Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A fase dos Por quê?



Por volta dos volta dos 3 ou 4  anos de idade  a criança começa a bombardear os pais com perguntas como "Por quê?", "O quê?", "Onde?" e "Como?".
Isso ocorre devido à construção da própria identidade, que acontece na infância, quando a criança passa a se descobrir, a ter noção do próprio “Eu”, da importância de sua existência, das coisas que consegue fazer, que vê e o  que ouve.
A partir dessa descoberta, passa a perceber o mundo ao seu redor dando maior importância a como tudo acontece, ou seja, os porquês começam a aparecer.
Todos nós, em algum momento já nos perguntamos: por que as crianças fazem tantas perguntas? E mais ainda, como respondê-las?
Bom, se mesmo para os adultos ainda existem questões sem explicação, para uma criança que começa a tomar contato pela primeira vez na vida com todos os mistérios do mundo a quantidade de dúvidas é naturalmente bastante expressiva, não é mesmo?
Muitas vezes as crianças nos questionam repetidamente e emendam um porquê atrás do outro.
É importante que as pessoas em contato  com elas tenham  paciência e respeite  às  suas curiosidades ajudando a esclarecer suas dúvidas.
  Essa interminável busca por tanta  compreensão do mundo é que as levará a fazer novas descobertas aguçando sua percepção para  aprender.
 Se a criança é tolhida pelo adulto no momento em que faz perguntas, poderá perder o interesse e  a vontade de descobrir coisas novas, ficando paralisada no seu processo de aprendizagem por medo ou insegurança.
 
Uma boa dica de leitura é o livro “Perguntas que as crianças fazem & como respondê-las” (Editora Globo), lançado pela médica e membro da Royal College of Physicians Miriam Stoppard, autora de mais de 50 livros e uma das maiores autoridades sobre maternidade, assistência à criança e saúde da mulher.
 Bem, se as dúvidas são "O que é um cachorro?" ou "Como funcionam os carros?"ou "Porque as estrelas não caem?",sem problemas. No entanto, quando as perguntas  envolvem as fronteiras nebulosas da existência, do nascimento e mesmo da fé, a história muda um pouco de figura.
O primeiro passo para esse impasse é escutar. Afinal fazer perguntas é uma atividade natural de quem está observando tudo a sua volta. Fique atento! E se você tem receio de responder determinadas perguntas acabará desestimulando a criança a perguntar novamente. É muito importante mostrar a seu filho que sempre que ele tiver alguma dúvida ele pode procurar por você, muitas vezes a pergunta é bem mais simples do que se imagina, mas nós adultos é que  complicamos.
As crianças perguntam sobre o que ouvem ou vêem. Ao descobrir porque seu filho quer saber "aquilo", você consegue chegar à raiz da questão e responder exatamente o que ele perguntou. E, qualquer que seja a pergunta, o caminho para o bom entendimento é sempre o mesmo: optar por falar a verdade.
Segundo a terapeuta familiar e psicanalista infantil Anne Lise Scappaticci, uma resposta honesta estimula a criança a procurar sempre novas perguntas, mais profundas e, assim, a alcançar respostas melhores.
 Quando os pais mentem, a criança sente que a relação não é verdadeira. Evite respostas violentas e impulsivas, isso só vai  derrubar a vontade da criança em perguntar novamente. Ela ficará inibida  e  o que você vai conseguir é diminuir seu interesse pela busca de novos horizontes. Não esqueça nunca: a família é quem estimula a criança a ser inteligente.










Até breve!




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