Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Meu filho tem Terror Noturno

É muito comum que no período pré-escolar entre 3 e 5 anos  algumas crianças apresentarem um distúrbio do despertar chamado Terror Noturno. Apesar do nome pavoroso, trata-se de um episódio benigno, que não afeta o aprendizado ou traz conseqüência alguma. Acontece no meio do ciclo do sono e dura pouco mais que 15 segundos. Nos bebês pode gerar uma crise de choro incontrolável e, nos maiorzinhos, sonambulismo.
Um episódio de terror noturno se caracteriza pela criança que acorda gritando, gesticulando e chorando. Ela se agita pedindo ajuda aos pais na tentativa de se livrar das fantasias que a atacam. O despertar abrupto geralmente começa com um grito de pânico e dura cerca de 1 a 10 minutos. Os episódios são acompanhados por excitação autonômica e manifestações comportamentais de intenso medo. Durante um episódio, é difícil despertar ou confortar a criança, e após o episódio de terror noturno, nenhum sonho é recordado, ou então existem apenas imagens fragmentadas e isoladas.

É importante ficar atento a rotina da criança para poder identificar a origem dos pesadelos. Os sonhos podem ser desencadeados por todos os tipos de estimulação, desde comer certos alimentos antes de dormir, assistir filmes ou programas de televisão inadequados para sua idade, dificuldades na dinâmica familiar, perda de um bichinho de estimação, brigas, mudança de escola entre outros. Se os pesadelos criança parecem estar ligados a algum fenômeno que você percebeu tente removê-los da rotina e ver se os pesadelos desaparecem.

Uma dica legal para lidar com a criança nessa fase é deixar a porta do quarto entreaberto, uma luz fraca no corredor ou um nightlight colocado no quarto. Ao mesmo tempo, coloque um objeto de segurança, como um bichinho de pelúcia na cama dele o que pode ajudar a aliviar as preocupações dos sonhos ruins voltarem.

Outra coisa importante: Nunca grite com a criança na tentativa de acordá-la rapidamente. Tente acalmá-la ficando ao lado dela até que ela se sinta segura e volte a dormir.

Caso você tenha tomado todas as providências e mesmo assim os pesadelos continuarem, busque uma avaliação médica.



Espero ter ajudado.

Até mais!









domingo, 9 de outubro de 2011

Dicas para fazer do seu bebê um leitor no futuro

O caminho para a leitura começa na infância desde o momento em que a criança ouve as primeiras estórias  que o adulto lhe conta ou mesmo quando ela conta as suas  experiências do dia a dia. Para que você desperte essa curiosidade no seu filho  desde cedo aqui vão algumas dicas:
Primeiro, como falei anteriormente em outras postagens , a linguagem é fundamental, então converse muito com seu filho, use seu rosto e sua voz para contar a ele tudo sobre o mundo , sobre você mesmo, as coisas que estão fazendo, e sobre ele. Seu tom de voz é muito importante, use todas as entonações possíveis. Repita o que o seu bebê fala, sabe aqueles “sonzinhos “ que eles emitem ainda muito pequenos? É ele tentando interagir com o mundo. Dê toda atenção e incentive-o!
Dê nome as coisas sempre, em todos os momentos que você está com ele, na hora do banho, das refeições, do passeio,  diga seu nome, nomeie as partes do corpo ,  suas roupas, enfim,dessa forma você estará estabelecendo conexões entre palavras e eventos e assim ensinando os elementos  fundamentais entre a linguagem e a literatura.
A partir dos seis meses,  você já pode lhe apresentar pequenos livros com figuras e se  ele morder o livro não se zangue! Toda criança aprende sobre o mundo usando as mãos e a boca. Aos poucos ele vai perceber que dentro do livro existem figuras interessantes e coloridas que irão chamar sua atenção. Quando vocês dois estiverem folheando um livro, comente com ele os personagens,as iamgens, os detalhes. Espalhe livros pela casa,e se sair leve uns na bolsa, ou deixe alguns no carro, isso fará com que ele perceba que “livros” fazem parte da  vida.
E não se assuste ao vê-lo folheando um livro de cabeça para baixo e emitindo sons como se literalmente estivesse lendo. Acredite, ele está!  E com certeza você vai achar uma graça e até sentirá orgulho dele.
Coloque  um ou dois livros de estória na bolsa do bebê ou no carro para as crianças maiores. O hábito de preencher os espaços da vida com livros é sempre tê-los à mão. Isso faz com que a criança aprenda a vê-lo como parte do seu cotidiano.
Leve-o desde cedo a livrarias, a sebos e tenha em casa uma biblioteca só para ele, numa altura que ele mesmo possa  manusear e escolher seu próprio livro.
Aprenda músicas com diferentes ritmos, faça rimas com gestos e não esqueça das poesias e os trava línguas.
E que tal, contar uma estória antes de dormir.Crie esse hábito, ele vai adorar, e nunca o castigue dizendo que não irá contar uma estória só  porque ele fez algo que o desagradou.
 Não esqueça,  diálogo é  e a melhor forma de educar!
Até mais!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Porque brincar é tão importante para a criança

Brincar é uma atividade natural da criança. É através dela que a criança interpreta o mundo, se apropria de conceitos, estabelece regras, valores e assume os mais variados papéis.
A brincadeira é uma atividade social aprendida através das interações com os adultos ou outras crianças do seu convívio. Além de favorecer a autoestima, contribui para superar dificuldades, transformar conhecimentos, assumir papéis (imitação), criar vínculos, internalizar regras e desenvolver a imaginação e a criatividade. Segundo a psicóloga Maria Lúcia Paiva, existe uma gama de jogos e sites educativos que mexem com o raciocínio rápido dos pequenos. Mas na infância é muito importante que a criança tenha a oportunidade de experimentar diversas possibilidades de aprendizagem não se limitando apenas a jogos eletrônicos.
O adulto responsável pela criança pode participar desse momento definindo a estrutura e o campo da brincadeira, organizando e delimitando o tempo e o espaço, bem como a oferta de materiais e os brinquedos.

Como consequência da ausência dessa atividade tão importante nessa fase, é bem possível que tenhamos uma geração de jovens frustrados porque foram tolhidos na sua capacidade criativa e na espontâneidade típica da infância.
O que nós adultos precisamos considerar na questão do "brincar" é a disponibilidade com nossos filhos com relação a qualidade e o tempo.


Lembre-se, o que importa é o carinho e a atenção nessa hora!


Isso vai fazer toda diferença em termos de ganho para estabelecer e fortalecer o vínculo familiar.
Falando em brincadeiras, vamos falar de brinquedos. Muitos pais acham que os filhos tem que ter sempre os mais caros, os melhores e os mais modernos brinquedos para serem felizes. Nada disso, o que importa é que ele seja seguro e criativo. Então porque não confeccionar junto com a criança brinquedos com sucata?

Vou passar algumas sugestões ok: boliche de garrafas pet, bolas de meia, casinha de boneca feita de caixas de leite, cinco Marias, fantoches, bonecas de pano, perna de pau, pata de vaca, pula corda entre outras. E não esqueçam, resgatem as brincadeiras do tempo da vovó como as cantigas de roda, passa anel, pega-pega, sete Marias, cama de gato , soltar pipa, roda pião, bolinha de gude, bolinha de sabão, amarelinha, andar de bicicleta, peteca, trava-língua, mímica, o coelho sai da toca, e mais, porque não fazer um bolo juntos?
Enfim, muitas outras brincadeiras você pode aproveitar e perguntar para o vovô e a vovó, tenha certeza que eles vão adorar relembrar os velhos tempos com você e seu filho.


Lembre-se, criança deve ter horário de criança, e podar bruscamente uma brincadeira, sem explicação aparente, é desrespeitar a possibilidade de brincar.





Não esqueça, brincadeira é coisa séria!


Até mais.













sábado, 1 de outubro de 2011

Algumas características do desenvolvimento das crianças de quatro e cinco anos

    Nessa faixa etária  de 4 a 5 anos são significativas as mudanças no desenvolvimento motor, intelectual, emocional, afetivo e social .Também chamada de fase  ‘pré-escolar’, é a época da aquisição de habilidades motoras básicas, onde os movimentos fundamentais são considerados verdadeiros núcleos cinéticos. Esta capacidade para mover-se cada vez de forma mais autônoma está relacionada com diversos fatores: maturação neurológica, que permite movimentos mais completos e o crescimento corporal que facilita os movimentos e a disponibilidade em realizar atividades motoras como: correr, pular, saltar, chutar, receber, agarrar,arremessar quicar, e suas ombinações.
Movimento é a palavra chave nessa fase!
O moviementar-se tem impotância biológica, psicológica, social e cultural, pois é através da execução dos movimentos que a criança interage com o meio ambiente, relaciona-se com os outros, aprende sobre si, seus limites, capacidades e soluciona seus problemas.
Seu vocabulário aumentou bastate, já fala aproximadamente cerca de 1500 a 2000 palavras e manifesta um grande interesse pela linguagem, falando incessantemente.
Prepare-se para ouvir, ouvir e ouvir...
Compreende frases na negativa, articula bem consoantes e vogais e constrói frases bem estruturadas.É uma fase de grande curiosidade,um momento de perguntas sem fim!
Compreeende  diferenças entre a fantasia e  realidade, conceitos de número e de espaço: "mais", "menos", "maior", "dentro", "debaixo", "atrás" e  percebe que há diferenças entre o desenho e a escrita  identificando algumas letras.

Gosta de desenhar, cortar papéis e utiliza a tesoura com desenvoltura, assim como utiliza os talheres quando está à mesa.Incentive-o cada vez mais!
Socialmente está mais aberto a fazer novos amigos e se sente “grande” quando está perto de outras crianças. Poderá ser seletivo quanto à escolha das suas amizades. Gosta de imitar os adultos, é capaz de internalizar regras e respeitar o outro.
Já toma algumas decisões sozinho e fisicamente, está também mais desenvolvido, consegue escovar os dentes, pentear os cabelos e vestir-se sem a ajuda do adulto.
Então é hora de estimular a autonomia, e não esqueça, elogie sempre!
Emocionalmente, é a fase dos amigos imaginários, e da fantasia. Ao mesmo tempo em que desafiam os outros apresenta timidez. Já tem consciência do que é certo e errado, mas pode culpar o outro em alguns momentos se alguma coisa sair errado porque tem dificuldades de assumir seus próprios erros. Nesse momento o diálogo é fundamental. Mostrar a criança que o erro faz parte do crescimento e da vida, e que mais importante que errar é assumir seus próprios erros.
Alguns comportamentos podem chamar atenção como: medo do escuro, de bruxas, do bicho papão e outras coisas do imaginário infantil característico dessa idade. Ansiedade extrema, timidez, agressividade com os colegas, falta de interesse pelos outros, dificuldade para dormir sozinho e desafios e oposições extrema. O que podemos fazer para amenizar esse momento  é deixar que a criança durma com uma boneca ou um ursinho de pelúcia, que tem a função de ajudar  a superarem esta fase.
Sugestões de brinquedos para essa idade: dinheirinho de brinquedo, caixa registradora, casas de boneca com móveis, telefone, cidadezinhas, circos, fazendas com animais, materiais de papelaria, postos de gasolina, meios de transporte (caminhões, automóveis e pistas, motos, aviões, trens elétricos, barcos e tratores), instrumentos musicais e eletrônicos, jogos. 
É normal que a criança apresente um ou outro aspecto adiantado ou atrasado em relação as características de desenvolvimento apresentado , e isto vai depender essencialmente dos estímulos que a criança recebe no seu dia a dia, por isto, é imprescindível que os pais saibam como estimular seus filhos e também que o desenvolvimento da criança seja acompanhado pelo pediatra e/ou profissionais.
 Até a próxima!