Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Amiguinhos imaginários


Os amiguinhos imaginários quase sempre trazem um certo desconforto para os pais.
Mas, fiquem tranquilos  eles são inofensivos!

Estudos mostram que esses amiguinhos surgem entre dois e quatro anos e estimulam o desenvolvimento da criança e até ajudam a suprir algumas dificuldades afetivas.

Para os mais novos, o amigo “de mentirinha” é quase sempre um companheiro de brincadeiras que pode estar “presente” também à mesa na hora das refeições,  e ser chamado pelo nome. Esses amiguinhos invisíveis quase sempre tem a mesma idade que seus criadores e podem ser animais, super-heróis, magos, fadas, enfim.

No mundo da imaginação, esse amigo, além de fazer companhia, partilha os momentos de alegria e tristeza, fazendo-se presente em diversas situações do cotidiano da criança.
Eu diria que é um tipo de jogo infantil , um estado de "faz de conta” que a criança se refere como sendo “de verdade”.  
Normalmente, esses amigos imaginários surgem quando ocorrem mudanças  no cotidiano da criança, exigindo-lhe desapego de certos hábitos e novas habilidades em direção ao seu crescimento e autonomia o que  gera uma certa ansiedade e insegurança. Por exemplo: quando a criança  larga mamadeira, fraldas, chupeta, o paninho com que costuma dormir ou carregar para todos os lugares, começar a  alimentar-se sozinha,  ir à escolinha, a chegada de um irmãozinho ou irmãzinha, a separação dos pais, a perda de um avô ou avó, a mudança da creche para a escola, enfim, situações que geram angústia e implicam em sofrimento. O que fazer com o amigo imaginário das crianças
Além disso, os imaginários são ótimos companheiros porque  estão disponíveis a qualquer hora do dia e  não pegam seus brinquedos, não brigam com eles, e ainda podem ser apontados como "responsáveis" quando elas fazem alguma travessura.
Que coisa boa não!!!
 É também  uma forma de comunicar coisas que a criança não consegue dizer diretamente ao adulto.
Ok,vocês devem estar se perguntando: o que fazer quando meu filho me apresentar um desses amigos imaginários?
Bem, em primeiro lugar participe da brincadeira, quando for solicitado,
Procure tratar com naturalidade e seriedade essa manifestação da brincadeira infantil, respeitando o espaço dado por ele  para que outros a compartilhem, 

Observe o conteúdo das conversas que ele tem com seu amigo. Você pode dessa forma  identificar sentimentos importantes e dessa maneira compreendê-lo e ajudá-lo.
Caso seu filho o coloque na "conversa", aproveite para perguntar ao amigo imaginário sobre o que ele gosta ou não gosta ou se tem medo de alguma coisa. É muito provável que seu filho responda no lugar dele, dando chances a você de entender melhor como ele se sente.

 Agora atenção: não deixe que irmãos mais velhos, ou algum parente ridicularize a brincadeira na frente do seu filho.

Você só tem que se preocupar quando o amiguinho imaginário do seu filho começar a lhe criar problemas ou sofrimento, ou quando ele já está por volta dos seus 6 ou 7 anos.

 Aqui vão algumas dicas:

 Nunca "converse" com o amiguinho invisível sem seu filho tê-lo chamado à conversa.
Aceite a fantasia, mas não a estimule!

Nada de usar o amigo imaginário para fazer barganhas como apoio para conseguir alguma coisa de seu filho, como dormir na hora certa, comer, escovar os dentes e outras atividades que ele normalmente tem dificuldades para fazer.

 E agora, quando procurar ajuda de um especialista:

  Quando seu filho, mesmo estando em grupo, na escola, na pracinha ou no clube, continuar brincando com o amigo imaginário não dando lugar para  outras atividades, brincadeiras, ou se isolar para brincar com seus amigos imaginários evitando  relações interpessoais,

  Ou quando o amigo imaginário começa a assumir proporções fantasmáticas trazendo sofrimento para ele e sua família,

  Ou quando ele achar que tem os mesmos super poderes do amigo imaginário e se colocar em situações de risco real,

  Ou quando a começar a maltratar outras crianças e animais domésticos, colocando a culpa no personagem do faz-de-conta.

Relaxe, por melhor que seja essa fase passa e a fantasia vai dando lugar ao mundo real Ok.




É isso aí.
                       Até mais!


























sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Síndrome de Down, além de um rosto


Em primeiro lugar vamos falar um pouco sobre o que é Síndrome de Down.
 Considerada uma alteração genética, por motivos ainda desconhecidos, foi  descrita pelo médico inglês John Langdon Down  em 1866 e descoberta a causa pelo médico Jeônime Lejueune em 1959. 
A Síndrome de Down é um distúrbio genético que ocorre ao acaso durante a divisão celular do embrião. Esse distúrbio ocorre em média, em 1 a cada 800 nascimentos e tem maiores chances de ocorrer em mães que engravidam quando mais velhas.
Na célula normal da espécie humana existem 46 cromossomos divididos em 23 pares. A criança que tem a síndrome de Down possui 47 cromossomos, sendo que o cromossomo extra é ligado ao par 21. Esse material genético em excesso muda o desenvolvimento regular do corpo e do cérebro e carrega o que constitui uma das causas mais frequentes de deficiência mental.
A criança com essa síndrome apresenta um retardo mental de leve a moderado, e alguns problemas clínicos associados.


Também conhecida por Trissomia do 21, é a alteração genética mais comum, com caráter universal e sua ocorrência independe de raça, condição socioeconômica ou localização geográfica.
 A criança com Síndrome de Down tem mais semelhanças que diferenças com outras crianças com desenvolvimento regular. Existe uma grande variedade de personalidade, estilos de aprendizagem, inteligência, aparência, obediência, humor, compatilibidade e atitudes. Fisicamente uma criança dom Sindrome de Down pode ter olhos amendoados, orelhas pequenas e ligeiramente dobradas na parte superior. Sua boca pode ser pequena, o que faz que a língua pareça grande. O nariz também pode ser pequeno e achatado no meio, prega palmar única e cabelos lisos e finos. Alguns bebês com Síndrome de Down tem pescoço curto e as mãos pequenas com dedos curtos. São crianças com inteligência social excepcional.
 Bem, todos nós sabemos que não é tarefa fácil aceitar nos primeiros momentos a notícia que seu filho ou filha é portador da Síndrome de Down não é mesmo? É um misto de sentimentos e emoções nada fáceis de lidar, mas é seu filho tão esperado e precisa de todo amor e carinho como toda criança.
Primeira coisa a fazer é buscar ajuda de profissionais especializados, isso é fundamental!
Um trabalho de estimulação precoce direcionado a bebês de 0 a 3 anos com risco ou atrasos no desenvolvimento global ( prematuros de risco, síndromes genéticas, deficiências, paralisia cerebral e outras) é muito importante tanto para ele como para toda a família, considerando os aspectos motores, cognitivos, psíquicos e sociais.
 A ajuda de uma equipe multidisciplinar irá auxiliá-los no desenvolvimento das suas funções parentais e assim fortalecer o vínculo familiar, depois na escola e na sociedade.

                 

Pesquisas recentes comprovam que crianças com Síndrome de Down podem alcançar estágios avançados do desenvolvimento psicomotor, de linguagem, e  também cognitivo. Portanto, a presença dos pais é essencial para o desenvolvimento efetivo das potencialidades de seu filho, construindo assim um vínculo afetivo com a criança.

Quero dedicar a todos os papais e mamães esse vídeo, é muito lindo! Trata-se de uma  exposição com fotos de crianças com Sindrome de Down   realizada em Madrid na Espanha.
Com certeza voces vão adorar!




Espero que tenham gostado!

Até Mais!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Chegou a hora de escolher uma Creche para meu filho, o que faço?

Chegou fim da licença-maternidade e você precisa deixar seu bebê sob os cuidados de estranhos. Não é fácil, não é mesmo! Então vamos lá, vou dar algumas dicas que vão ajudar:

Comece perguntando para as amigas que tem ou já tiveram filhos em berçários, o que elas acharam, se gostaram ou se tem algum para recomendar.

Procure um perto da sua casa ou do seu trabalho, isso vai facilitar muito a vida de vocês dois.

Feito isso, visite o local que você escolheu sem marcar hora, isso mesmo, chegue de surpresa! Só assim você vai ver como funciona na prática um berçário. Observe como você e seu bebê são recepcionados pela escola, vocês tem que se sentir à vontade, então não esqueça: faça todas as perguntas que quiser Ok! Observe as relações entre as professoras e os bebês, as professoras e a direção, a direção e as famílias, a professora e você, e veja como você se sente diante dessa dinâmica.


Procure ter acesso a todas as instalações, tanto as áreas internas quanto às externas. Observe a higiene e a limpeza dos banheiros da cozinha, paredes, piso, brinquedos, até os extintores de incêndio.
Observe se a sala onde ficam os bebês é bem ventilada, se o local onde tomam banho de sol é tranquilo e se é respeitado o horário de 15 minutos, para que não haja nenhum problema de saúde. Pergunte se a escolinha possui um cantinho para amamentação, isso é muito importante, um local agradável e  e aconchegante para você alimentar seu filho.
Pergunte sobre a formação dos profissionais, isso é muito importante e observe se usam luvas ao fazer higiene do bebê e se usam pantufas dentro do berçário.
Uma informação importante: para cada 03 bebês deve ter pelo menos um profissional na sala.
Programe-se para fazer adaptação do bebê, ela deve acontecer duas semanas antes de você voltar ao trabalho. Esse período é muito importante para vocês dois, além de ser um direito seu e dele!
Uma coisa importante: bebês não devem ficar juntos com crianças maiores Ok! A rotina é muito diferente e as doenças também.

Pergunte se eles controlam as carteiras de vacinação e como fazem caso uma criança apresenta uma doença contagiosa.
Não estranhe se a escola impedir a entrada do seu filho quando ele apresentar uma dessas doencinhas infantis,  veja isso com bons olhos. Afinal essa atitude demonstra carinho e cuidado não só com o seu filho como respeito aos demais coleguinhas.
Hoje em dia bons berçários têm um currículo bem estruturado, incluindo atividades físicas, brincadeiras e brinquedos próprios para bebês, atividades em grupo, refeições e horário de descanso.
E não esqueça quanto menor a criança maior os cuidados.


E por fim, siga sua intuição, afinal intuição de mãe nunca falha!



Boa Sorte!




























sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Como se desenvolve o cérebro do bebê

O cérebro é o centro processador das emoções, do pensamento e de como cada pessoa é capaz de reagir ao mundo a sua volta. A partir da terceira semana de gestação o cérebro do bebê já começa a ser formado.
 Segundo o neurologista infantil Mauro Muskat, 50% do desenvolvimento do cérebro se dá até o primeiro ano de vida. Por isso os problemas que ocorrem com as gestantes durante esse período podem ter uma repercussão grande na formação do cérebro do bebê. Muskat refere-se ao uso de drogas e álcool, desnutrição materna e exposição a radiação.
 Você sabia que mães alcoólatras podem ter bebês com malformação facial e cerebral?
E que filhos de fumantes nascem com baixo peso e são mais sujeitas a lesões cerebrais e menos resistência a infecções?
Pesquisadores Holandeses afirmam que o stress também libera um hormônio que afeta o desenvolvimento do cérebro do bebê.
Então mamães, cuidem-se!
Você sabia que dentro da barriga o bebê escuta os sons do corpo da mãe, como o sangue fluindo pelas veias, a respiração, sugam, deglutem , soluçam e fazem movimentos respiratórios?
 O resultado dessa máquina perfeita é que o bebê já nasce com algumas habilidades como: ver, sentir cheiros e gostos. 
 Fantástico não é mesmo!
O cérebro de um bebê tem cerca de 100 bilhões de neurônios (células nervosas), o tronco cerebral, região que controla as funções vitais, como os batimentos cardíacos, já funciona perfeitamente.
A partir do segundo mês pós natal o cérebro vai ativando áreas responsáveis pela percepção sensorial e a criança começa a reagir aos estímulos visuais e auditivos, reconhecendo a voz da mãe e do pai.
 Já no terceiro mês há uma proliferação de neurônios , mais conexões são criadas e o aprendizado vai acontecendo. É aquela fase em que  o bebê olha sua mãozinha e a leva a boca e no sexto mês ele já consegue sentar-se apresentando maior controle motor.
No primeiro ano o desenvolvimento das sinapses levam ao desenvolvimento da linguagem .
Aos 2 anos tem o dobro de sinapses, o que consome mais energia que um adulto, imagine!
E aos 3 anos ela já representa o pensamento por meio de rabiscos.
Ufa!
Como vimos então, cuidar da gestação antes de tudo é um ato de amor, de respeito e de responsabilidade que garante o bom desenvolvimento estrutural do cérebro do bebê.

E depois, não esqueça, estimule seu bebê em todos os momentos, seja com música, jogos, conversas, sons, brincadeiras, muito carinho e beijinhos.



Até mais!