Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Autismo infantil

O nome autismo vem do grego autus e significa “si mesmo”. Crianças autistas vivem em mundo paralelo quase intransponível. Com um quadro comportamental bem particular, elas apresentam prejuízos nos relacionamentos sociais, na comunicação e na imaginação.
O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem influência genética e é causado por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, por exemplo.
Caracteriza-se por dificuldades significativas na comunicação e na interação social, além de alterações de comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos, como balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino.
Apesar dos sintomas aparecerem antes de a criança completar três anos, não é tão fácil diagnosticar a doença imediatamente.
O isolamento é uma característica fundamental da criança autista. Ela prefere sempre estar só, no seu mundinho.


 Além disso, é comum que ela não forme relações pessoais íntimas, não abrace, evite contato de olho, resista às mudanças, seja excessivamente presa a objetos familiares e repita continuamente certos atos e rituais. Por isso, evita-se o contato físico no relacionamento com o autista - já que o mundo, para ele, parece ameaçador. Insistir neste tipo de contato ou promover mudanças bruscas na rotina dessas crianças pode desencadear crises de agressividade.
 A criança autista pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho ou pode, ainda, não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada, explica a psicoterapeuta Maura de Albanesi, Diretora do Instituto de Psicologia Avançada AMO.
A professora Ana Alagoes de 42 anos, relata que começou a achar estranho o silencio da sua filha Maria que repetia muitas vezes o que ela falava. Essa dificuldade de compreensão é comum entre as crianças autistas. Ela pode repetir as palavras que ouve (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria.
Mas esse acompanhamento muitas vezes é terrivelmente doloroso para quem é mãe de um autista. Muitas entram em depressão e sentem-
se rejeitada pelo filho.
.
 É essencial que profissionais da área de saúde estejam a par dos problemas mais comuns enfrentados pelas mães de crianças autistas,para que possam assisti-las quanto ao sofrimento que experimentam, bem como aquele de seus filhos e de suas famílias.
A neurologista infantil e mestre em psicologia Carla Gikovate dá 5 dicas para ajudar você a estimular a atenção e a comunicação do seu filho autista:

Parta de objetos e situações que a criança já demonstre interesse para iniciar sua interação social;

Utilize estímulos visuais nas atividades pedagógicas e no dia-a-dia (organize o horário, mostre aonde ela vai e o que vai acontecer);

 * Estruture o ambiente de forma que a criança preveja o que se espera dela em cada situação;

 * Aproveite situações e horas naturalmente agradáveis para ela (banho, comida) para ensinar e trabalhar conceitos;
Diminua o tempo em que a criança fica sozinha e sem atividade.

A síndrome não tem cura e nem causa definida. Mas existem tratamentos que melhoram o desenvolvimento da criança e podem dar a ela uma vida praticamente normal.Quanto mais cedo ela receber tratamento, melhor.
 Por isso a importância do diagnóstico precoce.
Veja o vídeo abaixo, a estória de Arthur, o menino autista,  uma lição de amor e vida!




Dia 2 de abril, dia Mundial da Conscientização do Autismo.







Espero que tenham gostado.
Até mais!

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