Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Meu filho está com Piolho

Esse bichinho do tamanho de um grãozinho de gergelim e  seis perninhas  dão o que fazer não é mesmo? Quem nunca recebeu da escola um comunicado na agenda dizendo que seu filho está com piolho?
Mas, que bichinho é esse?
 Bem, o piolho é um pequeno inseto parasita que se instala na cabeça dos seres humanos. Ele sobrevive se alimentado de pequenas quantidades de sangue, e põe seus ovos nos fios de cabelo.
A fêmea do piolho bota até dez ovos por dia. Os ovos de piolho (denominados lêndeas) têm formato oval. Parecem ter a mesma cor do cabelo da "vítima" da infestação e a cor nesse caso vai do branco, amarelo até o marrom.
A ninfa (o piolho logo que sai do ovo) é pouco maior que a lêndea, e tende a ser clara. De 9 a 12 dias depois de nascer, o piolho é adulto e se acasala. A fêmea bota os ovos e o ciclo continua. Muitas pessoas pensam que os piolhos voam, não eles não voam. O piolho é como a formiga: só anda. Não voa nem pula! Mas passam de uma pessoa para outra quando as cabeças ficam bem juntinhas (como num abraço, ou quando duas pessoas dividem o mesmo travesseiro por exemplo.
Curiosidade: Um piolho adulto pode viver até 30 dias na cabeça de uma pessoa.
Uma boa notícia: se seu filho tem piolho, a família deve ter também, ou seja todo mundo vai entrar no pente fino!

           
 OK pessoal, isso foi só para descontrair!
 Vamos começar a batalha então passando um pente fino com o cabelo molhado e bastante condicionador. Deite a cabecinha do seu filho  sobre uma toalha branca, uma boa iluminação , óculos ou lentes de aumento, é um método simples que detecta 90% das infestações do piolho. Não é uma tarefa fácil, eles são muito ágeis e fogem da luz!
Estudos já mostraram que o pente fino é o melhor instrumento para encontrar piolhos vivos. Você pode usar aquele pente fino tradicional, de plástico, mas o melhor é um de aço, que tem os dentes mais compridos, mais fácil de segurá-los.
Mas o problema não termina aqui, tem o ovos e as lêndeas minúsculas, ovais, em forma de gota, normalmente brancas ou amarelas, que ficam grudadas no fio do cabelo, perto do couro cabeludo. É mais fácil senti-las com os dedos do que vê-las a olho nú porque parecem grãos de areia. Você pode confundí-las com caspa, mas a diferencça é que a lêndea fica grudada com todas as suas forças no fio do cabelo.
Tá bom, chega de detalhes!
Você deve estar se perguntando: Mas como identificar se meu filho está com piolho?
*Coceira no couro cabeludo;
*Sensação de que alguma coisa está se mexendo no cabelo;
*Feridinhas causadas pela reação alérgica à picada do piolho;
*Carocinhos no pescoço;
*Irritabilidade;
*Dificuldade para dormir (os piolhos são mais ativos no escuro);

Para se reproduzir, o piolho bota o ovo (a lêndea) bem perto do couro cabeludo, uma região mais quente. Depois que o piolhinho nasce, a casca do ovo continua grudada ao cabelo, só que vazia, e, como o cabelo cresce, ela se afasta do couro cabeludo.
Você só pode afirmar com certeza que seu filho está com piolho se encontrar lêndeas viáveis (bem pertinho do couro cabeludo) ou piolhos vivos.
Então quando você receber um comunicado da escola dizendo que seu filho está com piolho, primeiro confirme a suspeita e depois consulte o pediatra para decidir o tratamento para eliminar o piolho.


Bom trabalho!


Até mais!






terça-feira, 8 de novembro de 2011

Chupeta: Aliada ou Vilã?


 Segundo a explicação do pediatra José Martins Filho no livro Lidando com Crianças, Conversando com os Pais, ela possibilita o movimento de sucção, um bom exercício para o desenvolvimento infantil, pois articula os músculos necessários à fala além de ser  uma fonte de ralxamento
 para o bebê. Contudo, o que observamos, é que, na maioria das vezes, a ansiedade, o nervosismo e a intranquilidade é da mãe, que está com dificuldade de lidar com o choro do bebê, e por isso utiliza-se de tudo que estiver ao seu alcance (em geral a chupeta) para que seu filho pare de chorar.
 Muitos pais questionam seu uso, e na creche muitas vezes é proibida radicalmente. A verdade é que devemos usar o bom senso, pois a chupeta desempenha um importante papel no período de adaptação facilitando a “separação” entre a criança e os pais, além de  ajudar no vínculo afetivo com os educadores. Mas, lembrando:  não é papel do educador  fazer a retirada da chupeta da criança. Seu trabalho é desenvolver um vínculo de confiança onde a chupeta será substituída pela segurança.
 Outra  questão importante é a higiene da chupeta na creche. Cada criança deve guardar sua chupeta em um recipiente fechado, junto com seus pertences e  nunca exposta no ambiente. O  uso excessivo atrapalha o desenvolvimento da dicção e pode estimular um comportamento introspectivo na criança afetando sua socialização.
 Muitas mães, permitem que seus filhos fiquem o dia inteiro com a chupeta na boca, o que é um erro.
 É importante ter em mente que a chupeta é um hábito que deve ser tolerado, mas não incentivado ok! 
A chupeta  para a criança é um objeto de apego, como poderia ser um ursinho ou um paninho. Com um bom trabalho de promoção de autonomia, feito pelos pais e educadores, é possível ajudá-los a chegar à pré-escola sem elas.
O uso da chupeta é danosa quando duradoura!
O grande erro de muitos pais é tentar  conter qualquer choro da criança com uma chupeta em vez de buscar o diálogo e fazer com que a criança expresse seus sentimentos .
Outra coisa  que vemos e que não funciona são aquelas explicações infindáveis que os pais dão aos seus filhos pequenos tentando fazê-los largar a chupeta a todo custo. Não perca seu tempo dando explicações que a criança não entende, em vez disso construa uma relação de confiança, tolerância e respeito, através do diálogo.
Uma dica para as mamães: bebês nascidos entre (37 a 40 semanas), que não apresentem dificuldade para amamentar, minha sugestão é que evitem o uso da chupeta, principalmente, nos primeiros dias de vida, pois o bebê poderá fazer confusão de bicos (seio materno x chupeta) e apresentar dificuldade para sugar o  seio materno.
Além disso, o uso da chupeta não ortodôntica, pode propiciar alterações da arcada dentária e consequentemente dificuldades na fala.
 É importante ressaltar que a sucção digital (dedo), é mais prejudicial para a arcada dentária e fala que a chupeta.



Mas se o bebê já está fazendo uso da chupeta, não esqueça:  chupeta ortodontica, assim essa sua aliada não corre o risco de virar sua vilã, ok!

Recomendo a leitura desse livro que citei acima, com temas muito interessantes, escrito pelo Dr. José Martins Filho.
Por que a criança chora? Como prevenir o desenvolvimento de doenças? Quais os cuidados com a alimentação? Quando a febre é um problema? Os pais se fazem diariamente esse tipo de perguntas. Esse livro não pretende substituir o médico. Ao contrário. Foi escrito por um dos mais experientes pediatras brasileiros com base em indagações que lhe foram feitas ao longo de anos de prática clínica. Agrupadas em 45 grandes temas, esse conjunto de respostas abrangentes e diretas faz desse livro um importante e valioso guia. Prêmio Jabuti 96 - Ciências Naturais e Medicina.



Até mais!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Meu filho faz xixi na cama

Enurese consiste na micção involuntária a partir de uma idade na qual já se deveria ter adquirido o controle da bexiga.
Controle  dos esfincteres, quer diurno quer noturno, ocorre, em cerca de 98% das crianças, até aos 5 anos de idade.
A enurese noturna é hereditária, se um dos pais apresentou esse problema na infância, seu filho terá 75% de chance de  apresentar esse problema também.
A enurese pode ser noturna (quando ocorre apenas durante o sono) ou diurna (quando ocorre com a criança acordada).
 A enurese  noturna é a mais comum. Vários  são os fatores que contribuem para esta situação e, geralmente, estão relacionados com a profundidade do sono, a menor capacidade da bexiga e uma maior produção de urina durante a noite.
A enurese noturna exige a investigação de fatores orgânicos e emocionais quando acontece seguidamente.
É fundamental lembrar que a enurese é involuntária, por isso a criança não deve ser castigada ou culpabilizada.
Um ambiente de ansiedade ou rigor excessivos em relação a este problema podem  tornar-se nocivos e adiar a solução do problema.
Algumas dicas podem ajudar seu filho nessa fase tão constrangedora. Vamos lá!

* O quarto da criança, se possível deve ficar próximo ao banheiro, assim facilitará seu acesso;
* deixe uma luz acesa, um nigthligth é uma boa opção;
* não coloque fraldas na criança, isso só fará com que haja um retrocesso;
* proteja o colchão com capa impermeável, ou mesmo um plástico;
* estimule a criança a ingerir líquidos durante o dia para que possa reconhecer a sensação de bexiga cheia;
* reduza a ingestão de líquidos à noite e evite achocolatados e cafés que estimulam a contração da bexiga, além de   conter muito açúcar, o que  fará com que seu filho tenha mais sede e ainda contribuir para o aparecimento de cáries;

Dica importante: Nunca castigue seu filho ou ridicularize-o, isso só vai fazer com que ele se sinta envergonhado.
Elogie e trate-o com carinho e respeito ok!
Não esqueça, persistindo o problema, consulte um profissional da sáude.
Até mais!

























quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dislalia: Transtorno da fala

É o transtorno de linguagem mais comum em crianças e o mais fácil de se identificar. A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infância, quando a criança está aprendendo a falar.
 Quando o bebê começa a falar, o fará emitindo os sons mais simples, como o m ou o p. Não é para menos que o dizer mamãe ou papai não terá que fazer muito esforço, desde quando receba estimulação. A partir daí, o bebê começará a pronunciar sons cada vez mais difíceis, o que exigirá mais esforço dos músculos e órgãos ligados à fala.
 É muito normal que as primeiras falas do bebê, entre o 8º e o 18º mês de idade, apresentem erros de pronúncia. O bebê dirá aua, quando pedir àgua, ou peta, quando quiser chupeta. Os bebês simplificarão os sons para que facilitarem a pronúncia.
 No entanto, à medida que o bebê adquire mais habilidades na articulação, sua pronúncia será mais clara. Enquanto esse processo não se realiza, pode-se falar de dislalias.
A dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas. É o transtorno de linguagem mais comum em meninos, e o mais conhecido e mais fácil de se identificar. Pode apresentar-se entre os 3 e os 5 anos, com alterações na articulação dos fonemas.


 O diagnóstico de um menino com dislalia, revela-se quando se nota que é incapaz de pronunciar consoantes.
Quando uma criança menor de 4 anos apresenta erros na pronúncia, é considerado como normal, uma etapa no desenvolvimento da linguagem infantil. Nessa etapa, não se aplica tratamentos, já que sua fala está em fase de maturação. Mas , se os erros na fala se mantém depois dos 4 anos, deve-se consultar um especialista em audição e     linguagem,
como um fonoaudiólogo.

 

As principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, ciúmes de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás ou responsáveis, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança acaba assimilando essa deficiência.
 É importante levar a criança a um profissional para examinar os órgãos da fala e da audição a fim de se detectar se a causa da dislalia é orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer alteração física a que possa ser atribuída à dislalia).

Tipos de dislalia

*A dislalia funcional é a mais frequente e se caracteriza incorretamente o ponto e modo de articulação do fonema.
*A dislalia orgânica faz com que a criança tenha dificuldades para articular determinados fonemas por problemas orgânicos. Quando apresentam alterações nos neurônios cerebrais, ou alguma má formação ou anomalias nos órgãos da fala.
*A dislalia audiógena se caracteriza por dificuldades por problemas auditivos. A criança se sente incapaz de pronunciar corretamente os fonemas porque não ouvem bem. Em alguns casos, é necessário que as crianças utilizem próteses.

Uma dica importante: não fiquem achando engraçadinho quando a criança pronuncia palavras de maneira errada, como “Tota-Tola”, ao invés de “Coca-Cola".
A dislalia pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala.





Até mais!