Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Caracteristicas do desenvolvimento de crianças de 3 e 4 anos

A criança está bem menos auto centrada do que há um ano atrás, mas ainda não consegue dividir bem seus brinquedos e pode em algumas situações expressas sua vontade de brincar com outra criança atirando brinquedos nela. Não é a melhor forma de convidar alguém para brincar, não é mesmo? Mas você deve ficar atenta, até porque muitas vezes ele mesmo vai pedir sua ajuda para resolver determinados conflitos. Neste caso aproveite a chance para ensinar a criança a dividir ou a negociar.
Nesta fase já está mais fácil compreender o que a criança fala. As frases são maiores, o vocabulário é mais extenso, cerca de 300 a 1000 palavras.
A criança é capaz de fazer suas próprias perguntas de forma mais clara e de responder também. Usam o plural e conjugam verbos.
Mesmo crianças que já não usam mais fraldas podem ter ainda "acidentes" de vez em quando, especial- mente durante a noite, por mais alguns meses ou até anos . Essa fase tende a ser mais difícil para os meninos do que para as meninas. Até os 6 anos de idade é considerado normal, após isso já se pode falar em enurese noturna.
Nessa fase também a criança pode criar alguns amigos que só ele vê, são os chamados amigos imaginários. Não se espante se ele pedir pra você colocar mais um prato à mesa para o seu amigo.

 Fique tranquila,essas criaturas do mundo da fantasia de forma nenhuma indicam que seu filho está se sentindo solitário ou tem algum problema. Esse tipo de amigo pode ser um ser humano ou um animal e geralmente tem nome e personalidade. Mistura de confidente, parceiro de brincadeiras, protetor e ou bode expiatório. Ele ajuda a criança a praticar como se constrói um relacionamento e permite que ela esteja no controle, algo muito diferente de sua rotina diária. Observar como seu filho interage com esse amigo pode ser fonte de boas informações sobre o que lhe causa medo ou nervoso. Para aprimorar o desenvolvimento motor, a melhor coisa que você deve

fazer é comprar uma bola!             
Isso mesmo, uma bola, um brinquedo barato que pode ser usado por meninas e meninos mas de grande utilidade para o desenvolvimento viso-motor (mão-olho), importante para o desenvolvimento de quase tudo, desde pegar um lápis até andar de bicicleta.
Nessa fase você vai precisar de muita paciência e bom humor, pois as perguntas não terminam nunca muito menos a energia.



Até mais!




sábado, 19 de novembro de 2011

Caracteristicas do desenvolvimento da criança com 1 e 2 anos

É importante para os pais e para os educadores saber algumas caracteristicas do desenvolvimento infantil para que possam  acompanhar e estimular a criança no dia a dia .
Vejamos a seguir:
Entre 1 e 2 anos reconhece o próprio nome quando é chamado,  anda sem apoio e quando os músculos das pernas estiverem fortalecidos vai adorar  correr, subir nos móveis, sofás em escadas e  ficará na ponta dos pés sem apoio.
Procure reservar um tempinho todos os dias para que a criança realmente possa brincar fora de casa (ou do apartamento), em atividades ao ar livre que envolvam esforço físico. A movimentação do corpo ajuda a criar força e a melhorar a coordenação motora.
Essa coordenação também é essencial para os cuidados com a higiene, como a escovação dos dentes e a lavagem das mãos . Por mais molhação que aqueles poucos minutinhos no banheiro causem, tente se conter e deixar que a criança pratique um pouco, já que estes momentos são importantes marcos de independência. Faça o mesmo na hora das refeições. Deixe-o utilizar o talher, mesmo que as mãozinhas vá junto nessa hora ok? Ele estará experimentando texturas,  desenvolvendo coordenaçao motora, tato e olfato.
Com os movimentos repetitivos de apreensão, folheia livros e revistas
(mesmo de cabeça para baixo)
 e mostra senso de humor. Aproveite o momento para criar o hábito da leitura, lendo uma estória para ele .
Nessa fase a criança ainda não compreende regras, mas se
 leva uma bronca cai no choro.


 Quando se vê o centro das atenções sorri e quando está bravo pode atirar objetos ou brinquedos.
 É também a fase em que para resolver alguma situação de conflito com um amiguinho ele recorre a "mordida", uma vez que ele ainda se encontra na fase egocêntrica e não possui recursos de linguagem suficientes para argumentar. Nesse momento, mostre a a ele que essa aitude não é correta, seja firme , fale  que não é certo morder os outros e não esqueça de  socorrer o amiguinho!
Como sua linguagem está em desenvolvimento, ainda   usa de recursos gestuais para mostrar objetos, ou quando quer alguma coisa.  Já reconhece algumas partes do corpo.
Com 18 meses aproximadamente começa a formar frases com uma palavra só, como: “nenê-papá, nenê-naná”, mas até o término do ano constrói frases de até três palavras como: “quer ver tevê” e também começa a perguntar: " o que é isso?"
No segundo ano, talvez você tenha notado uma certa preferência por uma mão ou outra, mas é daqui para a frente que o uso de uma delas será mais contínuo e ficará mais fácil de saber se seu filho é destro ou canhoto.

 

Na dúvida, você pode segurar um brinquedo a uma certa distância e observar qual das mãozinhas ele usará para pegá-lo. Outro truque é reparar com qual delas ele segura a colher para comer. A mão dominante geralmente é mais forte e hábil.
Uma minoria de crianças permanece ambidestra, ou seja, utiliza ambas as mãos igualmente, até um pouco mais tarde. Há ainda as que usam a mão dominante para se alimentar e escrever, porém a outra para jogar ou chutar uma bola.
Essa é uma herança basicamente genética. Somente 10% das pessoas são canhotas, mas, se pai e mãe forem, a chance de o filho ser também aumenta para de 50%.
O importante é não tentar mudar a preferência nata da criança, o que pode causar muita frustração e aborrecimentos, além de problemas futuros na escola.



Considero importante lembrar aos pais que usar a linguagem correta é fundamental em todos os momentos que estão com a criança. Estimule também através de músicas, independente do estilo, rimas e brincadeiras cantadas.



Até mais!
















quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Colocando limites desde cedo

Tão importante quanto transmitir afeto é ensinar limites aos pequenos. A tarefa de dizer não inicia-se desde o nascimento. A importância do "não" e do estabelecimento de limites é fator organizador na formação da personalidade de todo ser humano.
Desde um ano de idade aproximadamente a criança precisa aprender a ouvir a palavra "não" e o os pais

 a pronunciá-la.
Toda criança passa pela "fase do negativismo", na qual fala quase compulsivamente a palavra "não", testando sua força diante da autoridade do adulto,  seja ele pai, mãe ou responsável. Com esse comportamento ela vai experimentando até onde  ela pode chegar e até onde os pais permitem que ela vá.
Crianças precisam de regras claras, objetivas e coerentes colocadas com segurança e na hora certa.
 Isso vale para os bebês também! Os bebês precisam  de uma rotina bem estruturada , com horários pré estabelecidos para comer, dormir e passear. Mas, seja flexível e use o bom senso ok!
 Nessa fase o bebê não adiquiriu ainda a noção de linguagem, então o que fazer quando algo não está de acordo? Fale com o bebê sempre associando a palavra a uma expressão facial e use e abuse  da intonação de voz,o que é muito importante.

 

Já pequeninho ele vai percebendo que seu comportamento as vezes deixa a desejar. Quando for repreendê-lo use frases curtas, como por exemplo: não mexa aí, vai fazer dodoí, enfim, use uma linguagem curta  e de fácil compreensão. Mas, não desista se você tiver que fazer isso centenas de vezes por dia, isso é normal. Os pequenos ainda não tem o conceito do que é bom ou ruim. Se ele  persistir retire-o do lugar, desvie sua atenção para outra atividade. O estabelecimento de limites não é tarefa fácil, mas muito mais complicado é mantê-los.
Quem nunca viveu ou presenciou aquela criança dentro de um shopping ou num supermercado, se jogar no chão, chorando, esperneando... isso  quando não saem correndo e os pais  ficam sem graça ,sem saber o que e como fazer, não é mesmo?
 Mas para entender melhor esse comportamento  é  fundamental conhecer quais os recursos mentais da criança em cada faixa etária.
 Por exemplo: antes dos 4 ou 5 anos é quase impossível esperar que uma criança compreenda e aceite as regras de um jogo. Ela vai querer jogar e ganhar toda vez. Obrigá-la a aceitar regras antes do tempo seria um limite absurdo. Porém, a partir dos 6 anos a criança já terá adquirido a capacidade para aceitar as regras e a respeitar a  vez dos amiguinhos.
Muitas vezes nos parece fácil falar de limites; educadores e psicólogos enumeram uma série de regras e "porquês" do que se deve ou não fazer com uma criança para transmitir-lhe os tais "limites". Mas por que na prática isso se torna uma tarefa tão difícil? Por que os pais tantas vezes se vêem esgotados em repreender os filhos e na maioria das vezes não obtêm resultado? Eu diria que educar não é tarefa fácil, não tem receita pronta, nem os filhos vem com manual de instrução.
Mas, uma dica importante é estar sempre por perto, mostrando com exemplos e atitudes o que é certo ou errado, permitindo que a criança vá construindo um comportamento mais maduro. Uma das maneiras que a criança encontra para pedir limites é testando os pais. E o que se percebe muito nessa relação é a inversão de papéis.


. Desde muito cedo a criança percebe a dinâmica dos pais, quem ele pode manipular com mais facilidade, seja através de um choro, ou até mesmo através de uma "gracinha" na hora errada e os pais sem se dar conta acham engraçadinho.
 Pois é, não é fácil estar atento a essas pequenas armadilhas, muitas vezes engraçadas  não é mesmo?
Os pais precisam ter consciência do seu papel como "autoridade" nessa relação, para que não haja conseqüências negativas no desenvolvimento do seu filho. Essas conseqüências se farão visíveis no convívio em grupo, com os amiguinhos, na escola ou mesmo na hora de um jogo.
Impor limites ajuda a criança a tolerar frustrações e adiar sua satisfação. É muito importante para a vida que ela aprenda a esperar sua vez, respeitar e  compartilhar.
Vejamos como lidar com limites com crianças na faixa etária de 2 a 3 anos:
*Acessos de cólera ou mau humor são frequentes nessa idade; a criança ainda não está socializada. O que fazer? Ignorar é a melhor maneira de eliminar o problema. Quanto menos você falar e tentar convencê-la melhor e mais rápido o efeito.
Também não espere que ela  se acalme escutando a voz da razão e a ponderação, afinal ela está com muita raiva e ainda não consegue dominá-la. Muito menos tenha você também um acesso de cólera por causa do acesso de cólera da criança. Não esqueça: Você é um adulto! Não aja como se tivesse a mesma idade de seu filho ok!
* Dê-lhe direito ao "piti", mas explique que não vai assistir a cena. Leve-a a um local tranqüilo e fale com calma, sem gritar, mas com firmeza, que essa não é a melhor forma de se conseguir o que deseja, e que você vai esperar que ela fique calma para depois conversarem, e retire-se. Se ela ainda assim continuar gritando e fazendo escândalo , seja forte! Sem platéia ele desiste, pode acreditar.
* E se ela tentar agredi-lo fisicamente, chutar ou jogar coisas?
- simplesmente impeça-a, segurando-a com firmeza, sem machucá-la e, muito menos, sem fazer o mesmo com ela. Já ouvi muitos depoimentos de pais que diziam: meu filho me mordeu, então mordi-o também, assim ele aprendeu que morder dói. O que esse pai deveria fazer? Mostrar ao filho que existem outras formas de demonstrar os sentimentos, sendo  objetivo e sem sermões.
Breve e direto!


Diga simplesmente que não gostou do seu comportamento e que está muito triste. Deixe-o sozinho até que passe o “piti”,(o que pode demorar... resista!) e ensine-o desde cedo a assumir seus erros e pedir desculpas.

Agora vamos lá, 5 atitudes dos pais que prejudicam a colocação de limites nos filhos:

1- Estender as explicações em vez de dar ordens claras e diretas;
2- Não colocar firmeza na voz nem mudar a expressão no momento de repreender a criança, transmitindo a ela uma mensagem dúbia;
3- Deixar o filho descumprir uma regra para não ter que repetir a mesma ordem;
4- Criar normas diferentes para as crianças da casa;
5- Usar violência física ou verbal. Em termos de disciplina, os melhores resultados surgem do diálogo e de sanções relacionadas à regra quebrada.








Bem agora é com vocês!
Até mais!




























quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A criança Tímida

A timidez é uma característica pessoal que deve ser compreendida, aceita e respeitada por todos. A orientação aos  pais e educadores é importante para que a criança se sinta melhor consigo própria e no convívio em grupo.
A timidez é uma característica da personalidade, não é uma doença  nem um desvio de comportamento. A criança tímida apresenta dificuldades em lidar com situações sociais em que tenha de interagir com um grupo de pessoas, ou até mesmo com uma única pessoa.
O sofrimento emocional é tão grande que pode haver uma série de alterações orgânicas como: aceleração do batimento cardíaco, sudorese excessiva nas axilas ou nas mãos, ou ainda não conseguir olhar nos olhos do outro.
A timidez é normal entre 1 e 3 anos de idade.


Há duas razões principais para explicar a timidez e o excesso de vergonha nessa fase. Uma é o temperamento de cada pessoa, outro  é o fator  genético, segundo especialistas.  A criança tímida não consegue lidar com uma uma simples

Seu filho sempre foi mais quietinho, envergonhado, apegado às pessoas que mais conhecia? Então provavelmente ele é tímido por natureza, e precisa de um pouco mais de tempo para se acostumar a situações novas como conversar com outras pessoas,



 

brincar em grupo, ou compartilhar momentos agradáveis com amigos e familiares.
A intervenção da família só deve ocorrer quando essa característica começar a atrapalhar a vida da criança, ou seja, quando ela permanecer isolada, sem amigos, com medo de se expor na escola  ou em reuniões sociais.
A criança tímida tem muito medo de errar, isso pode ser consequencia de pais muito exigentes e perfeccionistas na educação.
Em alguns casos a timidez ocorre somente na presença de adultos, o que demonstra que a criança se sente “vulnerável” diante de pessoas mais velhas. Nestes casos é importante observar como as relações familiares se estabelecem, para poder identificar quais as atitudes dos pais, familiares ou educadores que estão a intimidando-a e consequentemente,  fazendo com que ela se  retraia ainda mais.
Bem, é importante  o contato com outras crianças, de preferência da mesma faixa etária, seja  em creches, aulas de natação, música, balé , futebol, enfim, algo que ela goste ou demonstre interesse.
Quando chegar a hora de ir à escola, ajude-a a superar as dificuldades iniciais, mantendo-se ao lado dela, de mãos dadas. Apresente-lhe os educadores , os quais por sua vez  deverão apresentar alguns coleguinhas e deixá-lo à vontade e sinta-se  à vontade  para aproximar-se quando quiser .

 Aqui vão algumas dicas para você ajudar seu filho:

*Procure não rotulá-lo, chamando-o de "tímido" ou envergonhado, principalmente na frente de outras pessoas,
*Se você e seu filho estão numa festa, comece brincando junto com ele e aos poucos vá se afastando, 
*Não faça pouco dos sentimentos dele, mostre que você entende que ele esteja desconfortável naquela situação,
*Elogie e incentive sempre que ele se esforçar para brincar com um amigo, numa festinha por exemplo, e para ficar melhor ainda, chegue cedo, quando ainda são não  tem muitos convidados presentes,
*Não force a criança a participar de teatrinhos da escola, ou alguma apresentação em público, e por favor esforce-se para não dar na vista que você está decepcionado ok, procure colocar-se no lugar dele, imagine se fosse você ali com  aquele  monte de gente estranha olhando pra você...
*Não espere que seu filho seja a criança mais popular da escola e não faça comparações com as outras crianças, 
*Estimule a criança convidar os amiguinhos para irem a sua casa  para brincar,
*Não digam, na frente  da família ou dos coleguinhas da escolinha que a criança é introvertida, tímida, ou que tem dificuldades em relacionar-se, pois isso só irá agravar a situação e fazer com que ela se retraia ainda mais.
*Nunca exija que ela dê beijos ou abraços em outras pessoas, principalmente naquelas que ela nunca viu.  Entretanto, explique-lhe que  as pessoas gostam de serem cumprimentadas com um “olá", e  que cumprimentar, dizer “por favor” e “obrigada”, não são negociáveis, são atitudes educadas e que devem existir sempre,
*Ensine a criança a ser autônoma nas coisas que lhe são possíveis, tais como alimentar-se sozinha, vestir-se, calçar os sapatos, escovar os dentes, etc.

Dicas para os educadores:

*Convide-a a criança a participar das tarefas na sala de aula, como distribuir, recolher, lavar e guardar materiais, auxiliar os mais novos nas suas dificuldades, dar as mãos aos coleguinhas para subir/descer escadas, ir ao jardim, etc.
*Ajude-a a participar de atividades onde é necessário falar aos coleguinhas, como cantar, contar histórias, falar um verso, fazer teatro, etc.
*Não faça comparações entre as crianças,
*Fale com entusiasmo de brincadeiras em grupo e estimule todas as crianças a participarem,
*Apresente-lhe a possibilidade de realizar atividades interessantes com os coleguinhas e incentive-a a participar da  horta, jardinagem, artes plásticas etc.


Até Mais!