Os bebês
simplificarão os sons para que facilitarem a pronúncia. No entanto, à medida
que o bebê vai adquirindo mais habilidades na articulação, sua pronúncia será
mais clara. Até os quatro anos de idade, os erros de linguagem são
considerados normais. Mas, após essa fase, a criança pode vir a ter problemas
caso continue falando errado, podendo afetar a escrita. O caso clássico desse
distúrbio é o
Cebolinha, personagem da Turma da Mônica que é incapaz de pronunciar corretamente os sons vistos como
normais segundo sua idade e desenvolvimento. Uma criança com dislalia pode
substituir uma letra por outra, ou não pronunciar consoantes.
As
principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, por
exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou
convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás, por exemplo, que
dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança vai assimilando.
A criança portadora da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira
errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou
sílabas a elas. Neste caso é importante que a criança passe por uma avaliação
com fonoaudiólogo que irá examinar os
órgãos da fala e da audição a fim de detectar se a causa da dislalia é
orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos
órgãos da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra
qualquer alteração física a que possa ser atribuída a dislalia).
No primeiro caso, resultam da malformações ou de alterações de inervação da língua, da abóbada palatina e de qualquer outro órgão da fonação. Encontram-se em casos de malformações congênitas, tais como o lábio leporino ou como conseqüência de traumatismos dos órgãos fonadores. Por outro lado, certas Dislalias são devidas a enfermidades do sistema nervoso central.
A dislalia pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com
a fala.
.
Uma dica: por favor, nada de receitinhas do tempo da vovó, aquelas que se acreditava que colocando uma “rolha” na boca da criança iria resolver o problema, ou colocar pedrinhas na boca, soprar línguas de sogras e outras técnicas sem fundamento algum Ok!
Seja mais
eficiente: leve-o ao médico.
Ah, e nada de achar engraçadinho
quando seu filho começar a falar “tota-tola” em vez de coca-cola, “totô” em vez
de “cocô, certo?
Há alguns casos comuns específicos de dislalia,
que envolvem pronúncia do "K" do "G", nos quais, por falta
de motilidade do palato mole, a criança omite tais fonemas (por exemplo,
falando "ato" ao invés de "gato"; "ma'a'o" ao
invés de MACACO). O "R" brando (que é pronunciado através da vibração
da ponta da língua atrás dos dentes incisivos superiores); em muitos dos casos
de dislalia, o "R" também costuma ser omitido ou pronunciado
guturalmente (a criança fala como se fosse um francês ou um alemão falando
Português).
As crianças também que usam chupeta e a mamadeira por um tempo prolongado, que chupam
o dedo ou mesmo mamam pouco tempo no seio, podem apresentar um quadro de
dislalia. Apesar de não existir relação direta, essas crianças podem apresentar
flacidez muscular e postura indevida da língua, o que pode resultar nesse
distúrbio.
Outras
causas são: línguas hipotônicas (flácidas), podendo ainda apresentar alterações
na arcada dentária, ou então, falhas na pronúncia de determinados fonemas em
conseqüência da postura e respiração dificultada.
A dislalia pode ser subdividida em quatro tipos:
Dislalia evolutiva: considerada normal em crianças, sendo
corrigida gradativamente durante o seu desenvolvimento.
Dislalia funcional: neste caso, ocorre substituição de
letras durante a fala, não pronunciar o som, acrescente letras na palavra ou
distorce o som. Quando não se encontra nenhuma alteração física que possa
ser atribuído a Dislalia, esta é chamada de Dislalia Funcional.
Nesses casos,
pensa-se em hereditariedade, imitação ou alterações emocionais e, entre essas,
nas crianças é comum a Dislalia típica dos hipercinéticos ou hiperativos.
Também nos deficientes mentais se observa uma Dislalia, às vezes grave ao ponto
da linguagem ser acessível apenas ao grupo familiar.
Dislalia audiógena: ocorre em indivíduos que são
deficientes auditivos e que não conseguem imitar os sons.
Dislalia orgânica: ocorre em casos de lesão no encéfalo,
impossibilitando à correta pronuncia, ou quando há alguma alteração na boca.
Bem, sejam quais forem as causas, os profissionais envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, devem estar atentos a qualquer alteração lingüística, que quando detectada, deve-se encaminhar rapidamente a criança para um especialista, que terá condições de avaliar a melhor forma de tratar o distúrbio, para que ele não chegue a causar maiores danos emocionais.
Até mais!
Liliane, meu filho esta com 1 ano e 11 meses e ainda não pronuncia nem a palavra mamãe, a um tempo atrás ele até falava papai, mas talvez por falta de estimulo parou de falar e hoje em dia ele só grita e solta alguns sons que não da pra entender nada, mas parece que esta conversando... será uma dislalia?
ResponderExcluirBom dia Sanae, geralmente os meninos são mais lentos no desenvolvimento da linguagem. Mas, se ele já pronunciava algumas palavrinhas e parou, é preciso ficar atento a vários fatores, ou mudanças na rotina da família. Se vc estiver muito preocupada leve-o para uma avaliação multidisciplinar, com fonoaudióloga e o pediatra de sua confiança. Agora vc precisa tomar alguns cuidados, e observar se houve algum motivo para que ele retrocedesse neste início, alguma mudança familiar, na escolinha, com quem ele fica qdo vc não está? Ele pode estar querendo chamar sua atenção para algo que aconteceu, ou está acontecendo.Evite fazer ou dar a ele sem que ele peça. Muitas mães pela rotina atribulada do dia a dia vão tentando adivinhar o que a criança quer, enquanto ela aponta o "dedinho", isso é um erro. Fale com ele: Ah, vc que água? Vc quer brincar de carrinho? Vc vai ver que se for isso ele vai aos poucos repetindo o que vc diz e assim desenvolvendo a linguagem, aos poucos. Mas todos da família precisam ter a mesma conduta Ok. Leia pra ele, cante, converse muito, e nunca corrija o que ele fala, aos poucos ele vai se dando conta, isso evita constrangimento,e ele pode naõ querer mais falar. Deixe que ele desenvolva a linguagem a seu tempo, no seu ritmo ok,
ResponderExcluirSe isso permanecer após 2 anos, indico uma avaliação, mas não se preocupe, uma criança não é igual a outra, lembre-se disso. Se vc quiser entrar em detalhes, me escreva, estou a disposição para te ajudar.
Em grande abraço e obrigado por seguir me blog.