genética e é causado por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, por exemplo.
Caracteriza-se por dificuldades significativas na comunicação e na interação social, além de alterações de comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos, como balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino.
Apesar dos sintomas aparecerem antes de a criança completar três anos, não é tão fácil diagnosticar a doença imediatamente.
O isolamento é uma característica fundamental da criança autista. Ela prefere sempre estar só, no seu mundinho.


 Além disso, é comum que ela não forme relações pessoais íntimas, não abrace, evite contato de olho, resista às mudanças, seja excessivamente presa a objetos familiares e repita continuamente certos atos e rituais. Por isso, evita-se o contato físico no relacionamento com o autista - já que o mundo, para ele, parece ameaçador. Insistir neste tipo de contato ou promover mudanças bruscas na rotina dessas crianças pode desencadear crises de agressividade.
 A criança autista pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho ou pode, ainda, não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada, explica a psicoterapeuta Maura de Albanesi, Diretora do Instituto de Psicologia Avançada AMO.
A professora Ana Alagoes de 42 anos, relata que começou a achar estranho o silencio da sua filha Maria que repetia muitas vezes o que ela falava. Essa dificuldade de compreensão é comum entre as crianças autistas. Ela pode repetir as palavras que ouve (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria.
Mas esse acompanhamento muitas vezes é terrivelmente doloroso para quem é mãe de um autista. Muitas entram em depressão e sentem-
se rejeitada pelo filho.
.
 É essencial que profissionais da área de saúde estejam a par dos problemas mais comuns enfrentados pelas mães de crianças autistas,para que possam assisti-las quanto ao sofrimento que experimentam, bem como aquele de seus filhos e de suas famílias.
A neurologista infantil e mestre em psicologia Carla Gikovate dá 5 dicas para ajudar você a estimular a atenção e a comunicação do seu filho autista:

Parta de objetos e situações que a criança já demonstre interesse para iniciar sua interação social;

Utilize estímulos visuais nas atividades pedagógicas e no dia-a-dia (organize o horário, mostre aonde ela vai e o que vai acontecer);

 * Estruture o ambiente de forma que a criança preveja o que se espera dela em cada situação;

 * Aproveite situações e horas naturalmente agradáveis para ela (banho, comida) para ensinar e trabalhar conceitos;
Diminua o tempo em que a criança fica sozinha e sem atividade.

A síndrome não tem cura e nem causa definida. Mas existem tratamentos que melhoram o desenvolvimento da criança e podem dar a ela uma vida praticamente normal.Quanto mais cedo ela receber tratamento, melhor.
 Por isso a importância do diagnóstico precoce.
Veja o vídeo abaixo, a estória de Arthur, o menino autista,  uma lição de amor e vida!




Dia 2 de abril, dia Mundial da Conscientização do Autismo.







Espero que tenham gostado.
Até mais!

Amiguinhos imaginários


Os amiguinhos imaginários quase sempre trazem um certo desconforto para os pais.
Mas, fiquem tranquilos  eles são inofensivos!

Estudos mostram que esses amiguinhos surgem entre dois e quatro anos e estimulam o desenvolvimento da criança e até ajudam a suprir algumas dificuldades afetivas.

Para os mais novos, o amigo “de mentirinha” é quase sempre um companheiro de brincadeiras que pode estar “presente” também à mesa na hora das refeições,  e ser chamado pelo nome. Esses amiguinhos invisíveis quase sempre tem a mesma idade que seus criadores e podem ser animais, super-heróis, magos, fadas, enfim.

No mundo da imaginação, esse amigo, além de fazer companhia, partilha os momentos de alegria e tristeza, fazendo-se presente em diversas situações do cotidiano da criança.
Eu diria que é um tipo de jogo infantil , um estado de "faz de conta” que a criança se refere como sendo “de verdade”.  
Normalmente, esses amigos imaginários surgem quando ocorrem mudanças  no cotidiano da criança, exigindo-lhe desapego de certos hábitos e novas habilidades em direção ao seu crescimento e autonomia o que  gera uma certa ansiedade e insegurança. Por exemplo: quando a criança  larga mamadeira, fraldas, chupeta, o paninho com que costuma dormir ou carregar para todos os lugares, começar a  alimentar-se sozinha,  ir à escolinha, a chegada de um irmãozinho ou irmãzinha, a separação dos pais, a perda de um avô ou avó, a mudança da creche para a escola, enfim, situações que geram angústia e implicam em sofrimento. O que fazer com o amigo imaginário das crianças
Além disso, os imaginários são ótimos companheiros porque  estão disponíveis a qualquer hora do dia e  não pegam seus brinquedos, não brigam com eles, e ainda podem ser apontados como "responsáveis" quando elas fazem alguma travessura.
Que coisa boa não!!!
 É também  uma forma de comunicar coisas que a criança não consegue dizer diretamente ao adulto.
Ok,vocês devem estar se perguntando: o que fazer quando meu filho me apresentar um desses amigos imaginários?
Bem, em primeiro lugar participe da brincadeira, quando for solicitado,
Procure tratar com naturalidade e seriedade essa manifestação da brincadeira infantil, respeitando o espaço dado por ele  para que outros a compartilhem, 

Observe o conteúdo das conversas que ele tem com seu amigo. Você pode dessa forma  identificar sentimentos importantes e dessa maneira compreendê-lo e ajudá-lo.
Caso seu filho o coloque na "conversa", aproveite para perguntar ao amigo imaginário sobre o que ele gosta ou não gosta ou se tem medo de alguma coisa. É muito provável que seu filho responda no lugar dele, dando chances a você de entender melhor como ele se sente.

 Agora atenção: não deixe que irmãos mais velhos, ou algum parente ridicularize a brincadeira na frente do seu filho.

Você só tem que se preocupar quando o amiguinho imaginário do seu filho começar a lhe criar problemas ou sofrimento, ou quando ele já está por volta dos seus 6 ou 7 anos.

 Aqui vão algumas dicas:

 Nunca "converse" com o amiguinho invisível sem seu filho tê-lo chamado à conversa.
Aceite a fantasia, mas não a estimule!

Nada de usar o amigo imaginário para fazer barganhas como apoio para conseguir alguma coisa de seu filho, como dormir na hora certa, comer, escovar os dentes e outras atividades que ele normalmente tem dificuldades para fazer.

 E agora, quando procurar ajuda de um especialista:

  Quando seu filho, mesmo estando em grupo, na escola, na pracinha ou no clube, continuar brincando com o amigo imaginário não dando lugar para  outras atividades, brincadeiras, ou se isolar para brincar com seus amigos imaginários evitando  relações interpessoais,

  Ou quando o amigo imaginário começa a assumir proporções fantasmáticas trazendo sofrimento para ele e sua família,

  Ou quando ele achar que tem os mesmos super poderes do amigo imaginário e se colocar em situações de risco real,

  Ou quando a começar a maltratar outras crianças e animais domésticos, colocando a culpa no personagem do faz-de-conta.

Relaxe, por melhor que seja essa fase passa e a fantasia vai dando lugar ao mundo real Ok.




É isso aí.
                       Até mais!


























sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Síndrome de Down, além de um rosto


Em primeiro lugar vamos falar um pouco sobre o que é Síndrome de Down.
 Considerada uma alteração genética, por motivos ainda desconhecidos, foi  descrita pelo médico inglês John Langdon Down  em 1866 e descoberta a causa pelo médico Jeônime Lejueune em 1959. 
A Síndrome de Down é um distúrbio genético que ocorre ao acaso durante a divisão celular do embrião. Esse distúrbio ocorre em média, em 1 a cada 800 nascimentos e tem maiores chances de ocorrer em mães que engravidam quando mais velhas.
Na célula normal da espécie humana existem 46 cromossomos divididos em 23 pares. A criança que tem a síndrome de Down possui 47 cromossomos, sendo que o cromossomo extra é ligado ao par 21. Esse material genético em excesso muda o desenvolvimento regular do corpo e do cérebro e carrega o que constitui uma das causas mais frequentes de deficiência mental.
A criança com essa síndrome apresenta um retardo mental de leve a moderado, e alguns problemas clínicos associados.


Também conhecida por Trissomia do 21, é a alteração genética mais comum, com caráter universal e sua ocorrência independe de raça, condição socioeconômica ou localização geográfica.
 A criança com Síndrome de Down tem mais semelhanças que diferenças com outras crianças com desenvolvimento regular. Existe uma grande variedade de personalidade, estilos de aprendizagem, inteligência, aparência, obediência, humor, compatilibidade e atitudes. Fisicamente uma criança dom Sindrome de Down pode ter olhos amendoados, orelhas pequenas e ligeiramente dobradas na parte superior. Sua boca pode ser pequena, o que faz que a língua pareça grande. O nariz também pode ser pequeno e achatado no meio, prega palmar única e cabelos lisos e finos. Alguns bebês com Síndrome de Down tem pescoço curto e as mãos pequenas com dedos curtos. São crianças com inteligência social excepcional.
 Bem, todos nós sabemos que não é tarefa fácil aceitar nos primeiros momentos a notícia que seu filho ou filha é portador da Síndrome de Down não é mesmo? É um misto de sentimentos e emoções nada fáceis de lidar, mas é seu filho tão esperado e precisa de todo amor e carinho como toda criança.
Primeira coisa a fazer é buscar ajuda de profissionais especializados, isso é fundamental!
Um trabalho de estimulação precoce direcionado a bebês de 0 a 3 anos com risco ou atrasos no desenvolvimento global ( prematuros de risco, síndromes genéticas, deficiências, paralisia cerebral e outras) é muito importante tanto para ele como para toda a família, considerando os aspectos motores, cognitivos, psíquicos e sociais.
 A ajuda de uma equipe multidisciplinar irá auxiliá-los no desenvolvimento das suas funções parentais e assim fortalecer o vínculo familiar, depois na escola e na sociedade.

                 

Pesquisas recentes comprovam que crianças com Síndrome de Down podem alcançar estágios avançados do desenvolvimento psicomotor, de linguagem, e  também cognitivo. Portanto, a presença dos pais é essencial para o desenvolvimento efetivo das potencialidades de seu filho, construindo assim um vínculo afetivo com a criança.

Quero dedicar a todos os papais e mamães esse vídeo, é muito lindo! Trata-se de uma  exposição com fotos de crianças com Sindrome de Down   realizada em Madrid na Espanha.
Com certeza voces vão adorar!




Espero que tenham gostado!

Até Mais!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Chegou a hora de escolher uma Creche para meu filho, o que faço?

Chegou fim da licença-maternidade e você precisa deixar seu bebê sob os cuidados de estranhos. Não é fácil, não é mesmo! Então vamos lá, vou dar algumas dicas que vão ajudar:

Comece perguntando para as amigas que tem ou já tiveram filhos em berçários, o que elas acharam, se gostaram ou se tem algum para recomendar.

Procure um perto da sua casa ou do seu trabalho, isso vai facilitar muito a vida de vocês dois.

Feito isso, visite o local que você escolheu sem marcar hora, isso mesmo, chegue de surpresa! Só assim você vai ver como funciona na prática um berçário. Observe como você e seu bebê são recepcionados pela escola, vocês tem que se sentir à vontade, então não esqueça: faça todas as perguntas que quiser Ok! Observe as relações entre as professoras e os bebês, as professoras e a direção, a direção e as famílias, a professora e você, e veja como você se sente diante dessa dinâmica.


Procure ter acesso a todas as instalações, tanto as áreas internas quanto às externas. Observe a higiene e a limpeza dos banheiros da cozinha, paredes, piso, brinquedos, até os extintores de incêndio.
Observe se a sala onde ficam os bebês é bem ventilada, se o local onde tomam banho de sol é tranquilo e se é respeitado o horário de 15 minutos, para que não haja nenhum problema de saúde. Pergunte se a escolinha possui um cantinho para amamentação, isso é muito importante, um local agradável e  e aconchegante para você alimentar seu filho.
Pergunte sobre a formação dos profissionais, isso é muito importante e observe se usam luvas ao fazer higiene do bebê e se usam pantufas dentro do berçário.
Uma informação importante: para cada 03 bebês deve ter pelo menos um profissional na sala.
Programe-se para fazer adaptação do bebê, ela deve acontecer duas semanas antes de você voltar ao trabalho. Esse período é muito importante para vocês dois, além de ser um direito seu e dele!
Uma coisa importante: bebês não devem ficar juntos com crianças maiores Ok! A rotina é muito diferente e as doenças também.

Pergunte se eles controlam as carteiras de vacinação e como fazem caso uma criança apresenta uma doença contagiosa.
Não estranhe se a escola impedir a entrada do seu filho quando ele apresentar uma dessas doencinhas infantis,  veja isso com bons olhos. Afinal essa atitude demonstra carinho e cuidado não só com o seu filho como respeito aos demais coleguinhas.
Hoje em dia bons berçários têm um currículo bem estruturado, incluindo atividades físicas, brincadeiras e brinquedos próprios para bebês, atividades em grupo, refeições e horário de descanso.
E não esqueça quanto menor a criança maior os cuidados.


E por fim, siga sua intuição, afinal intuição de mãe nunca falha!



Boa Sorte!




























sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Como se desenvolve o cérebro do bebê

O cérebro é o centro processador das emoções, do pensamento e de como cada pessoa é capaz de reagir ao mundo a sua volta. A partir da terceira semana de gestação o cérebro do bebê já começa a ser formado.
 Segundo o neurologista infantil Mauro Muskat, 50% do desenvolvimento do cérebro se dá até o primeiro ano de vida. Por isso os problemas que ocorrem com as gestantes durante esse período podem ter uma repercussão grande na formação do cérebro do bebê. Muskat refere-se ao uso de drogas e álcool, desnutrição materna e exposição a radiação.
 Você sabia que mães alcoólatras podem ter bebês com malformação facial e cerebral?
E que filhos de fumantes nascem com baixo peso e são mais sujeitas a lesões cerebrais e menos resistência a infecções?
Pesquisadores Holandeses afirmam que o stress também libera um hormônio que afeta o desenvolvimento do cérebro do bebê.
Então mamães, cuidem-se!
Você sabia que dentro da barriga o bebê escuta os sons do corpo da mãe, como o sangue fluindo pelas veias, a respiração, sugam, deglutem , soluçam e fazem movimentos respiratórios?
 O resultado dessa máquina perfeita é que o bebê já nasce com algumas habilidades como: ver, sentir cheiros e gostos. 
 Fantástico não é mesmo!
O cérebro de um bebê tem cerca de 100 bilhões de neurônios (células nervosas), o tronco cerebral, região que controla as funções vitais, como os batimentos cardíacos, já funciona perfeitamente.
A partir do segundo mês pós natal o cérebro vai ativando áreas responsáveis pela percepção sensorial e a criança começa a reagir aos estímulos visuais e auditivos, reconhecendo a voz da mãe e do pai.
 Já no terceiro mês há uma proliferação de neurônios , mais conexões são criadas e o aprendizado vai acontecendo. É aquela fase em que  o bebê olha sua mãozinha e a leva a boca e no sexto mês ele já consegue sentar-se apresentando maior controle motor.
No primeiro ano o desenvolvimento das sinapses levam ao desenvolvimento da linguagem .
Aos 2 anos tem o dobro de sinapses, o que consome mais energia que um adulto, imagine!
E aos 3 anos ela já representa o pensamento por meio de rabiscos.
Ufa!
Como vimos então, cuidar da gestação antes de tudo é um ato de amor, de respeito e de responsabilidade que garante o bom desenvolvimento estrutural do cérebro do bebê.

E depois, não esqueça, estimule seu bebê em todos os momentos, seja com música, jogos, conversas, sons, brincadeiras, muito carinho e beijinhos.



Até mais!

Educação Infantil em Foco: Algumas características do desenvolvimento das crianças de quatro e cinco anos

Educação Infantil em Foco: Algumas características do desenvolvimento das crianças de quatro e cinco anos

Livro de cabeceira

Como não poderia faltar, recomendo esse "livro de cabeceira" , As cem linguagens da criança - A abordagem de Reggio Emilia  na Educação da Primeira Infância, muito bom! Considerado um novo clássico da educação infantil escrito por uma equipe de educadores italianos e americanos que apresentam a experiência criada na Reggio Emília para a educação da primeira infância.
Quem apresenta o livro é Howard Gardner, que sintetiza sua reflexão sobre esta experiência admitindo ter encontrado numa educação efetiva e humana onde a escola não é vista como preparação para o mundo, mas, um mundo para as crianças.
Neste livro você encontra  entrevistas com educadores que fundaram a Pedagogia criada em Reggio Emilia, tópicos como currículo emergente, gestão social, a relação com a comunidade, o papel do pedagogo e projetos  abordados com profundidade.  Mostra o adulto como um sujeito que escuta, acolhe, cria um contexto propício à imaginação, à ação, à emoção, à expressão, à representação simbólica e que incorpora à sua função de educador o papel de pesquisador, observador, documentador e intérprete das experiências e vivências das crianças.

Até mais!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Período de acolhimento na Creche para bebês de 0 a 2 anos


A inclusão das famílias no processo de adaptação ou “acolhimento” requer planejamento e alguns cuidados como vamos ver a seguir.
Em primeiro lugar receba com carinho e atenção e respeite cada família, desde a linguagem até seus hábitos e costumes.
Para conhecer melhor o bebê  faça “Anamnese”, um questionário que fornecerá a Creche e o professor todos os dados referente à família e a criança.
Deixe a família a vontade para conhecer a Creche e convide um dos familiares para acompanhar o período de adaptação e participar da rotina do trabalho. Esse período pode ser acompanhado pelo pai, pela mãe ou outra pessoa da família que tenha um vínculo afetivo com o bebê.
Peça para o responsável trazer um objeto de apego do bebê, uma foto e um livrinho de literatura infantil. Com esse material você pode organizar um cantinho para receber os bebês, conversar, cantar, contar estórias e porque não  tirar uma sonequinha.
 Transforme esse espaço em um ambiente bem acolhedor! Você pode colocar um tapete macio, algumas almofadas ou um minhocão colorido, fazer uma biblioteca de parede, um mural com as fotos e nomes dos bebês para identificação dos mesmos e seus pertences.Coloque em prateleiras baixas brinquedos de encaixar, de empilhar, de montar, de empurrar, bolas, chocalhos, obstáculos enfim. E não esqueça: é fundamental os cuidados com a qualidade, a higiene e a segurança dos mesmos.
Não podemos esquecer os bebês portadores de deficiência, algumas menos severas são pouco notadas nos primeiros anos , mas o bebê mesmo com algumas limitações é capaz de desenvolver sua mobilidade motora e  comunicar-se  embora possa apresentar dificuldades de equilíbrio e orientação espacial.
É muito importante respeitar o ritmo de cada bebê! Conte com a ajuda dos pais ou responsável para adequar os procedimentos nas situações de cuidado e de aprendizagem na creche enquanto está acompanhando o trabalho pedagógico.
Não esqueça também de incluí-los na hora das refeições do banho e da troca de fraldas.
As pessoas que acompanham os bebês podem aos poucos ir afastando-se dele, mas nunca sem comunicar à criança.
Aos poucos o bebê se sentirá seguro e os pais poderão ir trabalhar tranqüilos.


Até mais!












quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Lei 9394/96 )

http://www.infoescola.com/educacao/educacao-infantil/

Artigo super  interessante sobre alguns aspectos previstos nos Referenciais para adequar as escolas de educação infantil às necessidades das crianças.

Vale a pena ler! 

Até mais!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Meu filho tem Terror Noturno

É muito comum que no período pré-escolar entre 3 e 5 anos  algumas crianças apresentarem um distúrbio do despertar chamado Terror Noturno. Apesar do nome pavoroso, trata-se de um episódio benigno, que não afeta o aprendizado ou traz conseqüência alguma. Acontece no meio do ciclo do sono e dura pouco mais que 15 segundos. Nos bebês pode gerar uma crise de choro incontrolável e, nos maiorzinhos, sonambulismo.
Um episódio de terror noturno se caracteriza pela criança que acorda gritando, gesticulando e chorando. Ela se agita pedindo ajuda aos pais na tentativa de se livrar das fantasias que a atacam. O despertar abrupto geralmente começa com um grito de pânico e dura cerca de 1 a 10 minutos. Os episódios são acompanhados por excitação autonômica e manifestações comportamentais de intenso medo. Durante um episódio, é difícil despertar ou confortar a criança, e após o episódio de terror noturno, nenhum sonho é recordado, ou então existem apenas imagens fragmentadas e isoladas.

É importante ficar atento a rotina da criança para poder identificar a origem dos pesadelos. Os sonhos podem ser desencadeados por todos os tipos de estimulação, desde comer certos alimentos antes de dormir, assistir filmes ou programas de televisão inadequados para sua idade, dificuldades na dinâmica familiar, perda de um bichinho de estimação, brigas, mudança de escola entre outros. Se os pesadelos criança parecem estar ligados a algum fenômeno que você percebeu tente removê-los da rotina e ver se os pesadelos desaparecem.

Uma dica legal para lidar com a criança nessa fase é deixar a porta do quarto entreaberto, uma luz fraca no corredor ou um nightlight colocado no quarto. Ao mesmo tempo, coloque um objeto de segurança, como um bichinho de pelúcia na cama dele o que pode ajudar a aliviar as preocupações dos sonhos ruins voltarem.

Outra coisa importante: Nunca grite com a criança na tentativa de acordá-la rapidamente. Tente acalmá-la ficando ao lado dela até que ela se sinta segura e volte a dormir.

Caso você tenha tomado todas as providências e mesmo assim os pesadelos continuarem, busque uma avaliação médica.



Espero ter ajudado.

Até mais!









domingo, 9 de outubro de 2011

Dicas para fazer do seu bebê um leitor no futuro

O caminho para a leitura começa na infância desde o momento em que a criança ouve as primeiras estórias  que o adulto lhe conta ou mesmo quando ela conta as suas  experiências do dia a dia. Para que você desperte essa curiosidade no seu filho  desde cedo aqui vão algumas dicas:
Primeiro, como falei anteriormente em outras postagens , a linguagem é fundamental, então converse muito com seu filho, use seu rosto e sua voz para contar a ele tudo sobre o mundo , sobre você mesmo, as coisas que estão fazendo, e sobre ele. Seu tom de voz é muito importante, use todas as entonações possíveis. Repita o que o seu bebê fala, sabe aqueles “sonzinhos “ que eles emitem ainda muito pequenos? É ele tentando interagir com o mundo. Dê toda atenção e incentive-o!
Dê nome as coisas sempre, em todos os momentos que você está com ele, na hora do banho, das refeições, do passeio,  diga seu nome, nomeie as partes do corpo ,  suas roupas, enfim,dessa forma você estará estabelecendo conexões entre palavras e eventos e assim ensinando os elementos  fundamentais entre a linguagem e a literatura.
A partir dos seis meses,  você já pode lhe apresentar pequenos livros com figuras e se  ele morder o livro não se zangue! Toda criança aprende sobre o mundo usando as mãos e a boca. Aos poucos ele vai perceber que dentro do livro existem figuras interessantes e coloridas que irão chamar sua atenção. Quando vocês dois estiverem folheando um livro, comente com ele os personagens,as iamgens, os detalhes. Espalhe livros pela casa,e se sair leve uns na bolsa, ou deixe alguns no carro, isso fará com que ele perceba que “livros” fazem parte da  vida.
E não se assuste ao vê-lo folheando um livro de cabeça para baixo e emitindo sons como se literalmente estivesse lendo. Acredite, ele está!  E com certeza você vai achar uma graça e até sentirá orgulho dele.
Coloque  um ou dois livros de estória na bolsa do bebê ou no carro para as crianças maiores. O hábito de preencher os espaços da vida com livros é sempre tê-los à mão. Isso faz com que a criança aprenda a vê-lo como parte do seu cotidiano.
Leve-o desde cedo a livrarias, a sebos e tenha em casa uma biblioteca só para ele, numa altura que ele mesmo possa  manusear e escolher seu próprio livro.
Aprenda músicas com diferentes ritmos, faça rimas com gestos e não esqueça das poesias e os trava línguas.
E que tal, contar uma estória antes de dormir.Crie esse hábito, ele vai adorar, e nunca o castigue dizendo que não irá contar uma estória só  porque ele fez algo que o desagradou.
 Não esqueça,  diálogo é  e a melhor forma de educar!
Até mais!