Os amiguinhos imaginários quase sempre trazem um certo desconforto para os pais.
Mas, fiquem tranquilos eles são inofensivos!
Estudos mostram que esses amiguinhos surgem entre dois e quatro anos e estimulam o desenvolvimento da criança e até ajudam a suprir algumas dificuldades afetivas.
Para os mais novos, o amigo “de mentirinha” é quase sempre um companheiro de brincadeiras que pode estar “presente” também à mesa na hora das refeições, e ser chamado pelo nome. Esses amiguinhos invisíveis quase sempre tem a mesma idade que seus criadores e podem ser animais, super-heróis, magos, fadas, enfim.
No mundo da imaginação, esse amigo, além de fazer companhia, partilha os momentos de alegria e tristeza, fazendo-se presente em diversas situações do cotidiano da criança.
Eu diria que é um tipo de jogo infantil , um estado de "faz de conta” que a criança se refere como sendo “de verdade”.
Normalmente, esses amigos imaginários surgem quando ocorrem mudanças no cotidiano da criança, exigindo-lhe desapego de certos hábitos e novas habilidades em direção ao seu crescimento e autonomia o que gera uma certa ansiedade e insegurança. Por exemplo: quando a criança larga mamadeira, fraldas, chupeta, o paninho com que costuma dormir ou carregar para todos os lugares, começar a alimentar-se sozinha, ir à escolinha, a chegada de um irmãozinho ou irmãzinha, a separação dos pais, a perda de um avô ou avó, a mudança da creche para a escola, enfim, situações que geram angústia e implicam em sofrimento.
Além disso, os imaginários são ótimos companheiros porque estão disponíveis a qualquer hora do dia e não pegam seus brinquedos, não brigam com eles, e ainda podem ser apontados como "responsáveis" quando elas fazem alguma travessura.
Que coisa boa não!!!
Que coisa boa não!!!
É também uma forma de comunicar coisas que a criança não consegue dizer diretamente ao adulto.
Ok,vocês devem estar se perguntando: o que fazer quando meu filho me apresentar um desses amigos imaginários?
Bem, em primeiro lugar participe da brincadeira, quando for solicitado,
Bem, em primeiro lugar participe da brincadeira, quando for solicitado,
Procure tratar com naturalidade e seriedade essa manifestação da brincadeira infantil, respeitando o espaço dado por ele para que outros a compartilhem,
Observe o conteúdo das conversas que ele tem com seu amigo. Você pode dessa forma identificar sentimentos importantes e dessa maneira compreendê-lo e ajudá-lo.
Caso seu filho o coloque na "conversa", aproveite para perguntar ao amigo imaginário sobre o que ele gosta ou não gosta ou se tem medo de alguma coisa. É muito provável que seu filho responda no lugar dele, dando chances a você de entender melhor como ele se sente.
Agora atenção: não deixe que irmãos mais velhos, ou algum parente ridicularize a brincadeira na frente do seu filho.
Você só tem que se preocupar quando o amiguinho imaginário do seu filho começar a lhe criar problemas ou sofrimento, ou quando ele já está por volta dos seus 6 ou 7 anos.
Aqui vão algumas dicas:
Nunca "converse" com o amiguinho invisível sem seu filho tê-lo chamado à conversa.
Aceite a fantasia, mas não a estimule!
Nada de usar o amigo imaginário para fazer barganhas como apoio para conseguir alguma coisa de seu filho, como dormir na hora certa, comer, escovar os dentes e outras atividades que ele normalmente tem dificuldades para fazer.
E agora, quando procurar ajuda de um especialista:
Quando seu filho, mesmo estando em grupo, na escola, na pracinha ou no clube, continuar brincando com o amigo imaginário não dando lugar para outras atividades, brincadeiras, ou se isolar para brincar com seus amigos imaginários evitando relações interpessoais,
Ou quando o amigo imaginário começa a assumir proporções fantasmáticas trazendo sofrimento para ele e sua família,
Ou quando ele achar que tem os mesmos super poderes do amigo imaginário e se colocar em situações de risco real,
Ou quando a começar a maltratar outras crianças e animais domésticos, colocando a culpa no personagem do faz-de-conta.
Relaxe, por melhor que seja essa fase passa e a fantasia vai dando lugar ao mundo real Ok.
É isso aí.
Até mais!
Até mais!
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