Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dificuldades de Aprendizagem

Os problemas de aprendizagem afetam uma em cada dez crianças em idade escolar e podem ser detectados em crianças a partir dos cinco anos de idade.

.É uma  preocupação para muitos pais    já que afetam o rendimento escolar e as relações interpessoais dos seus filhos.
Crianças com problemas de aprendizagem, podem ter um nível normal de inteligência, de acuidade visual e auditiva.
Se esforçam para seguir instruções, concentrar-se, e portar-se bem em sua casa e na escola.
Apresentam dificuldades em captar, processar, dominar tarefas, informações e  desenvolvê-las.
Apresentam  dificuldades em perceber as coisas no ambiente externo porque  seus padrões neurológicos são diferentes das outras crianças da mesma idade.
Crianças com dificuldades de aprendizagem, com frequência apresentam, segundo a lista obtida do “When Learning is a Problem/LDA (Learning Disabilities Association of America)”, características e/ou deficiências em:
Leitura (visão)
A criança se aproxima muito do livro; diz palavras em voz alta; assina, substitui, omite e inverte as palavras; vê duplicado, pula e lê a mesma linha duas vezes; não lê com fluidez; tem pouca compreensão na leitura oral; omite consoantes finais na leitura oral; pestaneja em excesso; fica vesgo ao ler; tende a esfregar os olhos e queixar-se de que coçam; apresentam problemas de limitação visual, soletração pobre, entre outras.
Escrita
A criança inverte e troca letras maiúsculas; não deixa espaço entre palavras e não escreve em cima das linhas; pega o lápis desajeitado e não tem definido se é destro ou canhoto; move e coloca o papel de maneira incorreta; trata de escrever com o dedo; tem o pensamento pouco organizado e uma postura pobre, etc.
Auditivo e verbal
A criança apresenta apatia, resfriado, alergia e/ou asma com frequência; pronuncia mal as palavras; respira pela boca, queixa-se de problemas do ouvido; sente-se enjoado; fica branco quando lhe falam; depende de outros visualmente e observa o professor de perto; não pode seguir mais de uma instrução por vez; põe a televisão e o rádio em volume muito alto, etc.
Raciocínio lógico matemático
A criança inverte os números; tem dificuldade para saber a hora; pobre compreensão e memória dos números; não responde a dados matemáticos, etc.
Social / Emocional
 A criança apresenta um comportamento  hiperativo, com baixa auto-estima e atenção prejudicada.
Algumas dicas  que podem ajudar pais e professores detectar dificuldades de aprendizagem nas crianças:
* A criança tem dificuldade para entender e seguir tarefas e instruções.
* Apresenta dificuldade para relembrar o que alguém acaba de dizer.
* Não domina as destrezas básicas de leitura, soletração, escrita e/ou matemática, pelo que fracassa no trabalho escolar.
* Apresenta dificuldade para distinguir entre a direita e a esquerda, para identificar palavras, etc. Sua tendência é escrever as letras, palavras ou números ao contrário.
* Falta-lhe coordenação ao caminhar, fazer esportes ou completar atividades simples, tais como apontar um lápis ou amarrar o cordão do sapato.
* Apresenta facilidade para perder ou extraviar seu material escolar, como os livros e outros artigos.
* Tem dificuldade para entender o conceito de tempo, confundindo o “ontem”, com o “hoje” e/ou “amanhã”.
* Manifesta irritação ou excitação com facilidade.
As crianças que têm problemas de aprendizagem, com frequência apresentam, segundo a lista obtida do “When Learning is a Problem/LDA (Learning Disabilities Association of America)”, características e/ou deficiências em:
Leitura (visão)
A criança se aproxima muito do livro; diz palavras em voz alta; assina, substitui, omite e inverte as palavras; vê duplicado, pula e lê a mesma linha duas vezes; não lê com fluidez; tem pouca compreensão na leitura oral; omite consoantes finais na leitura oral; pestaneja em excesso; fica vesgo ao ler; tende a esfregar os olhos e queixar-se de que coçam; apresentam problemas de limitação visual, soletração pobre, entre outras.
Escrita
A criança inverte e troca letras maiúsculas; não deixa espaço entre palavras e não escreve em cima das linhas; pega o lápis desajeitado e não tem definido se é destro ou canhoto; move e coloca o papel de maneira incorreta; trata de escrever com o dedo; tem o pensamento pouco organizado e uma postura pobre, etc.
Auditivo e verbal
A criança apresenta apatia, resfriado, alergia e/ou asma com frequência; pronuncia mal as palavras; respira pela boca, queixa-se de problemas do ouvido; sente-se enjoado; fica branco quando lhe falam; depende de outros visualmente e observa o professor de perto; não pode seguir mais de uma instrução por vez; põe a televisão e o rádio em volume muito alto, etc.
Matemática
A criança inverte os números; tem dificuldade para saber a hora; pobre compreensão e memória dos números; não responde a dados matemáticos, etc.
Social / Emocional
A criança apresenta um comportamento hiperativo, tem baixa auto-estima e atenção prejudicada.


Agora uma sugestão para uma boa leitura, não percam!

Os autores apresentam um panorama das dificuldades de aprendizagem, unindo teoria e prática. Eles argumentam que, para se avaliar os problemas da criança e montar um programa de intervenção bem-sucedido, é imprescindível a compreensão do sistema cognitivo.
 
 
 
 
Até mais!































terça-feira, 1 de novembro de 2011

Gagueira infantil

Problemas de articulação da fala costumam aparecer entre os 2 e 4 anos, sendo mais comum em meninos. Nesse período, as crianças começam a formar frases maiores e mais elaboradas e ocorre a aquisição de habilidades complexas e necessárias para organizar a linguagem e utilizá-la em situações sociais. Com isso é normal que a criança esqueça de algumas palavras, não apresentando total fluência na fala, demonstrando insegurança ao se expressar.
Uma das características da gagueira é a oscilação. Ela não se apresenta em todas as ocasiões e sua intensidade varia. Na maioria dos casos, os bloqueios desaparecem, por exemplo, quando a criança canta, pois estão relacionados ao momento da comunicação. Em uma  alguma situação na qual a criança se sinta intimidada, seja por uma atitude pouco receptiva do interlocutor ou pela emoção que sente em relação ao tema, pressão dos pais ou professores para “falar corretamente”, corrigindo ou mesmo recompensando quando a criança se expressa com fluência, podem piorar o problema e se estabelecer e perdurar na idade adulta.

   
É comum que a falta de fluência na fala acentue a timidez ou faça com que a criança deixe de se expressar para evitar a vergonha de tropeçar nas sílabas e passe a manifestar movimentos corporais involuntários relacionados à tensão e ao esforço para falar.
Segundo estudos conduzido por mais de 20 anos, a intervenção deve vir, de preferência, antes dos 4 anos, para evitar que a gagueira se estabeleça e ocasione transtornos secundários como: ansiedade ou sentimentos negativos em relação à comunicação e à convivência social, prejudicando a autoestima.
A pesquisa não identificou uma causa específica da gagueira, porém foram identificados fatores que podem desencadeá-la, como histórico familiar. Cerca de 60% das pessoas com o problema têm parentes gagos. Além disso, é três vezes mais frequente em meninos. Observou-se alto índice de recuperação em casos em que o tratamento foi iniciado antes que as repetições e os tropeços na fala completassem um ano. Ao perceber os sinais descritos, é aconselhável que os pais procurem um fonoaudiólogo ou psicólogo.


 Estes profissionais avaliarão o grau de dificuldade da criança em expressar-se e se há fatores ambientais, sociais e psicológicos associados ao problema.
Atitudes simples, como falar de forma clara com a criança e dar tempo para que ele organize suas palavras. Foi instruída também a evitar fazer recomendações e a conversar um pouco mais devagar, articulando bem as palavras, para oferecer um modelo lento de fala, com pausas, que possa ser imitado.
 Essas pequenas mudanças são, em geral, muito eficazes para deixar os pequenos mais tranquilos e conseguir que eles se expressem com mais fluência.


Você sabia?
 
* Que o  problema central na gagueira consiste em uma dificuldade do cérebro para sinalizar o término de um som ou uma sílaba e passar para o próximo. Desta forma, a pessoa consegue iniciar a palavra, mas fica "presa" em algum som ou sílaba (geralmente o primeiro) até que o cérebro consiga gerar o comando necessário para dar prosseguimento com o restante da palavra.
 
* O problema é causado pela falta de sincronia entre os dois hemisférios cerebrais e que o fator emocional sozinho não é determinante para o aparecimento da gagueira. "O fator emocional é agravante para quem tem predisposição genética para a gagueira, mas sozinho não causa o problema".

* Cerca de 55% das pessoas que gaguejam têm pais, irmãos, filhos, tios, primos, avós e ou netos com gagueira, conforme dados do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF).
A tendência para a gagueira é transmitida por um gene que já foi mapeado.

* É muito comum que apareça um período "normal" de gagueira, chamada "gagueira fisiológica", entre mais ou menos três e seis anos de idade. Ela é superada naturalmente, sem necessidade de nenhum tipo de intervenção.

* A gagueira não tem cura, mas desde que se faça uma intervenção precoce é possível obtê-la em crianças. Intervenções tardias ajudam a pessoa gaga a obter uma melhor qualidade de vida, mas sem cura".


Observe seu filho, se a gagueira aparece junto com sinais de sofrimento psíquico, procure um profissional.
 
 
 
Até breve!
 
 
 
 


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A fase dos Por quê?



Por volta dos volta dos 3 ou 4  anos de idade  a criança começa a bombardear os pais com perguntas como "Por quê?", "O quê?", "Onde?" e "Como?".
Isso ocorre devido à construção da própria identidade, que acontece na infância, quando a criança passa a se descobrir, a ter noção do próprio “Eu”, da importância de sua existência, das coisas que consegue fazer, que vê e o  que ouve.
A partir dessa descoberta, passa a perceber o mundo ao seu redor dando maior importância a como tudo acontece, ou seja, os porquês começam a aparecer.
Todos nós, em algum momento já nos perguntamos: por que as crianças fazem tantas perguntas? E mais ainda, como respondê-las?
Bom, se mesmo para os adultos ainda existem questões sem explicação, para uma criança que começa a tomar contato pela primeira vez na vida com todos os mistérios do mundo a quantidade de dúvidas é naturalmente bastante expressiva, não é mesmo?
Muitas vezes as crianças nos questionam repetidamente e emendam um porquê atrás do outro.
É importante que as pessoas em contato  com elas tenham  paciência e respeite  às  suas curiosidades ajudando a esclarecer suas dúvidas.
  Essa interminável busca por tanta  compreensão do mundo é que as levará a fazer novas descobertas aguçando sua percepção para  aprender.
 Se a criança é tolhida pelo adulto no momento em que faz perguntas, poderá perder o interesse e  a vontade de descobrir coisas novas, ficando paralisada no seu processo de aprendizagem por medo ou insegurança.
 
Uma boa dica de leitura é o livro “Perguntas que as crianças fazem & como respondê-las” (Editora Globo), lançado pela médica e membro da Royal College of Physicians Miriam Stoppard, autora de mais de 50 livros e uma das maiores autoridades sobre maternidade, assistência à criança e saúde da mulher.
 Bem, se as dúvidas são "O que é um cachorro?" ou "Como funcionam os carros?"ou "Porque as estrelas não caem?",sem problemas. No entanto, quando as perguntas  envolvem as fronteiras nebulosas da existência, do nascimento e mesmo da fé, a história muda um pouco de figura.
O primeiro passo para esse impasse é escutar. Afinal fazer perguntas é uma atividade natural de quem está observando tudo a sua volta. Fique atento! E se você tem receio de responder determinadas perguntas acabará desestimulando a criança a perguntar novamente. É muito importante mostrar a seu filho que sempre que ele tiver alguma dúvida ele pode procurar por você, muitas vezes a pergunta é bem mais simples do que se imagina, mas nós adultos é que  complicamos.
As crianças perguntam sobre o que ouvem ou vêem. Ao descobrir porque seu filho quer saber "aquilo", você consegue chegar à raiz da questão e responder exatamente o que ele perguntou. E, qualquer que seja a pergunta, o caminho para o bom entendimento é sempre o mesmo: optar por falar a verdade.
Segundo a terapeuta familiar e psicanalista infantil Anne Lise Scappaticci, uma resposta honesta estimula a criança a procurar sempre novas perguntas, mais profundas e, assim, a alcançar respostas melhores.
 Quando os pais mentem, a criança sente que a relação não é verdadeira. Evite respostas violentas e impulsivas, isso só vai  derrubar a vontade da criança em perguntar novamente. Ela ficará inibida  e  o que você vai conseguir é diminuir seu interesse pela busca de novos horizontes. Não esqueça nunca: a família é quem estimula a criança a ser inteligente.










Até breve!