Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Como ensinar a criança a dividir e compartilhar brincando


Como já falamos, brincar é uma das atividades mais importantes da infância. E, é claro, os pais devem participar dela sempre que puderem. Não há nada mais saudável para a relação familiar do que os pais sentados no chão, no meio dos brinquedos, entrando no mundo dos filhos. Além de prazeroso para os dois, o vínculo afetivo se fortalece nesta relação pai e filho, seja a brincadeira qual for.

   

Mas quando se trata de dividir, emprestar, compartilhar, repartir ou se colocar no lugar do outro, aí vira uma guerra para alguns não é mesmo? Não se assustem, nem desanimem, faz parte do processo de socialização e do desenvolvimento de todas as crianças ok. 
Lembrando que tanto os pais como os educadores devem estar atentos para orientar a criança na construção desse processo.
Uma sugestão legal são as Campanhas Solidárias, onde as crianças doam um brinquedo ou um livro seu em bom estado. A orientação que dou aos pais é que participem e ajudem seus filhos para que eles escolham o que doar, mas, que estejam em bom estado de conservação. Deixe que a criança escolha! Nunca dê algo que a criança goste muito ou ainda tenha apego. 
Ensinar a criança a emprestar os brinquedos para os amiguinhos não é uma tarefa fácil, há os que emprestam com mais facilidade e os que não gostam de dividir de jeito nenhum e daí haja paciência, afinal cada um tem seu ritmo próprio. 
Outra atividade interessante, que além de incentivar a leitura e ajudar nesse processo é a biblioteca de parede.



Toda semana as crianças trazem de casa um livro e colocam a disposição na biblioteca.  Cada uma delas pode ler o livro que quiser, seja na hora do conto, ou na hora da leitura ou simplesmente na hora do descanso. 
Aproveite essa atividade diariamente seja em casa ou na escola, faça o mesmo com brinquedos. Isso fará com que a criança aprenda brincando valores que ela levará para o resto da sua vida.

 

Até breve!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Sugestões para se trabalhar com crianças Disléxicas na escola e em casa.



Quando se pretende criar algum tipo de material  para disléxicos é importante ter atenção a vários fatores que podem facilitar a compreensão dos conteúdos. 
Primeiro: use letra tipo verdana no tamanho 12 ou superior, preferencialmente num tom
escuro;
* Use espaçamento de 1,5 ou 2; 
Opte pelo negrito em vez de itálico ou sublinhado;
* Use texto não justificado ou justificado à esquerda, os espaços brancos distraem o leitor disléxico; 
* Faça frases e parágrafos curtos e objetivos;
* Estruture o melhor que for possível: use títulos, listas com números ou bolas, esquemas;
* Comece sempre uma nova frase no início da linha e não no fim da frase anterior;
* Opte pelas colunas em vez de linhas compridas;
* Use um fundo claro, mas sem ser branco;
*Use e abuse de imagens ou gráficos, ajuda o disléxico a reter a informação;

* Não use abreviações e evite a hifenização;
* Use caixas de texto para evidenciar partes importantes do texto.
Dicas para professores que trabalham com crianças Disléxicas:

A melhor abordagem perante uma criança disléxica é a  multisensorial, ou seja facilitar a 
aprendizagem utilizando todos os meios  disponíveis: visual,auditivo, oral, táctil e cinestésico, que é  capacidade de coordenação de movimentos decorrente da integração entre comando central(Cérebro) e unidades motoras dos músculos e 
articulações.
Esta abordagem permite que a criança use  os seus pontos fortes.

No contexto de sala de aula:

*Interessar-se genuinamente pela criança disléxica e pelas suas dificuldades e especificidades  deixar que ele perceba esse interesse, para  que se sinta confortável para pedir ajuda;

* Na  sala de aula, posicionar o criança disléxica perto do professor, para receber ajuda facilmente;
* Repetir as novas informações e verificar se foram compreendidas;
* Dar o tempo suficiente para o trabalho ser organizado e concluído;
* Ensinar métodos e práticas de estudo;
* Encorajar as práticas da sequência de ver/observar, depois tapar, depois escrever e depois verificar, utilizando a memória;
* Ensinar as regras ortográficas;


* Utilizar mnemónicas ( auxiliar de memória), arte de ajudar as operações da memória.
O que é fácil de memorizar e, por associações, possibilita a recordação de coisas mais difíceis de reter.
* Incentivar o uso do computador como ferramenta de  digitação de texto;



*Incentivar o corretor ortográfico de um processamento de texto;
* Permitir a apresentação de trabalhos de forma criativa, variada e diferente: gráficos, diagramas, processamento de textos, vídeo, áudio, etc;Criar e enfatizar a rotina para ajudar a criança a adquirir um sentido de organização;
* Elogiar de forma verdadeira o que a criança fizer ou disser, elogiando sempre;
* Incentivar a participação em trabalhos práticos;



* Nunca partir do pressuposto que a criança é preguiçosa ou descuidada;
* Nunca fazer comparações com outros colegas de turma;
* Nunca pedir para que leia em voz alta em frente aos colegas;
* Não corrigir todos os seus erros ( evite usar caneta vermelha;
* Não fazer com que a criança reformule o que já escreveu, a menos que exista um propósito claro.
Dicas para Pais de crianças Disléxicas:


Como qualquer criança, os disléxicos necessitam muita atenção e apoio dos pais, não só para a satisfação das suas necessidades imediatas e físicas, mas também para os ajudar a criar mecanismos para ultrapassar as suas dificuldades.
Usar exercícios criativos que envolvam a memória, tais como: recitar poemas infantis em conjunto, ler poemas, utilizar mímica, teatro, falar de imagens, utilizar a ação, os jogos de tabuleiro, jogar a pares, aplaudir as sílabas e cantar músicas, podem ser muito úteis. 
Além dessas outras dicas/estratégias também  poderão  se revelar importantes, vejamos: 
*Incentivar a prática de exercício físico, em que se promova o atirar, capturar, chutar bolas, saltar e treinar o equilíbrio;
*Incentivar a prática de atividades lúdicas e artísticas, como dança, pintura ou outra que a criança se sinta inclinada; 
* Incentivar o gosto pela leitura, usando a linguagem dos livros — as imagens, as palavras e as letras — para perceber que os livros podem ser analisados, lidos e desfrutados com prazer;
Mostrar como segurar num livro, de que forma ele abre, onde começa a história, onde é o topo da página e que direção segue o texto, apreciar as imagens;


* Nunca diga que sua letra é feia!
* Promover o aspecto cultural: visitar museus, assistir peças de teatro ou musicais,conhecer outras culturas;
* Ajudar a criança disléxica a aprender a seguir instruções, por exemplo: "por favor pega no lápis e coloca-o na caixa", ou fazer gradualmente sequências mais longas, por exemplo, "ir à prateleira, encontrar a caixa  de cor vermelha";* Incentivar com que ela repita as instruções antes de realizar a tarefa.

Como valorizar a criança na escola:




* Demonstre satisfação quando ela ajuda os colegas,  (independentemente do sucesso);

* Elogie seus materiais quando organizados;

* Perceba sua simpatia para com os colegas;

* Observe sua vontade em participar;

* Observe como a criança permanece atenta e calma; 

* Observe sua educação e interesse pelos colegas.



As crianças Disléxicas e auto estima!



Esta é, na realidade  e o grande segredo para lidar com a dislexia. 
Incentivar a prática de exercício físico, em que se promova o atirar, capturar, chutar bolas, saltar e treinar o equilíbrio; 
Incentivar a prática de atividades lúdicas e artísticas, como dança, pintura ou outra que a criança se sinta inclinada; incentivar o gosto pela leitura,uma boa opção é levá-la as livrarias;


para perceber que os livros podem ser analisados, lidos e desfrutados com prazer!


 





Até breve!

Fonte: Espaço Aprendizagem.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mentira tem pernas curtas


Mentir é uma habilidade que toda criança aprende, é uma ferramenta para evitar a culpa ou punição, e para escoramento de uma auto-imagem pobre. 
Embora todas as crianças mintam, algumas fazem muito mais do que outras.
Psychologists who study lying have found patterns that help predict which children will lie the most. As crianças compreendem a necessidade de mentir tanto mais cedo quanto mais inteligentes elas forem. Nos primeiros anos de vida elas não sabem distinguir fantasia da realidade. Quando então descobrem, como é possível lograr os outros, elas o fazem primeiramente em proveito próprio, a fim de evitar castigos ou para receber alguma recompensa. 
Por isso, também, é importante conhecer o desenvolvimento mental das crianças.
Por exemplo: até os cinco anos, o mundo da fantasia se confunde com a realidade. É comum a criança inventar histórias extraordinárias, seja para conseguir mais atenção ou mesmo para tentar sair de uma situação de dificuldade, como algo errado que tenha feito.




Nesta fase, devemos estar mais atentos à persistência das mentirinhas e suas conseqüências.
Enquanto a criança insistir em narrar contos fantásticos, desde que estes não prejudiquem ninguém, não há porque se preocupar. Essas situações não deixam de ser uma experiência de criatividade e tendem a diminuir com o passar do tempo.
O normal é que a criança busque cada dia uma história diferente, ou seja, se o assunto que ela “inventou” não persistiu, é porque de fato, não deve ser levado a sério.
Muitos pais preocupados e  ansiosos tentam  longos discursos morais sobre a atitude  do seu filho. Com isso pouco resolverão o problema.
A melhor  maneira é mostrar à criança, de forma bem prática, que cedo ou tarde as mentiras serão descobertas, como aquele ditadinho  que agora cai bem: mentiras tem pernas curtas! e que, além de ter que responder pelo erro cometido, ela ainda deverá responder também pela mentira. Então mostre a ela que contando a verdade, isso será valorizado e ameniza as conseqüências do ato.


Com crianças de  até seis anos, utilize formas lúdicas para  explorar esse assunto.






Utilize filmes ou livros infantis que contem histórias sobre crianças que mentem e suas conseqüências, abordando os prejuízos das mentiras e os benefícios de dizer a verdade.

Se as mentiras  forem repetidas, pode ser um sinal de vários problemas subjacentes, cada um dos quais exige uma resposta diferente dos pais.
Exemplo: separação dos pais, perda de um ente querido,mudança de escola, não está se adaptando a escola, brigas com coleguinhas e por aí vai.Nesses casos podem surgir vários argumentos como: dor de barriga, dor de cabeça...fique atento!
The most common reasons for lying, particularly among younger children, is a fear of punishment. As razões mais comuns para mentir, especialmente entre as crianças mais jovens, é um medo de punição. This is especially true when the punishment is severe or the parents have unrealistically high expectations for their children.
Os mais velhos em idade escolar também irão mentir para melhorar a sua auto-estima e status social.
É comum mentir sobre status, como por exemplo dizer que seu  pai tem o carro do ano,  ou que conhece tal jogador. É só uma forma de ser bem aceito no grupo.
Já uma criança de três anos  começa a mentir com medo de ser punida. Um exemplo: quebrou o vaso que a mãe mais gostava. A mãe sabe que foi ela, mas ela vai negar. E geralmente as mães ficam com muita raiva, umas acabam chamando a criança de mentirosa, o que só piora a situação.

Então o que fazer???????
A base nesse caso é a relação de confiança!


 Explique para o seu  filho que mentir não resolve as coisas, que é melhor admitir os erros, enfim converse francamente com ele sobre as conseqüências da mentira. É normal que crianças de quatro a cinco anos pelo processo psicológico da fantasia se divirtam ouvindo e inventando histórias, confundindo a realidade com a fantasia.
Uma outra coisa importante é o exemplo dos pais.!


Muito cuidado com o que que falam ou fazem na frente dos filhos; exemplo: o telefone toca e o pai diz – diga que não estou. Ou quando encontra uma pessoa, é todo simpático na frente e quando se afasta comenta – puxa como ele é chato! 
Que feio! Depois querem cobrar dos filhos, ai, ai, ai.

Quando a mentira pode indicar problemas emocionais:
Algumas crianças, sabendo da diferença entre a verdade e a mentira, elaboram historias que parecem verdadeiras. Estas crianças relatam historias com grande entusiasmo, já que são ouvidos com muita atenção por uma platéia, que embora falando mentira podem cair no vício de começar a mentir repetidamente. Eles acreditam que dizer mentiras é a melhor maneira de satisfazer as perguntas de seus pais, professores e amigos. Eles não estão procurando ser maldosos, porem por mentirem repetidamente se converte em vício.

O que devo fazer quando a criança mente?

Falar seriamente com ela a respeito da diferença entre a fantasia e a realidade, e suas consequências.


A importância da honestidade em casa:

Isso é coisa séria! É fato, as crianças aprendem, desde cedo, que é melhor não dizer à sua tia que não gosta dela,( apesar de ninguém gostar...) , para ser simpático e adorável. Quem nunca fez isso? E a  alegria dissimulada da mãe ao receber o presente de aniversário inútil, ou comer guloseimas escondidas para o bem da nação e da lei do silêncio sobre possíveis inconvenientes familiares. 
São modelos e treinamento para as mentiras diárias no futuro da criança.
Pais e mães, por favor, desde cedo  conversem muito com seus filhos, somente através do diálogo vocês irão  estabelecer uma relação de confiança o que  vai ajudar a criança a contar o que acontece em sua vida, seus medos e anseios, evitando que utilizem o artifício da mentira quando desejar ganhar ou evitar algo.
Outra coisa, regras extremamente rígidas também podem estimular a criança  a mentir. Neste caso, o ambiente familiar proporcionará poucas chances de negociações a respeito dos limites da rotina diária.
Estabelecer juntos regras um pouco mais flexíveis, permitindo situações em que a criança   seja capaz  de administrar e também já desde cedo ir  treinando o senso de responsabilidade.








Até breve!




quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Dislexia


 A palavra dislexia é derivada do grego "dis" (dificuldade) e "lexia" (linguagem) é uma falta de habilidade na linguagem que se reflete na leitura.
Dislexia não é causada por uma baixa de inteligência muito menos é uma doença. É um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem.
As atuais pesquisas, obtidas através de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as informações de um modo diferente. 



Pessoas disléxicas são únicas; cada uma com suas características, habilidades e inabilidades. Em diferentes graus, os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de 0,5% a 17% da população mundial e  pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.
A causa desse  distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária, o que explica a ocorrência em pessoas da mesma família. Pesquisas recentes mostram que a dislexia pode estar relacionada com a produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança.
 Na Educação Infantil podemos observar algumas dificuldades na criança como:
·         Falar tardiamente
·         Dificuldade para pronunciar alguns fonemas
·         Demorar a incorporar palavras novas ao seu vocabulário
·         Dificuldade para rimas
·         Dificuldade para aprender cores, formas, números e escrita do nome
·         Dificuldade para seguir ordens e seguir rotinas
·         Dificuldade na habilidade motora fina
·         Dificuldade de contar ou recontar uma história na seqüência certa
·         Dificuldade para lembrar nomes e símbolo

Os sintomas variam de acordo com os diferentes graus de gravidade do distúrbio e tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização. Entre os mais comuns encontram-se as seguintes dificuldades: para ler, escrever e soletrar; de entendimento do texto escrito;  para de identificar fonemas, associá-los às letras, reconhecer rimas e alterações; para decorar a tabuada, reconhecer símbolos, conceitos matemáticos (discalculia); ortográficas: troca de letras, inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas (disgrafia); dificuldade na organização temporal e espacial e coordenação motora.
O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista), mas, antes de afirmar que uma criança  é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem.
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce para evitar que sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos depreciativos, com reflexos negativos sobre sua auto-estima e projeto de vida.
Ainda não se conhece a cura para a dislexia. O tratamento exige a participação de especialistas em várias áreas para ajudar o portador de dislexia a superar, na medida do possível, o comprometimento no mecanismo da leitura, da expressão escrita ou da matemática.
 O diagnóstico de dislexia não significa que a criança seja menos inteligente; significa apenas que é portadora de um distúrbio que pode ser corrigido ou atenuado, tratamento da dislexia pressupõe um processo longo que demanda persistência e os  portadores de dislexia devem dar preferência a escolas preparadas para atender suas necessidades específicas.
 Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do distúrbio é o melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho escolar e social e os rótulos depreciativos que levam à baixa-estima.




Até Breve!

sábado, 28 de janeiro de 2012

Discalculia


A discalculia infantil ocorre em razão de uma falha na formação dos circuitos neuronais, ou seja, na rede por onde passam os impulsos nervosos. É uma má formação neurológica que provoca transtornos na aprendizagem de tudo o que se relaciona a números: como fazer operações matemáticas, fazer classificações, entender conceitos, sequenciação numérica e aplicação da matemática no dia a dia .
Acredita-se que a causa dessa má formação seja genética,        neurobiológica ou epidemiológica.
A  discalculia é semelhante  a dislexia  que vem a ser uma         dificuldade com o aprendizado da leitura e da escrita.
Imagine uma criança que apresenta dificuldades na leitura e interpretação de texto, consequentemente terá dificuldades para ler e interpretar enunciados que envolvam  soluções numéricas, certo?
A discalculia infantil ocorre em razão de uma falha na formação dos circuitos neuronais por onde passam os impulsos nervosos. A falha de quem sofre de discalculia está na conexão desses neurônios localizados na parte superior do cérebro, área responsável pelo reconhecimento dos símbolos.


Normalmente  uma criança com discalculia apresenta dificuldades na tabuada, em ordenar os números, posicionar a folha de papel, dificuldade em somar, subtrair, multiplicar e dividir, memorizar cálculos e fórmulas, distinguir símbolos matemáticos, compreender  os termos utilizados como igual, diferente, conceitos específicos, enumerar, nomear e comparar, lateralidade, senso de direção, medida, distância, fórmulas e regras de jogos.



É importante que  a criança seja tratada a tempo porque o distúrbio compromete seu desenvolvimento social e emocional, deixando-a  insegura e com  medo de enfrentar novas experiências por acreditar que não é capaz.
Dessa forma a criança  pode vir a adotar comportamentos inadequados tornando-se hostil, agressiva, apática ou desinteressada e com  baixa auto-estima.  
O psicopedagogo é o  profissional indicado para avaliar e acompanhar a criança nesse momento.


Geralmente iniciam a terapia visando melhorar a imagem que a criança tem de si mesma, valorizando as atividades nas quais ela se sai bem. O próximo passo é descobrir como é o seu próprio processo de aprendizagem. Às vezes, ela tem um modo de raciocinar que não é o padrão, estabelecendo uma lógica  própria que foge ao usual.
Na escola é importante que os professores desenvolvam atividades específicas sem isolá-lo da turma. Não interrompe-la quando ela estiver fazendo uma pergunta, como se estivesse tentando adivinhar o que ela quer dizer, isso só fará com que ela se sinta pior evitar corrigi-la ou ignorá-la na frente da turma.
Por isso, ter paciência, compreender a dificuldade e respeitar a criança é muito importante.

Evite críticas e punições!




Uma ótima leitura a todos!


Até breve!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dislalia

Dislalia, caracterizada pela dificuldade em articular as palavras é o transtorno de linguagem mais comum em meninos, e o mais conhecido e mais fácil de identificar. Quando o bebê começa a falar, o fará emitindo os sons mais simples,como o m ou o p. Não é para menos que o dizer mamãe ou papai não terá que fazer muito esforço, desde quando receba estimulação. A partir daí o bebê começará a pronunciar sons cada vez mais difíceis, o que exigirá mais esforço dos músculos e órgãos ligados à fala. É muito normal que as primeiras falas do bebê, entre o 8º e o 18º mês de idade, apresentem erros de pronúncia. O bebê dirá aua, quando pedir água, ou peta, quando quiser chupeta.
Os bebês simplificarão os sons para que facilitarem a pronúncia. No entanto, à medida que o bebê vai adquirindo mais habilidades na articulação, sua pronúncia será mais clara. Até  os quatro anos de idade, os erros de linguagem são considerados normais. Mas, após essa fase, a criança pode vir a ter problemas caso continue falando errado, podendo afetar a escrita. O caso clássico desse distúrbio é o

 

Cebolinha, personagem da Turma da Mônica que é incapaz de pronunciar corretamente os sons vistos como normais segundo sua idade e desenvolvimento. Uma criança com dislalia pode substituir uma letra por outra, ou não pronunciar consoantes.
As principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança vai assimilando.
A criança portadora da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas. Neste caso é importante que a criança passe por uma avaliação com fonoaudiólogo que irá examinar os órgãos da fala e da audição a fim de  detectar se a causa da dislalia é orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer alteração física a que possa ser atribuída a dislalia).

No primeiro caso, resultam da malformações ou de alterações de inervação da língua, da abóbada palatina e de qualquer outro órgão da fonação. Encontram-se em casos de malformações congênitas, tais como o lábio leporino ou como conseqüência de traumatismos dos órgãos fonadores. Por outro lado, certas Dislalias são devidas a enfermidades do sistema nervoso central.
A dislalia pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala.

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Uma dica: por favor, nada de  receitinhas do tempo da vovó, aquelas  que se acreditava que colocando uma “rolha” na boca da criança iria resolver o problema, ou colocar pedrinhas na boca, soprar  línguas de sogras e outras técnicas sem fundamento algum Ok!
Seja mais eficiente: leve-o ao médico.
Ah, e nada de achar engraçadinho quando seu filho começar a falar “tota-tola” em vez de coca-cola, “totô” em vez de “cocô, certo?
Há alguns casos comuns específicos de dislalia, que envolvem pronúncia do "K" do "G", nos quais, por falta de motilidade do palato mole, a criança omite tais fonemas (por exemplo, falando "ato" ao invés de "gato"; "ma'a'o" ao invés de MACACO). O "R" brando (que é pronunciado através da vibração da ponta da língua atrás dos dentes incisivos superiores); em muitos dos casos de dislalia, o "R" também costuma ser omitido ou pronunciado guturalmente (a criança fala como se fosse um francês ou um alemão falando Português). 


As crianças também que usam chupeta e a  mamadeira por um tempo prolongado, que chupam o dedo ou mesmo mamam pouco tempo no seio, podem apresentar um quadro de dislalia. Apesar de não existir relação direta, essas crianças podem apresentar flacidez muscular e postura indevida da língua, o que pode resultar nesse distúrbio.
Outras causas são: línguas hipotônicas (flácidas), podendo ainda apresentar alterações na arcada dentária, ou então, falhas na pronúncia de determinados fonemas em conseqüência da postura e respiração dificultada.

A dislalia pode ser subdividida em quatro tipos:
Dislalia evolutiva: considerada normal em crianças, sendo corrigida gradativamente durante o seu desenvolvimento.
Dislalia funcional: neste caso, ocorre substituição de letras durante a fala, não pronunciar o som, acrescente letras na palavra ou distorce o som. Quando não se encontra nenhuma alteração física  que possa ser atribuído a Dislalia, esta é chamada de Dislalia Funcional.
Nesses casos, pensa-se em hereditariedade, imitação ou alterações emocionais e, entre essas, nas crianças é comum a Dislalia típica dos hipercinéticos ou hiperativos. Também nos deficientes mentais se observa uma Dislalia, às vezes grave ao ponto da linguagem ser acessível apenas ao grupo familiar.
Dislalia audiógena: ocorre em indivíduos que são deficientes auditivos e que não conseguem imitar os sons.

 

Dislalia orgânica: ocorre em casos de lesão no encéfalo, impossibilitando à correta pronuncia, ou quando há alguma alteração na boca.


Bem, sejam quais forem as causas, os profissionais envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, devem estar atentos a qualquer alteração lingüística, que quando detectada, deve-se encaminhar rapidamente a criança para um especialista, que terá condições de avaliar a melhor forma de tratar o distúrbio, para que ele não chegue a causar maiores danos emocionais.

Até mais!