Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A criança Tímida

A timidez é uma característica pessoal que deve ser compreendida, aceita e respeitada por todos. A orientação aos  pais e educadores é importante para que a criança se sinta melhor consigo própria e no convívio em grupo.
A timidez é uma característica da personalidade, não é uma doença  nem um desvio de comportamento. A criança tímida apresenta dificuldades em lidar com situações sociais em que tenha de interagir com um grupo de pessoas, ou até mesmo com uma única pessoa.
O sofrimento emocional é tão grande que pode haver uma série de alterações orgânicas como: aceleração do batimento cardíaco, sudorese excessiva nas axilas ou nas mãos, ou ainda não conseguir olhar nos olhos do outro.
A timidez é normal entre 1 e 3 anos de idade.


Há duas razões principais para explicar a timidez e o excesso de vergonha nessa fase. Uma é o temperamento de cada pessoa, outro  é o fator  genético, segundo especialistas.  A criança tímida não consegue lidar com uma uma simples

Seu filho sempre foi mais quietinho, envergonhado, apegado às pessoas que mais conhecia? Então provavelmente ele é tímido por natureza, e precisa de um pouco mais de tempo para se acostumar a situações novas como conversar com outras pessoas,



 

brincar em grupo, ou compartilhar momentos agradáveis com amigos e familiares.
A intervenção da família só deve ocorrer quando essa característica começar a atrapalhar a vida da criança, ou seja, quando ela permanecer isolada, sem amigos, com medo de se expor na escola  ou em reuniões sociais.
A criança tímida tem muito medo de errar, isso pode ser consequencia de pais muito exigentes e perfeccionistas na educação.
Em alguns casos a timidez ocorre somente na presença de adultos, o que demonstra que a criança se sente “vulnerável” diante de pessoas mais velhas. Nestes casos é importante observar como as relações familiares se estabelecem, para poder identificar quais as atitudes dos pais, familiares ou educadores que estão a intimidando-a e consequentemente,  fazendo com que ela se  retraia ainda mais.
Bem, é importante  o contato com outras crianças, de preferência da mesma faixa etária, seja  em creches, aulas de natação, música, balé , futebol, enfim, algo que ela goste ou demonstre interesse.
Quando chegar a hora de ir à escola, ajude-a a superar as dificuldades iniciais, mantendo-se ao lado dela, de mãos dadas. Apresente-lhe os educadores , os quais por sua vez  deverão apresentar alguns coleguinhas e deixá-lo à vontade e sinta-se  à vontade  para aproximar-se quando quiser .

 Aqui vão algumas dicas para você ajudar seu filho:

*Procure não rotulá-lo, chamando-o de "tímido" ou envergonhado, principalmente na frente de outras pessoas,
*Se você e seu filho estão numa festa, comece brincando junto com ele e aos poucos vá se afastando, 
*Não faça pouco dos sentimentos dele, mostre que você entende que ele esteja desconfortável naquela situação,
*Elogie e incentive sempre que ele se esforçar para brincar com um amigo, numa festinha por exemplo, e para ficar melhor ainda, chegue cedo, quando ainda são não  tem muitos convidados presentes,
*Não force a criança a participar de teatrinhos da escola, ou alguma apresentação em público, e por favor esforce-se para não dar na vista que você está decepcionado ok, procure colocar-se no lugar dele, imagine se fosse você ali com  aquele  monte de gente estranha olhando pra você...
*Não espere que seu filho seja a criança mais popular da escola e não faça comparações com as outras crianças, 
*Estimule a criança convidar os amiguinhos para irem a sua casa  para brincar,
*Não digam, na frente  da família ou dos coleguinhas da escolinha que a criança é introvertida, tímida, ou que tem dificuldades em relacionar-se, pois isso só irá agravar a situação e fazer com que ela se retraia ainda mais.
*Nunca exija que ela dê beijos ou abraços em outras pessoas, principalmente naquelas que ela nunca viu.  Entretanto, explique-lhe que  as pessoas gostam de serem cumprimentadas com um “olá", e  que cumprimentar, dizer “por favor” e “obrigada”, não são negociáveis, são atitudes educadas e que devem existir sempre,
*Ensine a criança a ser autônoma nas coisas que lhe são possíveis, tais como alimentar-se sozinha, vestir-se, calçar os sapatos, escovar os dentes, etc.

Dicas para os educadores:

*Convide-a a criança a participar das tarefas na sala de aula, como distribuir, recolher, lavar e guardar materiais, auxiliar os mais novos nas suas dificuldades, dar as mãos aos coleguinhas para subir/descer escadas, ir ao jardim, etc.
*Ajude-a a participar de atividades onde é necessário falar aos coleguinhas, como cantar, contar histórias, falar um verso, fazer teatro, etc.
*Não faça comparações entre as crianças,
*Fale com entusiasmo de brincadeiras em grupo e estimule todas as crianças a participarem,
*Apresente-lhe a possibilidade de realizar atividades interessantes com os coleguinhas e incentive-a a participar da  horta, jardinagem, artes plásticas etc.


Até Mais!







sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Porque brincar é tão importante para a criança

Brincar é uma atividade natural da criança. É através dela que a criança interpreta o mundo, se apropria de conceitos, estabelece regras, valores e assume os mais variados papéis.
A brincadeira é uma atividade social aprendida através das interações com os adultos ou outras crianças do seu convívio. Além de favorecer a autoestima, contribui para superar dificuldades, transformar conhecimentos, assumir papéis (imitação), criar vínculos, internalizar regras e desenvolver a imaginação e a criatividade. Segundo a psicóloga Maria Lúcia Paiva, existe uma gama de jogos e sites educativos que mexem com o raciocínio rápido dos pequenos. Mas na infância é muito importante que a criança tenha a oportunidade de experimentar diversas possibilidades de aprendizagem não se limitando apenas a jogos eletrônicos.
O adulto responsável pela criança pode participar desse momento definindo a estrutura e o campo da brincadeira, organizando e delimitando o tempo e o espaço, bem como a oferta de materiais e os brinquedos.

Como consequência da ausência dessa atividade tão importante nessa fase, é bem possível que tenhamos uma geração de jovens frustrados porque foram tolhidos na sua capacidade criativa e na espontâneidade típica da infância.
O que nós adultos precisamos considerar na questão do "brincar" é a disponibilidade com nossos filhos com relação a qualidade e o tempo.


Lembre-se, o que importa é o carinho e a atenção nessa hora!


Isso vai fazer toda diferença em termos de ganho para estabelecer e fortalecer o vínculo familiar.
Falando em brincadeiras, vamos falar de brinquedos. Muitos pais acham que os filhos tem que ter sempre os mais caros, os melhores e os mais modernos brinquedos para serem felizes. Nada disso, o que importa é que ele seja seguro e criativo. Então porque não confeccionar junto com a criança brinquedos com sucata?

Vou passar algumas sugestões ok: boliche de garrafas pet, bolas de meia, casinha de boneca feita de caixas de leite, cinco Marias, fantoches, bonecas de pano, perna de pau, pata de vaca, pula corda entre outras. E não esqueçam, resgatem as brincadeiras do tempo da vovó como as cantigas de roda, passa anel, pega-pega, sete Marias, cama de gato , soltar pipa, roda pião, bolinha de gude, bolinha de sabão, amarelinha, andar de bicicleta, peteca, trava-língua, mímica, o coelho sai da toca, e mais, porque não fazer um bolo juntos?
Enfim, muitas outras brincadeiras você pode aproveitar e perguntar para o vovô e a vovó, tenha certeza que eles vão adorar relembrar os velhos tempos com você e seu filho.


Lembre-se, criança deve ter horário de criança, e podar bruscamente uma brincadeira, sem explicação aparente, é desrespeitar a possibilidade de brincar.





Não esqueça, brincadeira é coisa séria!


Até mais.