Orientadora Educacional - Psicopedagoga

O dia a dia de zero a cinco

Este espaço foi criado para pais , mães e todos os profissionais que tenham interesse em refletir sobre desenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos.


Meu propósito é trazer temas interessantes como dificuldades de aprendizagens, a importância do pensamento e linguagem na infância, organização, currículo e funcionamento de creches e centros de educação infantil, cuidar e educar, organização do espaço e tempo na infância,limites, brincadeiras, teatro, música, informática, inclusão, literatura, relações entre pais, mães, professores e escola, entre outros.


Entrem, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e comentários.


Sejam bem-vindos!


Um abraço!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dificuldades de Aprendizagem

Os problemas de aprendizagem afetam uma em cada dez crianças em idade escolar e podem ser detectados em crianças a partir dos cinco anos de idade.

.É uma  preocupação para muitos pais    já que afetam o rendimento escolar e as relações interpessoais dos seus filhos.
Crianças com problemas de aprendizagem, podem ter um nível normal de inteligência, de acuidade visual e auditiva.
Se esforçam para seguir instruções, concentrar-se, e portar-se bem em sua casa e na escola.
Apresentam dificuldades em captar, processar, dominar tarefas, informações e  desenvolvê-las.
Apresentam  dificuldades em perceber as coisas no ambiente externo porque  seus padrões neurológicos são diferentes das outras crianças da mesma idade.
Crianças com dificuldades de aprendizagem, com frequência apresentam, segundo a lista obtida do “When Learning is a Problem/LDA (Learning Disabilities Association of America)”, características e/ou deficiências em:
Leitura (visão)
A criança se aproxima muito do livro; diz palavras em voz alta; assina, substitui, omite e inverte as palavras; vê duplicado, pula e lê a mesma linha duas vezes; não lê com fluidez; tem pouca compreensão na leitura oral; omite consoantes finais na leitura oral; pestaneja em excesso; fica vesgo ao ler; tende a esfregar os olhos e queixar-se de que coçam; apresentam problemas de limitação visual, soletração pobre, entre outras.
Escrita
A criança inverte e troca letras maiúsculas; não deixa espaço entre palavras e não escreve em cima das linhas; pega o lápis desajeitado e não tem definido se é destro ou canhoto; move e coloca o papel de maneira incorreta; trata de escrever com o dedo; tem o pensamento pouco organizado e uma postura pobre, etc.
Auditivo e verbal
A criança apresenta apatia, resfriado, alergia e/ou asma com frequência; pronuncia mal as palavras; respira pela boca, queixa-se de problemas do ouvido; sente-se enjoado; fica branco quando lhe falam; depende de outros visualmente e observa o professor de perto; não pode seguir mais de uma instrução por vez; põe a televisão e o rádio em volume muito alto, etc.
Raciocínio lógico matemático
A criança inverte os números; tem dificuldade para saber a hora; pobre compreensão e memória dos números; não responde a dados matemáticos, etc.
Social / Emocional
 A criança apresenta um comportamento  hiperativo, com baixa auto-estima e atenção prejudicada.
Algumas dicas  que podem ajudar pais e professores detectar dificuldades de aprendizagem nas crianças:
* A criança tem dificuldade para entender e seguir tarefas e instruções.
* Apresenta dificuldade para relembrar o que alguém acaba de dizer.
* Não domina as destrezas básicas de leitura, soletração, escrita e/ou matemática, pelo que fracassa no trabalho escolar.
* Apresenta dificuldade para distinguir entre a direita e a esquerda, para identificar palavras, etc. Sua tendência é escrever as letras, palavras ou números ao contrário.
* Falta-lhe coordenação ao caminhar, fazer esportes ou completar atividades simples, tais como apontar um lápis ou amarrar o cordão do sapato.
* Apresenta facilidade para perder ou extraviar seu material escolar, como os livros e outros artigos.
* Tem dificuldade para entender o conceito de tempo, confundindo o “ontem”, com o “hoje” e/ou “amanhã”.
* Manifesta irritação ou excitação com facilidade.
As crianças que têm problemas de aprendizagem, com frequência apresentam, segundo a lista obtida do “When Learning is a Problem/LDA (Learning Disabilities Association of America)”, características e/ou deficiências em:
Leitura (visão)
A criança se aproxima muito do livro; diz palavras em voz alta; assina, substitui, omite e inverte as palavras; vê duplicado, pula e lê a mesma linha duas vezes; não lê com fluidez; tem pouca compreensão na leitura oral; omite consoantes finais na leitura oral; pestaneja em excesso; fica vesgo ao ler; tende a esfregar os olhos e queixar-se de que coçam; apresentam problemas de limitação visual, soletração pobre, entre outras.
Escrita
A criança inverte e troca letras maiúsculas; não deixa espaço entre palavras e não escreve em cima das linhas; pega o lápis desajeitado e não tem definido se é destro ou canhoto; move e coloca o papel de maneira incorreta; trata de escrever com o dedo; tem o pensamento pouco organizado e uma postura pobre, etc.
Auditivo e verbal
A criança apresenta apatia, resfriado, alergia e/ou asma com frequência; pronuncia mal as palavras; respira pela boca, queixa-se de problemas do ouvido; sente-se enjoado; fica branco quando lhe falam; depende de outros visualmente e observa o professor de perto; não pode seguir mais de uma instrução por vez; põe a televisão e o rádio em volume muito alto, etc.
Matemática
A criança inverte os números; tem dificuldade para saber a hora; pobre compreensão e memória dos números; não responde a dados matemáticos, etc.
Social / Emocional
A criança apresenta um comportamento hiperativo, tem baixa auto-estima e atenção prejudicada.


Agora uma sugestão para uma boa leitura, não percam!

Os autores apresentam um panorama das dificuldades de aprendizagem, unindo teoria e prática. Eles argumentam que, para se avaliar os problemas da criança e montar um programa de intervenção bem-sucedido, é imprescindível a compreensão do sistema cognitivo.
 
 
 
 
Até mais!































terça-feira, 1 de novembro de 2011

Gagueira infantil

Problemas de articulação da fala costumam aparecer entre os 2 e 4 anos, sendo mais comum em meninos. Nesse período, as crianças começam a formar frases maiores e mais elaboradas e ocorre a aquisição de habilidades complexas e necessárias para organizar a linguagem e utilizá-la em situações sociais. Com isso é normal que a criança esqueça de algumas palavras, não apresentando total fluência na fala, demonstrando insegurança ao se expressar.
Uma das características da gagueira é a oscilação. Ela não se apresenta em todas as ocasiões e sua intensidade varia. Na maioria dos casos, os bloqueios desaparecem, por exemplo, quando a criança canta, pois estão relacionados ao momento da comunicação. Em uma  alguma situação na qual a criança se sinta intimidada, seja por uma atitude pouco receptiva do interlocutor ou pela emoção que sente em relação ao tema, pressão dos pais ou professores para “falar corretamente”, corrigindo ou mesmo recompensando quando a criança se expressa com fluência, podem piorar o problema e se estabelecer e perdurar na idade adulta.

   
É comum que a falta de fluência na fala acentue a timidez ou faça com que a criança deixe de se expressar para evitar a vergonha de tropeçar nas sílabas e passe a manifestar movimentos corporais involuntários relacionados à tensão e ao esforço para falar.
Segundo estudos conduzido por mais de 20 anos, a intervenção deve vir, de preferência, antes dos 4 anos, para evitar que a gagueira se estabeleça e ocasione transtornos secundários como: ansiedade ou sentimentos negativos em relação à comunicação e à convivência social, prejudicando a autoestima.
A pesquisa não identificou uma causa específica da gagueira, porém foram identificados fatores que podem desencadeá-la, como histórico familiar. Cerca de 60% das pessoas com o problema têm parentes gagos. Além disso, é três vezes mais frequente em meninos. Observou-se alto índice de recuperação em casos em que o tratamento foi iniciado antes que as repetições e os tropeços na fala completassem um ano. Ao perceber os sinais descritos, é aconselhável que os pais procurem um fonoaudiólogo ou psicólogo.


 Estes profissionais avaliarão o grau de dificuldade da criança em expressar-se e se há fatores ambientais, sociais e psicológicos associados ao problema.
Atitudes simples, como falar de forma clara com a criança e dar tempo para que ele organize suas palavras. Foi instruída também a evitar fazer recomendações e a conversar um pouco mais devagar, articulando bem as palavras, para oferecer um modelo lento de fala, com pausas, que possa ser imitado.
 Essas pequenas mudanças são, em geral, muito eficazes para deixar os pequenos mais tranquilos e conseguir que eles se expressem com mais fluência.


Você sabia?
 
* Que o  problema central na gagueira consiste em uma dificuldade do cérebro para sinalizar o término de um som ou uma sílaba e passar para o próximo. Desta forma, a pessoa consegue iniciar a palavra, mas fica "presa" em algum som ou sílaba (geralmente o primeiro) até que o cérebro consiga gerar o comando necessário para dar prosseguimento com o restante da palavra.
 
* O problema é causado pela falta de sincronia entre os dois hemisférios cerebrais e que o fator emocional sozinho não é determinante para o aparecimento da gagueira. "O fator emocional é agravante para quem tem predisposição genética para a gagueira, mas sozinho não causa o problema".

* Cerca de 55% das pessoas que gaguejam têm pais, irmãos, filhos, tios, primos, avós e ou netos com gagueira, conforme dados do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF).
A tendência para a gagueira é transmitida por um gene que já foi mapeado.

* É muito comum que apareça um período "normal" de gagueira, chamada "gagueira fisiológica", entre mais ou menos três e seis anos de idade. Ela é superada naturalmente, sem necessidade de nenhum tipo de intervenção.

* A gagueira não tem cura, mas desde que se faça uma intervenção precoce é possível obtê-la em crianças. Intervenções tardias ajudam a pessoa gaga a obter uma melhor qualidade de vida, mas sem cura".


Observe seu filho, se a gagueira aparece junto com sinais de sofrimento psíquico, procure um profissional.
 
 
 
Até breve!
 
 
 
 


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A fase dos Por quê?



Por volta dos volta dos 3 ou 4  anos de idade  a criança começa a bombardear os pais com perguntas como "Por quê?", "O quê?", "Onde?" e "Como?".
Isso ocorre devido à construção da própria identidade, que acontece na infância, quando a criança passa a se descobrir, a ter noção do próprio “Eu”, da importância de sua existência, das coisas que consegue fazer, que vê e o  que ouve.
A partir dessa descoberta, passa a perceber o mundo ao seu redor dando maior importância a como tudo acontece, ou seja, os porquês começam a aparecer.
Todos nós, em algum momento já nos perguntamos: por que as crianças fazem tantas perguntas? E mais ainda, como respondê-las?
Bom, se mesmo para os adultos ainda existem questões sem explicação, para uma criança que começa a tomar contato pela primeira vez na vida com todos os mistérios do mundo a quantidade de dúvidas é naturalmente bastante expressiva, não é mesmo?
Muitas vezes as crianças nos questionam repetidamente e emendam um porquê atrás do outro.
É importante que as pessoas em contato  com elas tenham  paciência e respeite  às  suas curiosidades ajudando a esclarecer suas dúvidas.
  Essa interminável busca por tanta  compreensão do mundo é que as levará a fazer novas descobertas aguçando sua percepção para  aprender.
 Se a criança é tolhida pelo adulto no momento em que faz perguntas, poderá perder o interesse e  a vontade de descobrir coisas novas, ficando paralisada no seu processo de aprendizagem por medo ou insegurança.
 
Uma boa dica de leitura é o livro “Perguntas que as crianças fazem & como respondê-las” (Editora Globo), lançado pela médica e membro da Royal College of Physicians Miriam Stoppard, autora de mais de 50 livros e uma das maiores autoridades sobre maternidade, assistência à criança e saúde da mulher.
 Bem, se as dúvidas são "O que é um cachorro?" ou "Como funcionam os carros?"ou "Porque as estrelas não caem?",sem problemas. No entanto, quando as perguntas  envolvem as fronteiras nebulosas da existência, do nascimento e mesmo da fé, a história muda um pouco de figura.
O primeiro passo para esse impasse é escutar. Afinal fazer perguntas é uma atividade natural de quem está observando tudo a sua volta. Fique atento! E se você tem receio de responder determinadas perguntas acabará desestimulando a criança a perguntar novamente. É muito importante mostrar a seu filho que sempre que ele tiver alguma dúvida ele pode procurar por você, muitas vezes a pergunta é bem mais simples do que se imagina, mas nós adultos é que  complicamos.
As crianças perguntam sobre o que ouvem ou vêem. Ao descobrir porque seu filho quer saber "aquilo", você consegue chegar à raiz da questão e responder exatamente o que ele perguntou. E, qualquer que seja a pergunta, o caminho para o bom entendimento é sempre o mesmo: optar por falar a verdade.
Segundo a terapeuta familiar e psicanalista infantil Anne Lise Scappaticci, uma resposta honesta estimula a criança a procurar sempre novas perguntas, mais profundas e, assim, a alcançar respostas melhores.
 Quando os pais mentem, a criança sente que a relação não é verdadeira. Evite respostas violentas e impulsivas, isso só vai  derrubar a vontade da criança em perguntar novamente. Ela ficará inibida  e  o que você vai conseguir é diminuir seu interesse pela busca de novos horizontes. Não esqueça nunca: a família é quem estimula a criança a ser inteligente.










Até breve!




quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Transtorno de déficit de atenção e Hiperatividade TDA/H

O TDAH (DDA) é um transtorno neurobiológico de causas genéticas e ambientais que surge na infância e costuma acompanhar por toda a vida. Não se caracteriza por falta de disciplina ou mesmo falta de limites por parte dos pais como muitas pessoas acreditam. Costuma acometer de 3 a 5% das crianças e a recuperação acontece em cerca de 30% dos casos.
Antes mesmo dos três anos de idade algumas crianças apresentam um quadro de deficit de atenção, apresentando um comportamento irritável. São crianças  muito ativas, temperamentais e autoritárias, podendo também apresentar distúrbios de sono e alimentar.
 Os 3 sintomas mais marcantes do TDAH (DDA) são: distração, impulsividade e grande atividade.
Como esses sintomas também são apresentados em crianças em idade pré escolar, o diagnóstico precoce pode passar desapercebido.
 Nas meninas, é mais comum a forma do TDAH em que predomina a desatenção: elas parecem tranquilas e na sala de aula muitas vezes se mostram quietas, sem perturbar o ambiente como os meninos. No entanto, essa aparente calma esconde um pensamento que voa e se distrai com ele mesmo. A falta de aproveitamento escolar é refletida nas notas das avaliações e boletim.

Além de distraídas, a criança com TDAH (DDA) tem enorme dificuldade em prestar atenção durante muito tempo numa mesma tarefa, interrompendo-a várias vezes. O transtorno gera uma real incapacidade na criança de controlar sua própria vontade ou comportamento, relacionando-os com a passagem do tempo, ou seja  muitos são incapazes de ter em mente futuros objetivos e/ou medir as conseqüências negativas de seus atos impulsivos a longo prazo.

Crianças com TDAH (DDA) sentem-se muito melhor quando após serem diagnosticadas, iniciam um tratamento focado, onde os seus problemas e dificuldades são trabalhados e suas qualidades  realçadas , visando sempre a melhoria de sua auto-estima e nunca esquecendo dos limites a serem respeitados.
São crianças  inteligentes, sensíveis, curiosas, criativas, atrevidas, inventivas, com muita energia e espontaneidade.
 Quando motivadas ou desafiadas por situações inovadoras (televisão, vídeo-game,jogos etc...), elas têm um poder de hiperconcentração, nem se dando conta do que acontece à sua volta.
As crianças hiperativas/impulsivas, são incapazes de planejar e  selecionar com antecedência para depois executar algo. Elas não conseguem controlar ou inibir seus impulsos: dificilmente ficam quietas num lugar por muito tempo. Podem ser muito falantes, falar sem pensar, sendo muitas vezes inconvenientes, interrompendo a fala dos outros. Podem comer muito e, comprar muito.
Essa falta de autocontrole pode ser o terror de muitos pais e/ou professores, que sentem-se incapazes de colocar limites caso não conheçam o transtorno e como lidar com ele.


Geralmente essas crianças  são desorganizadas com seu material escolar, sua mochila, sua mesa, gavetas e principalmente com o planejamento de suas tarefas, estudos, empurrando-os sempre para a última hora (isso quando não deixam de fazê-los!).
 Estão sempre atrasados, lutando contra o tempo!
Problemas de memória são freqüentes: esquecem nomes, datas de trabalhos, provas e perdem ou esquecem objetos com facilidade.Têm muita dificuldade em perceber e  interpretar dicas e regras sociais, querendo  fazer tudo "do seu jeito, no seu tempo".
 Isso explica muitas vezes a dificuldade de viver adequadamente em sociedade, seus desencontros nos relacionamentos sociais e pessoais. Não sabem lidar com fracasso e  frustração. Estão sempre ansiosos, sentem-se incompreendidos e irritam-se com facilidade.
Bem, com a auto-estima fragilizada por tantos rótulos negativos já recebidos, com freqüência perdem a paciência com facilidade, o que é compreensível não é mesmo.

Causas:

• Hereditariedade

O aspecto genético em si não é responsável direto pelo transtorno, mas ele aponta para uma pré-disposição ao TDA/H. A proporção de portadores em famílias que apresentam o problema é de 2 a 10 vezes maior, o que aponta para a recorrência familiar. Essa predisposição genética envolve vários genes, que podem ocasionar diferentes níveis de atividade, com respostas diferentes em cada indivíduo.

• Problemas pré-natais (durante a gestação)

• Substâncias ingeridas na gravidez – Apesar de não definir uma relação direta de causa e efeito, estudos mostram que a ingestão de drogas e álcool durante a gestação pode causar alterações na região frontal orbital, o que aumenta a chance do bebê desenvolver o transtorno.

• Saúde materna – Aspectos como hipertensão ou diabetes por exemplo

• Idade materna

• Problemas perinatais (durante o parto até um mês de idade)

Estudos mostram que mães que passaram por algum problema ou trauma no parto tais como: toxemia, eclâmpsia, hemorragia, trabalho de parto demorado, têm mais chances de terem filhos portadores do TDA/H.

• Exposição a chumbo

Crianças que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas do TDA/H.

• Problemas Familiares

Alguns teóricos apontam os problemas familiares (discussões, baixa instrução dos pais, nível sócio econômico) poderiam causar o TDA/H, mas conclusões levam a crer que estes podem agravar, mas não causar o problema.

• Pré maturidade

• Pós maturidade

• Outras possíveis causas

Todas elas foram cientificamente testadas e nada se provou concretamente

• Corante amarelo

• Aspartame

• Luz artificial

• Deficiência hormonal (tireóide)

• Deficiências vitamínicas

Escola família e professores:

A escolha da escola é um fator fundamental para o trabalho com o TDA/H. É preciso que o professor conheça o distúrbio e juntamente com a escola e família tracem estratégias para adaptar o ambiente à criança.
O aluno com TDA/H precisa sentar próximo à professora, longe da janela, por onde muitos estímulos chegam. A sala de aula deve ser o mais “clean” possível. Tudo para evitar que a criança disperse.

Ao contrário do que se pensa, nas palavras da Dra. Ana Beatriz B. Silva, psiquiatra e especialista em medicina do comportamento, “o problema não é aquele que não presta atenção em nada, mas sim, aquele que presta atenção em tudo, o tempo todo”.


Para saber mais: http://www.tdah.org.br/



Até breve!



Literatura Infantil: Tati é especial

http://stg2.novoser.com.br/Imagens%20Abril/obra/capa/9788526285279.jpg
Tati é especial    
Educação Infantil
Parte da coleção Cubo Mágico
Autor: Jean-Claude R. Alphen

Tati e Juca são muito amigos. A menina é muito sabida, o garoto é sensível. Juca gosta de olhar as estrelas, que ele chama de pontinhos brilhantes na escuridão. Tati sabe que, na verdade, elas  sã0 corpos celestes a milhões de ano luz da Terra, e que algumas delas já nem existem mais. Quando Juca descobre que as estrelas também morrem, fica melancólico, pois percebe que um dia também pode perder sua amiga Tati, uma garota muito especial.


Boa Leitura!
Até mais!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Educação Infantil em Foco: Autismo infantil

Autismo infantil

Autismo infantil

O nome autismo vem do grego autus e significa “si mesmo”. Crianças autistas vivem em mundo paralelo quase intransponível. Com um quadro comportamental bem particular, elas apresentam prejuízos nos relacionamentos sociais, na comunicação e na imaginação.
O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem influência genética e é causado por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, por exemplo.
Caracteriza-se por dificuldades significativas na comunicação e na interação social, além de alterações de comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos, como balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino.
Apesar dos sintomas aparecerem antes de a criança completar três anos, não é tão fácil diagnosticar a doença imediatamente.
O isolamento é uma característica fundamental da criança autista. Ela prefere sempre estar só, no seu mundinho.


 Além disso, é comum que ela não forme relações pessoais íntimas, não abrace, evite contato de olho, resista às mudanças, seja excessivamente presa a objetos familiares e repita continuamente certos atos e rituais. Por isso, evita-se o contato físico no relacionamento com o autista - já que o mundo, para ele, parece ameaçador. Insistir neste tipo de contato ou promover mudanças bruscas na rotina dessas crianças pode desencadear crises de agressividade.
 A criança autista pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho ou pode, ainda, não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada, explica a psicoterapeuta Maura de Albanesi, Diretora do Instituto de Psicologia Avançada AMO.
A professora Ana Alagoes de 42 anos, relata que começou a achar estranho o silencio da sua filha Maria que repetia muitas vezes o que ela falava. Essa dificuldade de compreensão é comum entre as crianças autistas. Ela pode repetir as palavras que ouve (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria.
Mas esse acompanhamento muitas vezes é terrivelmente doloroso para quem é mãe de um autista. Muitas entram em depressão e sentem-
se rejeitada pelo filho.
.
 É essencial que profissionais da área de saúde estejam a par dos problemas mais comuns enfrentados pelas mães de crianças autistas,para que possam assisti-las quanto ao sofrimento que experimentam, bem como aquele de seus filhos e de suas famílias.
A neurologista infantil e mestre em psicologia Carla Gikovate dá 5 dicas para ajudar você a estimular a atenção e a comunicação do seu filho autista:

Parta de objetos e situações que a criança já demonstre interesse para iniciar sua interação social;

Utilize estímulos visuais nas atividades pedagógicas e no dia-a-dia (organize o horário, mostre aonde ela vai e o que vai acontecer);

 * Estruture o ambiente de forma que a criança preveja o que se espera dela em cada situação;

 * Aproveite situações e horas naturalmente agradáveis para ela (banho, comida) para ensinar e trabalhar conceitos;
Diminua o tempo em que a criança fica sozinha e sem atividade.

A síndrome não tem cura e nem causa definida. Mas existem tratamentos que melhoram o desenvolvimento da criança e podem dar a ela uma vida praticamente normal.Quanto mais cedo ela receber tratamento, melhor.
 Por isso a importância do diagnóstico precoce.
Veja o vídeo abaixo, a estória de Arthur, o menino autista,  uma lição de amor e vida!




Dia 2 de abril, dia Mundial da Conscientização do Autismo.







Espero que tenham gostado.
Até mais!

Amiguinhos imaginários


Os amiguinhos imaginários quase sempre trazem um certo desconforto para os pais.
Mas, fiquem tranquilos  eles são inofensivos!

Estudos mostram que esses amiguinhos surgem entre dois e quatro anos e estimulam o desenvolvimento da criança e até ajudam a suprir algumas dificuldades afetivas.

Para os mais novos, o amigo “de mentirinha” é quase sempre um companheiro de brincadeiras que pode estar “presente” também à mesa na hora das refeições,  e ser chamado pelo nome. Esses amiguinhos invisíveis quase sempre tem a mesma idade que seus criadores e podem ser animais, super-heróis, magos, fadas, enfim.

No mundo da imaginação, esse amigo, além de fazer companhia, partilha os momentos de alegria e tristeza, fazendo-se presente em diversas situações do cotidiano da criança.
Eu diria que é um tipo de jogo infantil , um estado de "faz de conta” que a criança se refere como sendo “de verdade”.  
Normalmente, esses amigos imaginários surgem quando ocorrem mudanças  no cotidiano da criança, exigindo-lhe desapego de certos hábitos e novas habilidades em direção ao seu crescimento e autonomia o que  gera uma certa ansiedade e insegurança. Por exemplo: quando a criança  larga mamadeira, fraldas, chupeta, o paninho com que costuma dormir ou carregar para todos os lugares, começar a  alimentar-se sozinha,  ir à escolinha, a chegada de um irmãozinho ou irmãzinha, a separação dos pais, a perda de um avô ou avó, a mudança da creche para a escola, enfim, situações que geram angústia e implicam em sofrimento. O que fazer com o amigo imaginário das crianças
Além disso, os imaginários são ótimos companheiros porque  estão disponíveis a qualquer hora do dia e  não pegam seus brinquedos, não brigam com eles, e ainda podem ser apontados como "responsáveis" quando elas fazem alguma travessura.
Que coisa boa não!!!
 É também  uma forma de comunicar coisas que a criança não consegue dizer diretamente ao adulto.
Ok,vocês devem estar se perguntando: o que fazer quando meu filho me apresentar um desses amigos imaginários?
Bem, em primeiro lugar participe da brincadeira, quando for solicitado,
Procure tratar com naturalidade e seriedade essa manifestação da brincadeira infantil, respeitando o espaço dado por ele  para que outros a compartilhem, 

Observe o conteúdo das conversas que ele tem com seu amigo. Você pode dessa forma  identificar sentimentos importantes e dessa maneira compreendê-lo e ajudá-lo.
Caso seu filho o coloque na "conversa", aproveite para perguntar ao amigo imaginário sobre o que ele gosta ou não gosta ou se tem medo de alguma coisa. É muito provável que seu filho responda no lugar dele, dando chances a você de entender melhor como ele se sente.

 Agora atenção: não deixe que irmãos mais velhos, ou algum parente ridicularize a brincadeira na frente do seu filho.

Você só tem que se preocupar quando o amiguinho imaginário do seu filho começar a lhe criar problemas ou sofrimento, ou quando ele já está por volta dos seus 6 ou 7 anos.

 Aqui vão algumas dicas:

 Nunca "converse" com o amiguinho invisível sem seu filho tê-lo chamado à conversa.
Aceite a fantasia, mas não a estimule!

Nada de usar o amigo imaginário para fazer barganhas como apoio para conseguir alguma coisa de seu filho, como dormir na hora certa, comer, escovar os dentes e outras atividades que ele normalmente tem dificuldades para fazer.

 E agora, quando procurar ajuda de um especialista:

  Quando seu filho, mesmo estando em grupo, na escola, na pracinha ou no clube, continuar brincando com o amigo imaginário não dando lugar para  outras atividades, brincadeiras, ou se isolar para brincar com seus amigos imaginários evitando  relações interpessoais,

  Ou quando o amigo imaginário começa a assumir proporções fantasmáticas trazendo sofrimento para ele e sua família,

  Ou quando ele achar que tem os mesmos super poderes do amigo imaginário e se colocar em situações de risco real,

  Ou quando a começar a maltratar outras crianças e animais domésticos, colocando a culpa no personagem do faz-de-conta.

Relaxe, por melhor que seja essa fase passa e a fantasia vai dando lugar ao mundo real Ok.




É isso aí.
                       Até mais!


























sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Síndrome de Down, além de um rosto


Em primeiro lugar vamos falar um pouco sobre o que é Síndrome de Down.
 Considerada uma alteração genética, por motivos ainda desconhecidos, foi  descrita pelo médico inglês John Langdon Down  em 1866 e descoberta a causa pelo médico Jeônime Lejueune em 1959. 
A Síndrome de Down é um distúrbio genético que ocorre ao acaso durante a divisão celular do embrião. Esse distúrbio ocorre em média, em 1 a cada 800 nascimentos e tem maiores chances de ocorrer em mães que engravidam quando mais velhas.
Na célula normal da espécie humana existem 46 cromossomos divididos em 23 pares. A criança que tem a síndrome de Down possui 47 cromossomos, sendo que o cromossomo extra é ligado ao par 21. Esse material genético em excesso muda o desenvolvimento regular do corpo e do cérebro e carrega o que constitui uma das causas mais frequentes de deficiência mental.
A criança com essa síndrome apresenta um retardo mental de leve a moderado, e alguns problemas clínicos associados.


Também conhecida por Trissomia do 21, é a alteração genética mais comum, com caráter universal e sua ocorrência independe de raça, condição socioeconômica ou localização geográfica.
 A criança com Síndrome de Down tem mais semelhanças que diferenças com outras crianças com desenvolvimento regular. Existe uma grande variedade de personalidade, estilos de aprendizagem, inteligência, aparência, obediência, humor, compatilibidade e atitudes. Fisicamente uma criança dom Sindrome de Down pode ter olhos amendoados, orelhas pequenas e ligeiramente dobradas na parte superior. Sua boca pode ser pequena, o que faz que a língua pareça grande. O nariz também pode ser pequeno e achatado no meio, prega palmar única e cabelos lisos e finos. Alguns bebês com Síndrome de Down tem pescoço curto e as mãos pequenas com dedos curtos. São crianças com inteligência social excepcional.
 Bem, todos nós sabemos que não é tarefa fácil aceitar nos primeiros momentos a notícia que seu filho ou filha é portador da Síndrome de Down não é mesmo? É um misto de sentimentos e emoções nada fáceis de lidar, mas é seu filho tão esperado e precisa de todo amor e carinho como toda criança.
Primeira coisa a fazer é buscar ajuda de profissionais especializados, isso é fundamental!
Um trabalho de estimulação precoce direcionado a bebês de 0 a 3 anos com risco ou atrasos no desenvolvimento global ( prematuros de risco, síndromes genéticas, deficiências, paralisia cerebral e outras) é muito importante tanto para ele como para toda a família, considerando os aspectos motores, cognitivos, psíquicos e sociais.
 A ajuda de uma equipe multidisciplinar irá auxiliá-los no desenvolvimento das suas funções parentais e assim fortalecer o vínculo familiar, depois na escola e na sociedade.

                 

Pesquisas recentes comprovam que crianças com Síndrome de Down podem alcançar estágios avançados do desenvolvimento psicomotor, de linguagem, e  também cognitivo. Portanto, a presença dos pais é essencial para o desenvolvimento efetivo das potencialidades de seu filho, construindo assim um vínculo afetivo com a criança.

Quero dedicar a todos os papais e mamães esse vídeo, é muito lindo! Trata-se de uma  exposição com fotos de crianças com Sindrome de Down   realizada em Madrid na Espanha.
Com certeza voces vão adorar!




Espero que tenham gostado!

Até Mais!