Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Transtorno de déficit de atenção e Hiperatividade TDA/H

O TDAH (DDA) é um transtorno neurobiológico de causas genéticas e ambientais que surge na infância e costuma acompanhar por toda a vida. Não se caracteriza por falta de disciplina ou mesmo falta de limites por parte dos pais como muitas pessoas acreditam. Costuma acometer de 3 a 5% das crianças e a recuperação acontece em cerca de 30% dos casos.
Antes mesmo dos três anos de idade algumas crianças apresentam um quadro de deficit de atenção, apresentando um comportamento irritável. São crianças  muito ativas, temperamentais e autoritárias, podendo também apresentar distúrbios de sono e alimentar.
 Os 3 sintomas mais marcantes do TDAH (DDA) são: distração, impulsividade e grande atividade.
Como esses sintomas também são apresentados em crianças em idade pré escolar, o diagnóstico precoce pode passar desapercebido.
 Nas meninas, é mais comum a forma do TDAH em que predomina a desatenção: elas parecem tranquilas e na sala de aula muitas vezes se mostram quietas, sem perturbar o ambiente como os meninos. No entanto, essa aparente calma esconde um pensamento que voa e se distrai com ele mesmo. A falta de aproveitamento escolar é refletida nas notas das avaliações e boletim.

Além de distraídas, a criança com TDAH (DDA) tem enorme dificuldade em prestar atenção durante muito tempo numa mesma tarefa, interrompendo-a várias vezes. O transtorno gera uma real incapacidade na criança de controlar sua própria vontade ou comportamento, relacionando-os com a passagem do tempo, ou seja  muitos são incapazes de ter em mente futuros objetivos e/ou medir as conseqüências negativas de seus atos impulsivos a longo prazo.

Crianças com TDAH (DDA) sentem-se muito melhor quando após serem diagnosticadas, iniciam um tratamento focado, onde os seus problemas e dificuldades são trabalhados e suas qualidades  realçadas , visando sempre a melhoria de sua auto-estima e nunca esquecendo dos limites a serem respeitados.
São crianças  inteligentes, sensíveis, curiosas, criativas, atrevidas, inventivas, com muita energia e espontaneidade.
 Quando motivadas ou desafiadas por situações inovadoras (televisão, vídeo-game,jogos etc...), elas têm um poder de hiperconcentração, nem se dando conta do que acontece à sua volta.
As crianças hiperativas/impulsivas, são incapazes de planejar e  selecionar com antecedência para depois executar algo. Elas não conseguem controlar ou inibir seus impulsos: dificilmente ficam quietas num lugar por muito tempo. Podem ser muito falantes, falar sem pensar, sendo muitas vezes inconvenientes, interrompendo a fala dos outros. Podem comer muito e, comprar muito.
Essa falta de autocontrole pode ser o terror de muitos pais e/ou professores, que sentem-se incapazes de colocar limites caso não conheçam o transtorno e como lidar com ele.


Geralmente essas crianças  são desorganizadas com seu material escolar, sua mochila, sua mesa, gavetas e principalmente com o planejamento de suas tarefas, estudos, empurrando-os sempre para a última hora (isso quando não deixam de fazê-los!).
 Estão sempre atrasados, lutando contra o tempo!
Problemas de memória são freqüentes: esquecem nomes, datas de trabalhos, provas e perdem ou esquecem objetos com facilidade.Têm muita dificuldade em perceber e  interpretar dicas e regras sociais, querendo  fazer tudo "do seu jeito, no seu tempo".
 Isso explica muitas vezes a dificuldade de viver adequadamente em sociedade, seus desencontros nos relacionamentos sociais e pessoais. Não sabem lidar com fracasso e  frustração. Estão sempre ansiosos, sentem-se incompreendidos e irritam-se com facilidade.
Bem, com a auto-estima fragilizada por tantos rótulos negativos já recebidos, com freqüência perdem a paciência com facilidade, o que é compreensível não é mesmo.

Causas:

• Hereditariedade

O aspecto genético em si não é responsável direto pelo transtorno, mas ele aponta para uma pré-disposição ao TDA/H. A proporção de portadores em famílias que apresentam o problema é de 2 a 10 vezes maior, o que aponta para a recorrência familiar. Essa predisposição genética envolve vários genes, que podem ocasionar diferentes níveis de atividade, com respostas diferentes em cada indivíduo.

• Problemas pré-natais (durante a gestação)

• Substâncias ingeridas na gravidez – Apesar de não definir uma relação direta de causa e efeito, estudos mostram que a ingestão de drogas e álcool durante a gestação pode causar alterações na região frontal orbital, o que aumenta a chance do bebê desenvolver o transtorno.

• Saúde materna – Aspectos como hipertensão ou diabetes por exemplo

• Idade materna

• Problemas perinatais (durante o parto até um mês de idade)

Estudos mostram que mães que passaram por algum problema ou trauma no parto tais como: toxemia, eclâmpsia, hemorragia, trabalho de parto demorado, têm mais chances de terem filhos portadores do TDA/H.

• Exposição a chumbo

Crianças que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas do TDA/H.

• Problemas Familiares

Alguns teóricos apontam os problemas familiares (discussões, baixa instrução dos pais, nível sócio econômico) poderiam causar o TDA/H, mas conclusões levam a crer que estes podem agravar, mas não causar o problema.

• Pré maturidade

• Pós maturidade

• Outras possíveis causas

Todas elas foram cientificamente testadas e nada se provou concretamente

• Corante amarelo

• Aspartame

• Luz artificial

• Deficiência hormonal (tireóide)

• Deficiências vitamínicas

Escola família e professores:

A escolha da escola é um fator fundamental para o trabalho com o TDA/H. É preciso que o professor conheça o distúrbio e juntamente com a escola e família tracem estratégias para adaptar o ambiente à criança.
O aluno com TDA/H precisa sentar próximo à professora, longe da janela, por onde muitos estímulos chegam. A sala de aula deve ser o mais “clean” possível. Tudo para evitar que a criança disperse.

Ao contrário do que se pensa, nas palavras da Dra. Ana Beatriz B. Silva, psiquiatra e especialista em medicina do comportamento, “o problema não é aquele que não presta atenção em nada, mas sim, aquele que presta atenção em tudo, o tempo todo”.


Para saber mais: http://www.tdah.org.br/



Até breve!



Literatura Infantil: Tati é especial

http://stg2.novoser.com.br/Imagens%20Abril/obra/capa/9788526285279.jpg
Tati é especial    
Educação Infantil
Parte da coleção Cubo Mágico
Autor: Jean-Claude R. Alphen

Tati e Juca são muito amigos. A menina é muito sabida, o garoto é sensível. Juca gosta de olhar as estrelas, que ele chama de pontinhos brilhantes na escuridão. Tati sabe que, na verdade, elas  sã0 corpos celestes a milhões de ano luz da Terra, e que algumas delas já nem existem mais. Quando Juca descobre que as estrelas também morrem, fica melancólico, pois percebe que um dia também pode perder sua amiga Tati, uma garota muito especial.


Boa Leitura!
Até mais!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Educação Infantil em Foco: Autismo infantil

Autismo infantil

Autismo infantil

O nome autismo vem do grego autus e significa “si mesmo”. Crianças autistas vivem em mundo paralelo quase intransponível. Com um quadro comportamental bem particular, elas apresentam prejuízos nos relacionamentos sociais, na comunicação e na imaginação.
O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem influência genética e é causado por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, por exemplo.
Caracteriza-se por dificuldades significativas na comunicação e na interação social, além de alterações de comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos, como balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino.
Apesar dos sintomas aparecerem antes de a criança completar três anos, não é tão fácil diagnosticar a doença imediatamente.
O isolamento é uma característica fundamental da criança autista. Ela prefere sempre estar só, no seu mundinho.


 Além disso, é comum que ela não forme relações pessoais íntimas, não abrace, evite contato de olho, resista às mudanças, seja excessivamente presa a objetos familiares e repita continuamente certos atos e rituais. Por isso, evita-se o contato físico no relacionamento com o autista - já que o mundo, para ele, parece ameaçador. Insistir neste tipo de contato ou promover mudanças bruscas na rotina dessas crianças pode desencadear crises de agressividade.
 A criança autista pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho ou pode, ainda, não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada, explica a psicoterapeuta Maura de Albanesi, Diretora do Instituto de Psicologia Avançada AMO.
A professora Ana Alagoes de 42 anos, relata que começou a achar estranho o silencio da sua filha Maria que repetia muitas vezes o que ela falava. Essa dificuldade de compreensão é comum entre as crianças autistas. Ela pode repetir as palavras que ouve (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria.
Mas esse acompanhamento muitas vezes é terrivelmente doloroso para quem é mãe de um autista. Muitas entram em depressão e sentem-
se rejeitada pelo filho.
.
 É essencial que profissionais da área de saúde estejam a par dos problemas mais comuns enfrentados pelas mães de crianças autistas,para que possam assisti-las quanto ao sofrimento que experimentam, bem como aquele de seus filhos e de suas famílias.
A neurologista infantil e mestre em psicologia Carla Gikovate dá 5 dicas para ajudar você a estimular a atenção e a comunicação do seu filho autista:

Parta de objetos e situações que a criança já demonstre interesse para iniciar sua interação social;

Utilize estímulos visuais nas atividades pedagógicas e no dia-a-dia (organize o horário, mostre aonde ela vai e o que vai acontecer);

 * Estruture o ambiente de forma que a criança preveja o que se espera dela em cada situação;

 * Aproveite situações e horas naturalmente agradáveis para ela (banho, comida) para ensinar e trabalhar conceitos;
Diminua o tempo em que a criança fica sozinha e sem atividade.

A síndrome não tem cura e nem causa definida. Mas existem tratamentos que melhoram o desenvolvimento da criança e podem dar a ela uma vida praticamente normal.Quanto mais cedo ela receber tratamento, melhor.
 Por isso a importância do diagnóstico precoce.
Veja o vídeo abaixo, a estória de Arthur, o menino autista,  uma lição de amor e vida!




Dia 2 de abril, dia Mundial da Conscientização do Autismo.







Espero que tenham gostado.
Até mais!