Tão importante quanto transmitir afeto é ensinar limites aos pequenos. A tarefa de dizer não inicia-se desde o nascimento. A importância do "não" e do estabelecimento de limites é fator organizador na formação da personalidade de todo ser humano.
Desde um ano de idade aproximadamente a criança precisa aprender a ouvir a palavra "não" e o os pais
a pronunciá-la.
Toda criança passa pela "fase do negativismo", na qual fala quase compulsivamente a palavra "não", testando sua força diante da autoridade do adulto, seja ele pai, mãe ou responsável. Com esse comportamento ela vai experimentando até onde ela pode chegar e até onde os pais permitem que ela vá.
Crianças precisam de regras claras, objetivas e coerentes colocadas com segurança e na hora certa.
Isso vale para os bebês também! Os bebês precisam de uma rotina bem estruturada , com horários pré estabelecidos para comer, dormir e passear. Mas, seja flexível e use o bom senso ok!
Nessa fase o bebê não adiquiriu ainda a noção de linguagem, então o que fazer quando algo não está de acordo? Fale com o bebê sempre associando a palavra a uma expressão facial e use e abuse da intonação de voz,o que é muito importante.
Já pequeninho ele vai percebendo que seu comportamento as vezes deixa a desejar. Quando for repreendê-lo use frases curtas, como por exemplo: não mexa aí, vai fazer dodoí, enfim, use uma linguagem curta e de fácil compreensão. Mas, não desista se você tiver que fazer isso centenas de vezes por dia, isso é normal. Os pequenos ainda não tem o conceito do que é bom ou ruim. Se ele persistir retire-o do lugar, desvie sua atenção para outra atividade. O estabelecimento de limites não é tarefa fácil, mas muito mais complicado é mantê-los.
Quem nunca viveu ou presenciou aquela criança dentro de um shopping ou num supermercado, se jogar no chão, chorando, esperneando... isso quando não saem correndo e os pais ficam sem graça ,sem saber o que e como fazer, não é mesmo?
Mas para entender melhor esse comportamento é fundamental conhecer quais os recursos mentais da criança em cada faixa etária.
Por exemplo: antes dos 4 ou 5 anos é quase impossível esperar que uma criança compreenda e aceite as regras de um jogo. Ela vai querer jogar e ganhar toda vez. Obrigá-la a aceitar regras antes do tempo seria um limite absurdo. Porém, a partir dos 6 anos a criança já terá adquirido a capacidade para aceitar as regras e a respeitar a vez dos amiguinhos.
Muitas vezes nos parece fácil falar de limites; educadores e psicólogos enumeram uma série de regras e "porquês" do que se deve ou não fazer com uma criança para transmitir-lhe os tais "limites". Mas por que na prática isso se torna uma tarefa tão difícil? Por que os pais tantas vezes se vêem esgotados em repreender os filhos e na maioria das vezes não obtêm resultado? Eu diria que educar não é tarefa fácil, não tem receita pronta, nem os filhos vem com manual de instrução.
Mas, uma dica importante é estar sempre por perto, mostrando com exemplos e atitudes o que é certo ou errado, permitindo que a criança vá construindo um comportamento mais maduro. Uma das maneiras que a criança encontra para pedir limites é testando os pais. E o que se percebe muito nessa relação é a inversão de papéis.
. Desde muito cedo a criança percebe a dinâmica dos pais, quem ele pode manipular com mais facilidade, seja através de um choro, ou até mesmo através de uma "gracinha" na hora errada e os pais sem se dar conta acham engraçadinho.
Pois é, não é fácil estar atento a essas pequenas armadilhas, muitas vezes engraçadas não é mesmo?
Os pais precisam ter consciência do seu papel como "autoridade" nessa relação, para que não haja conseqüências negativas no desenvolvimento do seu filho. Essas conseqüências se farão visíveis no convívio em grupo, com os amiguinhos, na escola ou mesmo na hora de um jogo.
Impor limites ajuda a criança a tolerar frustrações e adiar sua satisfação. É muito importante para a vida que ela aprenda a esperar sua vez, respeitar e compartilhar.
Vejamos como lidar com limites com crianças na faixa etária de 2 a 3 anos:
*Acessos de cólera ou mau humor são frequentes nessa idade; a criança ainda não está socializada. O que fazer? Ignorar é a melhor maneira de eliminar o problema. Quanto menos você falar e tentar convencê-la melhor e mais rápido o efeito.
Também não espere que ela se acalme escutando a voz da razão e a ponderação, afinal ela está com muita raiva e ainda não consegue dominá-la. Muito menos tenha você também um acesso de cólera por causa do acesso de cólera da criança. Não esqueça: Você é um adulto! Não aja como se tivesse a mesma idade de seu filho ok!
* Dê-lhe direito ao "piti", mas explique que não vai assistir a cena. Leve-a a um local tranqüilo e fale com calma, sem gritar, mas com firmeza, que essa não é a melhor forma de se conseguir o que deseja, e que você vai esperar que ela fique calma para depois conversarem, e retire-se. Se ela ainda assim continuar gritando e fazendo escândalo , seja forte! Sem platéia ele desiste, pode acreditar.
* E se ela tentar agredi-lo fisicamente, chutar ou jogar coisas?
- simplesmente impeça-a, segurando-a com firmeza, sem machucá-la e, muito menos, sem fazer o mesmo com ela. Já ouvi muitos depoimentos de pais que diziam: meu filho me mordeu, então mordi-o também, assim ele aprendeu que morder dói. O que esse pai deveria fazer? Mostrar ao filho que existem outras formas de demonstrar os sentimentos, sendo objetivo e sem sermões.
Breve e direto!
Breve e direto!
Diga simplesmente que não gostou do seu comportamento e que está muito triste. Deixe-o sozinho até que passe o “piti”,(o que pode demorar... resista!) e ensine-o desde cedo a assumir seus erros e pedir desculpas.
Agora vamos lá, 5 atitudes dos pais que prejudicam a colocação de limites nos filhos:
1- Estender as explicações em vez de dar ordens claras e diretas;
2- Não colocar firmeza na voz nem mudar a expressão no momento de repreender a criança, transmitindo a ela uma mensagem dúbia;
3- Deixar o filho descumprir uma regra para não ter que repetir a mesma ordem;
4- Criar normas diferentes para as crianças da casa;
5- Usar violência física ou verbal. Em termos de disciplina, os melhores resultados surgem do diálogo e de sanções relacionadas à regra quebrada.
Bem agora é com vocês!
Até mais!
Nossa, eu tenho tentado, mas meu bebe de 1 ano e 8 meses chora mais de meia hora se deixar, as vezes ele me vence pelo cansaço em casa...
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