Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dislalia

Dislalia, caracterizada pela dificuldade em articular as palavras é o transtorno de linguagem mais comum em meninos, e o mais conhecido e mais fácil de identificar. Quando o bebê começa a falar, o fará emitindo os sons mais simples,como o m ou o p. Não é para menos que o dizer mamãe ou papai não terá que fazer muito esforço, desde quando receba estimulação. A partir daí o bebê começará a pronunciar sons cada vez mais difíceis, o que exigirá mais esforço dos músculos e órgãos ligados à fala. É muito normal que as primeiras falas do bebê, entre o 8º e o 18º mês de idade, apresentem erros de pronúncia. O bebê dirá aua, quando pedir água, ou peta, quando quiser chupeta.
Os bebês simplificarão os sons para que facilitarem a pronúncia. No entanto, à medida que o bebê vai adquirindo mais habilidades na articulação, sua pronúncia será mais clara. Até  os quatro anos de idade, os erros de linguagem são considerados normais. Mas, após essa fase, a criança pode vir a ter problemas caso continue falando errado, podendo afetar a escrita. O caso clássico desse distúrbio é o

 

Cebolinha, personagem da Turma da Mônica que é incapaz de pronunciar corretamente os sons vistos como normais segundo sua idade e desenvolvimento. Uma criança com dislalia pode substituir uma letra por outra, ou não pronunciar consoantes.
As principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança vai assimilando.
A criança portadora da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas. Neste caso é importante que a criança passe por uma avaliação com fonoaudiólogo que irá examinar os órgãos da fala e da audição a fim de  detectar se a causa da dislalia é orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer alteração física a que possa ser atribuída a dislalia).

No primeiro caso, resultam da malformações ou de alterações de inervação da língua, da abóbada palatina e de qualquer outro órgão da fonação. Encontram-se em casos de malformações congênitas, tais como o lábio leporino ou como conseqüência de traumatismos dos órgãos fonadores. Por outro lado, certas Dislalias são devidas a enfermidades do sistema nervoso central.
A dislalia pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala.

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Uma dica: por favor, nada de  receitinhas do tempo da vovó, aquelas  que se acreditava que colocando uma “rolha” na boca da criança iria resolver o problema, ou colocar pedrinhas na boca, soprar  línguas de sogras e outras técnicas sem fundamento algum Ok!
Seja mais eficiente: leve-o ao médico.
Ah, e nada de achar engraçadinho quando seu filho começar a falar “tota-tola” em vez de coca-cola, “totô” em vez de “cocô, certo?
Há alguns casos comuns específicos de dislalia, que envolvem pronúncia do "K" do "G", nos quais, por falta de motilidade do palato mole, a criança omite tais fonemas (por exemplo, falando "ato" ao invés de "gato"; "ma'a'o" ao invés de MACACO). O "R" brando (que é pronunciado através da vibração da ponta da língua atrás dos dentes incisivos superiores); em muitos dos casos de dislalia, o "R" também costuma ser omitido ou pronunciado guturalmente (a criança fala como se fosse um francês ou um alemão falando Português). 


As crianças também que usam chupeta e a  mamadeira por um tempo prolongado, que chupam o dedo ou mesmo mamam pouco tempo no seio, podem apresentar um quadro de dislalia. Apesar de não existir relação direta, essas crianças podem apresentar flacidez muscular e postura indevida da língua, o que pode resultar nesse distúrbio.
Outras causas são: línguas hipotônicas (flácidas), podendo ainda apresentar alterações na arcada dentária, ou então, falhas na pronúncia de determinados fonemas em conseqüência da postura e respiração dificultada.

A dislalia pode ser subdividida em quatro tipos:
Dislalia evolutiva: considerada normal em crianças, sendo corrigida gradativamente durante o seu desenvolvimento.
Dislalia funcional: neste caso, ocorre substituição de letras durante a fala, não pronunciar o som, acrescente letras na palavra ou distorce o som. Quando não se encontra nenhuma alteração física  que possa ser atribuído a Dislalia, esta é chamada de Dislalia Funcional.
Nesses casos, pensa-se em hereditariedade, imitação ou alterações emocionais e, entre essas, nas crianças é comum a Dislalia típica dos hipercinéticos ou hiperativos. Também nos deficientes mentais se observa uma Dislalia, às vezes grave ao ponto da linguagem ser acessível apenas ao grupo familiar.
Dislalia audiógena: ocorre em indivíduos que são deficientes auditivos e que não conseguem imitar os sons.

 

Dislalia orgânica: ocorre em casos de lesão no encéfalo, impossibilitando à correta pronuncia, ou quando há alguma alteração na boca.


Bem, sejam quais forem as causas, os profissionais envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, devem estar atentos a qualquer alteração lingüística, que quando detectada, deve-se encaminhar rapidamente a criança para um especialista, que terá condições de avaliar a melhor forma de tratar o distúrbio, para que ele não chegue a causar maiores danos emocionais.

Até mais!

2 comentários:

  1. Liliane, meu filho esta com 1 ano e 11 meses e ainda não pronuncia nem a palavra mamãe, a um tempo atrás ele até falava papai, mas talvez por falta de estimulo parou de falar e hoje em dia ele só grita e solta alguns sons que não da pra entender nada, mas parece que esta conversando... será uma dislalia?

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  2. Bom dia Sanae, geralmente os meninos são mais lentos no desenvolvimento da linguagem. Mas, se ele já pronunciava algumas palavrinhas e parou, é preciso ficar atento a vários fatores, ou mudanças na rotina da família. Se vc estiver muito preocupada leve-o para uma avaliação multidisciplinar, com fonoaudióloga e o pediatra de sua confiança. Agora vc precisa tomar alguns cuidados, e observar se houve algum motivo para que ele retrocedesse neste início, alguma mudança familiar, na escolinha, com quem ele fica qdo vc não está? Ele pode estar querendo chamar sua atenção para algo que aconteceu, ou está acontecendo.Evite fazer ou dar a ele sem que ele peça. Muitas mães pela rotina atribulada do dia a dia vão tentando adivinhar o que a criança quer, enquanto ela aponta o "dedinho", isso é um erro. Fale com ele: Ah, vc que água? Vc quer brincar de carrinho? Vc vai ver que se for isso ele vai aos poucos repetindo o que vc diz e assim desenvolvendo a linguagem, aos poucos. Mas todos da família precisam ter a mesma conduta Ok. Leia pra ele, cante, converse muito, e nunca corrija o que ele fala, aos poucos ele vai se dando conta, isso evita constrangimento,e ele pode naõ querer mais falar. Deixe que ele desenvolva a linguagem a seu tempo, no seu ritmo ok,
    Se isso permanecer após 2 anos, indico uma avaliação, mas não se preocupe, uma criança não é igual a outra, lembre-se disso. Se vc quiser entrar em detalhes, me escreva, estou a disposição para te ajudar.
    Em grande abraço e obrigado por seguir me blog.

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