Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


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Um abraço!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mentira tem pernas curtas


Mentir é uma habilidade que toda criança aprende, é uma ferramenta para evitar a culpa ou punição, e para escoramento de uma auto-imagem pobre. 
Embora todas as crianças mintam, algumas fazem muito mais do que outras.
Psychologists who study lying have found patterns that help predict which children will lie the most. As crianças compreendem a necessidade de mentir tanto mais cedo quanto mais inteligentes elas forem. Nos primeiros anos de vida elas não sabem distinguir fantasia da realidade. Quando então descobrem, como é possível lograr os outros, elas o fazem primeiramente em proveito próprio, a fim de evitar castigos ou para receber alguma recompensa. 
Por isso, também, é importante conhecer o desenvolvimento mental das crianças.
Por exemplo: até os cinco anos, o mundo da fantasia se confunde com a realidade. É comum a criança inventar histórias extraordinárias, seja para conseguir mais atenção ou mesmo para tentar sair de uma situação de dificuldade, como algo errado que tenha feito.




Nesta fase, devemos estar mais atentos à persistência das mentirinhas e suas conseqüências.
Enquanto a criança insistir em narrar contos fantásticos, desde que estes não prejudiquem ninguém, não há porque se preocupar. Essas situações não deixam de ser uma experiência de criatividade e tendem a diminuir com o passar do tempo.
O normal é que a criança busque cada dia uma história diferente, ou seja, se o assunto que ela “inventou” não persistiu, é porque de fato, não deve ser levado a sério.
Muitos pais preocupados e  ansiosos tentam  longos discursos morais sobre a atitude  do seu filho. Com isso pouco resolverão o problema.
A melhor  maneira é mostrar à criança, de forma bem prática, que cedo ou tarde as mentiras serão descobertas, como aquele ditadinho  que agora cai bem: mentiras tem pernas curtas! e que, além de ter que responder pelo erro cometido, ela ainda deverá responder também pela mentira. Então mostre a ela que contando a verdade, isso será valorizado e ameniza as conseqüências do ato.


Com crianças de  até seis anos, utilize formas lúdicas para  explorar esse assunto.






Utilize filmes ou livros infantis que contem histórias sobre crianças que mentem e suas conseqüências, abordando os prejuízos das mentiras e os benefícios de dizer a verdade.

Se as mentiras  forem repetidas, pode ser um sinal de vários problemas subjacentes, cada um dos quais exige uma resposta diferente dos pais.
Exemplo: separação dos pais, perda de um ente querido,mudança de escola, não está se adaptando a escola, brigas com coleguinhas e por aí vai.Nesses casos podem surgir vários argumentos como: dor de barriga, dor de cabeça...fique atento!
The most common reasons for lying, particularly among younger children, is a fear of punishment. As razões mais comuns para mentir, especialmente entre as crianças mais jovens, é um medo de punição. This is especially true when the punishment is severe or the parents have unrealistically high expectations for their children.
Os mais velhos em idade escolar também irão mentir para melhorar a sua auto-estima e status social.
É comum mentir sobre status, como por exemplo dizer que seu  pai tem o carro do ano,  ou que conhece tal jogador. É só uma forma de ser bem aceito no grupo.
Já uma criança de três anos  começa a mentir com medo de ser punida. Um exemplo: quebrou o vaso que a mãe mais gostava. A mãe sabe que foi ela, mas ela vai negar. E geralmente as mães ficam com muita raiva, umas acabam chamando a criança de mentirosa, o que só piora a situação.

Então o que fazer???????
A base nesse caso é a relação de confiança!


 Explique para o seu  filho que mentir não resolve as coisas, que é melhor admitir os erros, enfim converse francamente com ele sobre as conseqüências da mentira. É normal que crianças de quatro a cinco anos pelo processo psicológico da fantasia se divirtam ouvindo e inventando histórias, confundindo a realidade com a fantasia.
Uma outra coisa importante é o exemplo dos pais.!


Muito cuidado com o que que falam ou fazem na frente dos filhos; exemplo: o telefone toca e o pai diz – diga que não estou. Ou quando encontra uma pessoa, é todo simpático na frente e quando se afasta comenta – puxa como ele é chato! 
Que feio! Depois querem cobrar dos filhos, ai, ai, ai.

Quando a mentira pode indicar problemas emocionais:
Algumas crianças, sabendo da diferença entre a verdade e a mentira, elaboram historias que parecem verdadeiras. Estas crianças relatam historias com grande entusiasmo, já que são ouvidos com muita atenção por uma platéia, que embora falando mentira podem cair no vício de começar a mentir repetidamente. Eles acreditam que dizer mentiras é a melhor maneira de satisfazer as perguntas de seus pais, professores e amigos. Eles não estão procurando ser maldosos, porem por mentirem repetidamente se converte em vício.

O que devo fazer quando a criança mente?

Falar seriamente com ela a respeito da diferença entre a fantasia e a realidade, e suas consequências.


A importância da honestidade em casa:

Isso é coisa séria! É fato, as crianças aprendem, desde cedo, que é melhor não dizer à sua tia que não gosta dela,( apesar de ninguém gostar...) , para ser simpático e adorável. Quem nunca fez isso? E a  alegria dissimulada da mãe ao receber o presente de aniversário inútil, ou comer guloseimas escondidas para o bem da nação e da lei do silêncio sobre possíveis inconvenientes familiares. 
São modelos e treinamento para as mentiras diárias no futuro da criança.
Pais e mães, por favor, desde cedo  conversem muito com seus filhos, somente através do diálogo vocês irão  estabelecer uma relação de confiança o que  vai ajudar a criança a contar o que acontece em sua vida, seus medos e anseios, evitando que utilizem o artifício da mentira quando desejar ganhar ou evitar algo.
Outra coisa, regras extremamente rígidas também podem estimular a criança  a mentir. Neste caso, o ambiente familiar proporcionará poucas chances de negociações a respeito dos limites da rotina diária.
Estabelecer juntos regras um pouco mais flexíveis, permitindo situações em que a criança   seja capaz  de administrar e também já desde cedo ir  treinando o senso de responsabilidade.








Até breve!




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