O TDAH (DDA) é um transtorno neurobiológico de causas genéticas e ambientais que surge na infância e costuma acompanhar por toda a vida. Não se caracteriza por falta de disciplina ou mesmo falta de limites por parte dos pais como muitas pessoas acreditam. Costuma acometer de 3 a 5% das crianças e a recuperação acontece em cerca de 30% dos casos.
Antes mesmo dos três anos de idade algumas crianças apresentam um quadro de deficit de atenção, apresentando um comportamento irritável. São crianças muito ativas, temperamentais e autoritárias, podendo também apresentar distúrbios de sono e alimentar.
Os 3 sintomas mais marcantes do TDAH (DDA) são: distração, impulsividade e grande atividade.
Como esses sintomas também são apresentados em crianças em idade pré escolar, o diagnóstico precoce pode passar desapercebido.
Nas meninas, é mais comum a forma do TDAH em que predomina a desatenção: elas parecem tranquilas e na sala de aula muitas vezes se mostram quietas, sem perturbar o ambiente como os meninos. No entanto, essa aparente calma esconde um pensamento que voa e se distrai com ele mesmo. A falta de aproveitamento escolar é refletida nas notas das avaliações e boletim.
Além de distraídas, a criança com TDAH (DDA) tem enorme dificuldade em prestar atenção durante muito tempo numa mesma tarefa, interrompendo-a várias vezes. O transtorno gera uma real incapacidade na criança de controlar sua própria vontade ou comportamento, relacionando-os com a passagem do tempo, ou seja muitos são incapazes de ter em mente futuros objetivos e/ou medir as conseqüências negativas de seus atos impulsivos a longo prazo.
Crianças com TDAH (DDA) sentem-se muito melhor quando após serem diagnosticadas, iniciam um tratamento focado, onde os seus problemas e dificuldades são trabalhados e suas qualidades realçadas , visando sempre a melhoria de sua auto-estima e nunca esquecendo dos limites a serem respeitados.
São crianças inteligentes, sensíveis, curiosas, criativas, atrevidas, inventivas, com muita energia e espontaneidade.
Quando motivadas ou desafiadas por situações inovadoras (televisão, vídeo-game,jogos etc...), elas têm um poder de hiperconcentração, nem se dando conta do que acontece à sua volta.
As crianças hiperativas/impulsivas, são incapazes de planejar e selecionar com antecedência para depois executar algo. Elas não conseguem controlar ou inibir seus impulsos: dificilmente ficam quietas num lugar por muito tempo. Podem ser muito falantes, falar sem pensar, sendo muitas vezes inconvenientes, interrompendo a fala dos outros. Podem comer muito e, comprar muito.
Essa falta de autocontrole pode ser o terror de muitos pais e/ou professores, que sentem-se incapazes de colocar limites caso não conheçam o transtorno e como lidar com ele.
Geralmente essas crianças são desorganizadas com seu material escolar, sua mochila, sua mesa, gavetas e principalmente com o planejamento de suas tarefas, estudos, empurrando-os sempre para a última hora (isso quando não deixam de fazê-los!).
Estão sempre atrasados, lutando contra o tempo!
Estão sempre atrasados, lutando contra o tempo!
Problemas de memória são freqüentes: esquecem nomes, datas de trabalhos, provas e perdem ou esquecem objetos com facilidade.Têm muita dificuldade em perceber e interpretar dicas e regras sociais, querendo fazer tudo "do seu jeito, no seu tempo".
Isso explica muitas vezes a dificuldade de viver adequadamente em sociedade, seus desencontros nos relacionamentos sociais e pessoais. Não sabem lidar com fracasso e frustração. Estão sempre ansiosos, sentem-se incompreendidos e irritam-se com facilidade.
Bem, com a auto-estima fragilizada por tantos rótulos negativos já recebidos, com freqüência perdem a paciência com facilidade, o que é compreensível não é mesmo.
Causas:
• Hereditariedade
O aspecto genético em si não é responsável direto pelo transtorno, mas ele aponta para uma pré-disposição ao TDA/H. A proporção de portadores em famílias que apresentam o problema é de 2 a 10 vezes maior, o que aponta para a recorrência familiar. Essa predisposição genética envolve vários genes, que podem ocasionar diferentes níveis de atividade, com respostas diferentes em cada indivíduo.
• Problemas pré-natais (durante a gestação)
• Substâncias ingeridas na gravidez – Apesar de não definir uma relação direta de causa e efeito, estudos mostram que a ingestão de drogas e álcool durante a gestação pode causar alterações na região frontal orbital, o que aumenta a chance do bebê desenvolver o transtorno.
• Saúde materna – Aspectos como hipertensão ou diabetes por exemplo
• Idade materna
• Problemas perinatais (durante o parto até um mês de idade)
Estudos mostram que mães que passaram por algum problema ou trauma no parto tais como: toxemia, eclâmpsia, hemorragia, trabalho de parto demorado, têm mais chances de terem filhos portadores do TDA/H.
• Exposição a chumbo
Crianças que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas do TDA/H.
• Problemas Familiares
Alguns teóricos apontam os problemas familiares (discussões, baixa instrução dos pais, nível sócio econômico) poderiam causar o TDA/H, mas conclusões levam a crer que estes podem agravar, mas não causar o problema.
• Pré maturidade
• Pós maturidade
• Outras possíveis causas
Todas elas foram cientificamente testadas e nada se provou concretamente
• Corante amarelo
• Aspartame
• Luz artificial
• Deficiência hormonal (tireóide)
• Deficiências vitamínicas
Escola família e professores:
A escolha da escola é um fator fundamental para o trabalho com o TDA/H. É preciso que o professor conheça o distúrbio e juntamente com a escola e família tracem estratégias para adaptar o ambiente à criança.
O aluno com TDA/H precisa sentar próximo à professora, longe da janela, por onde muitos estímulos chegam. A sala de aula deve ser o mais “clean” possível. Tudo para evitar que a criança disperse.
Ao contrário do que se pensa, nas palavras da Dra. Ana Beatriz B. Silva, psiquiatra e especialista em medicina do comportamento, “o problema não é aquele que não presta atenção em nada, mas sim, aquele que presta atenção em tudo, o tempo todo”.
Para saber mais: http://www.tdah.org.br/
Até breve!
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